Fellini e Chaplin em Exposições no Rio - Instituto Moreira Salles e Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Dois impotantes ícones do cinema estarão a partir do dia 11/03/2012 em duas exposições no Rio de Janeiro. O curador, o francês San Stutser, organizou ambas as exposições.
Um espaço onde o pensamento e a poesia fazem morada.
Tutto Fellini: exposição
De 11 de março a 17 de junho de 2012
De terça a sexta, das 13h às 20h
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Entrada franca
Classificação livre
De terça a sexta, às 17h, visita guiada pelas exposições. Ponto de encontro na recepção.
Visitas monitoradas para escolas: agendar pelo telefone (21) 3284-7400.
Maiores informações: http://ims.uol.com.br/Home-Programacao-RIO-DE-JANEIRO-Tutto-Fellini-exposicao/D938
Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500
No Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica:
Chaplin e sua Imagem
Terça à sexta, das 11h às 18h.
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.
Entrada grátis.
Classificação livre.
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Rua Luís de Camões 68, Praça Tiradentes, Centro.
2232-4213
A mostra de cinema Fellini acontece paralelamente à exposição Tutto Fellini.
PROGRAMAÇÃO
sábado, 10/3:
14h30: E la nave va (E la nave va), de Federico Fellini (Italia, França, 1983. 132’)
“Meus filmes empregam a linguagem dos sonhos. Nos sonhos guardamos e recriamos as experiências do cotidiano”, disse Fellini ao explicar a cena em que dois músicos tocam um
fragmento de Schubert passando os dedos em copos de vinho. “Tinha nove anos, foi num circo em Paris: um palhaço com copos de água e de vinho. Ele começou a beber e a fingir que ia ficando bêbado, cambaleava. Parecia que ia embora e de repente voltou. Começou a tocar com os dedos nas bordas dos copos a música que os personagens tocam no filme. Revi tudo isto num sonho, resolvi incluir no filme.”
17h: As noites de Cabíria (Le notti di Cabiria), de Federico Fellini (Italia, França, 1957. 110’)
“Que feliz domínio da cena!”, exclamou François Truffat num texto em Arts em maio de 1957. “Que tranquila maestria, que invenção divertida! Fellini correu muitos riscos ao conduzir As noites de Cabiria por caminhos conflitantes – de esperança e desesperança, de banalidade e de sofrimento, de amizade e de traição”.
20h: Ensaio de orquestra (Prova d’orchestra), de Federico Fellini (Itália, Alemanha. 1978. 70’)
A ideia surgiu durante um ensaio para a gravação da música de um de seus filmes. “Um sentimento de surpresa e de incredulidade diante do milagre que se realizava debaixo de
meus olhos. Eu via chegar ao estúdio de gravação indivíduos muito diferentes uns dos outros, carregando seus instrumentos e carregando também seus problemas pessoais. Maravilhado, observava a fusão daquela massa heterogênea numa forma única, abstrata mesmo, que é a música. Essa ordenação da desordem provocava em mim uma grande emoção.”
domingo, 11/3
14h30: Os boas vidas (I vitelloni), de Federico Fellini (Itália, França, 1953. 101’)
Quatro capítulos e um epílogo: capítulo um, o casamento apressado de Fausto, que engravidou Sandra, irmã de seu amigo Moraldo. Capítulo dois, os outros boas-vidas durante a lua de mel de Fausto e Sandra. Três: Fausto tenta dedicar-se a um trabalho estável. Quarto: nova traição de Fausto e uma crise conjugal séria. No epílogo, a despedida de Moraldo, que da janela do trem em movimento observa os amigos.
Entrada franca
17h: Amarcord (Amarcord), de Federico Fellini (Itália, França, 1973. 123’)
“Fico um pouco magoado quando alguém diz que meus filmes são autobiográficos; isso sempre me parece uma redução, sobretudo quando autobiográfico é tomado como algo anedótico, como se eu estivesse contando as recordações de meu tempo de colégio”, anotou o diretor no material de divulgação para o lançamento do filme. “Amarcord, na
Verdade, não quer dizer ‘eu me recordo’. É uma espécie de fórmula cabalística, um chamariz, marca de bebida, algo assim: Amarcord. Seria um grande erro ver o filme como um romance autobiográfico”.
Entrada franca
19h30: Roma (Roma), de Federico Fellini (Itália, França, 1972. 128’)
O jovem acabou de chegar do interior e se instala na casa de parentes. De noite desce para jantar no restaurante em frente. As mesas se espalham sobre a calçada e sobre a metade da rua, que se transforma num imenso restaurante com uma estreita faixa aberta para a circulação do bonde. A cena é (ou parece ser) uma recordação de algo que o diretor viveu, uma recordação fantasiada, livremente reinventada pela imaginação.
terça, 13/3
14h30: Julieta dos espíritos (Giulietta degli Spiriti), de Federico Fellini (Itália, 1965. 137’)
“Giulietta é a alma de meu filme. Seu personagem é a de uma mulher de mais ou menos 35 anos”, disse Fellini no lançamento do filme. “Seu marido, Giorgio, é um homem de
negócios cercado de gente bizarra: pintores, atrizes, videntes, um bando de loucos. Giulieta, no meio dessa gente, volta à infância, mistura realidade, sonho e pesadelo”.
17h30: As mil e uma noites (Il Fiore delle Mille e una Notte), de Pier Paolo Pasolini (Itália, 1974. 130’)
quarta, 14/3
14h: Boccaccio 70 (Boccaccio 70)
Filme em episódios baseados no Decamerão dirigidos por Federico Fellini – As tentações do Dr. Antônio (La tentazioni del dottor Antonio); Vittorio de Sica – A rifa (La riffa); Mario Monicelli – Renzo e Luciana (Renzo & Luciana), e Luchino Visconti – O trabalho (Il lavoro) (Itália, França, 1962. 200’)
Entrada franca
17h45: Roma (Roma), de Federico Fellini (Itália, França, 1972. 128’)
O jovem acabou de chegar do interior e se instala na casa de parentes. De noite desce para jantar no restaurante em frente. As mesas se espalham sobre a calçada e sobre a metade da rua, que se transforma num imenso restaurante com uma estreita faixa aberta para a circulação do bonde.
20h: Amarcord (Amarcord), de Federico Fellini (Italia, França, 1973. 123’)
“Amarcord, na verdade não quer dizer ‘eu me recordo’. É uma espécie de fórmula cabalística, um chamariz, marca de bebida, algo assim: Amarcord. Seria um grande erro ver o filme como um romance autobiográfico”, anotou o diretor no material de divulgação para o lançamento do filme.
Entrada franca
quinta, 15/3
14h: Histórias extraordinárias (Histoires extraordinaires)
Filme em episódios baseados em Edgar Allan Poe dirigidos por Federico Fellini Tobby Dammit (Toby Dammit), Roger Vadim, Metzengerstein (Metzengerstein) e Louis Malle,
William Wilson (William Wilson) (França, Itália 1968. 121’)
16h30: Satyricon (Fellini Satyricon) de Federico Fellini (Itália 1969. 128’).
“Trabalhei como um louco, consultei textos e textos e finalmente descobri uma chave para a realização”, disse o diretor no Festival de Veneza. “Procurei mostrar o que era a Antiguidade antes da moral cristã impor suas regras”.
19h30: Oito e meio (Fellini Otto e mezzo), de Federico Fellini (Itália, 1963. 145’)
“É um meio termo entre uma desordenada sessão de psicanálise e um ainda mais desordenado exame de consciência numa atmosfera nebulosa”, disse Fellini no folheto
de divulgação, maio de 1963 . “É um filme melancólico, quase fúnebre, mas decididamente cômico. Durante mais de um ano eu fiquei andando às cegas em torno de uma ideia que me fascinava exatamente por sua imprecisão”.
Entrada franca
sexta, 16/3
14h: As noites de Cabíria (Le notti di Cabiria), de Federico Fellini (Italia, França, 1957. 110’) Apresentação de José Carlos Avellar. Entrada franca
17h30: Os palhaços (I clown), de Federico Fellini (Italia, França, 1970. 92’)
“É provável que se o cinema não existisse, se eu não tivesse conhecido Rosselini e se o circo ainda fosse um tipo de espetáculo com certa atualidade, eu teria adorado ser o
diretor de um grande circo”, disse o diretor no lançamento do filme. “O circo tem exatamente a mesma mistura de técnica, de precisão e de improvisação que encontramos no cinema”.
Entrada franca
19h30: E la nave va (E la nave va), de Federico Fellini (Italia, França, 1983. 132’)
sábado, 17/3
14h: Os boas vidas (I vitelloni), de Federico Fellini (Itália, França, 1953. 101’)
Entrada franca
16h: Ensaio de orquestra (Prova d’orchestra), de Federico Fellini (Italia, Alemanha. 1978. 70’). Apresentação de Hernnani Heffner
A ideia surgiu durante um ensaio para a gravação da música de um de seus filmes. “Um sentimento de surpresa e de incredulidade diante do milagre que se realizava debaixo de
meus olhos. Eu via chegar ao estúdio de gravação indivíduos muito diferentes uns dos outros, carregando seus instrumentos e carregando também seus problemas pessoais. Maravilhado, observava a fusão daquela massa heterogênea numa forma única, abstrata mesmo, que é a música. Essa ordenação da desordem provocava em mim uma grande emoção”.
20h: Abismo de um sonho (Lo sceicco bianco), de Federico Fellini (Itália, 1952. 86’)
Primeiro filme inteiramente dirigido por Fellini, depois de uma série de roteiros para outros diretores e da estréia em Mulheres e luzes (Lucci del varietà), realizado dois anos antes
em colaboração com Alberto Lattuada. Recém-casado, Ivan Cavalli vem com a esposa, Wanda, a Roma para uma audiência com o Papa e uma visita à família de seu tio. A jovem esposa, no entanto, sonha encontrar-se com o herói de uma fotonovela que acompanhava com paixão, o Sheik Branco. Enquanto o marido cochila no hotel, Wanda sai em busca da redação da revista que publica as histórias do herói, e uma vez lá é convidada a acompanhar o Sheik Branco em sua nova aventura. O roteiro vem de um argumento de Michelangelo Antonioni, desenvolvido por Fellini, Tulio Pinelli e Ennio Flaiano.
Entrada franca
domingo, 18/3
14h: A estrada da vida (La Strada), de Federico Fellini (Italia,1954. 108’)
Pela janela do carro, numa estrada, Fellini passou ao acaso por “um homem forte conduzindo uma carreta empurrada por uma mulher pequenina e magra”. Daí nasceu a história de Gelsomina e Zampanô, ela vendida pela mãe para trabalhar com ele, um ator ambulante que se acorrentava para em seguida arrebentar a corrente com as mãos.
Entrada franca
16h: Oito e meio (Fellini otto e mezzo), de Federico Fellini (Itália, 1963. 145’)
“Durante mais de um ano eu fiquei andando às cegas em torno de uma ideia que me fascinava exatamente por sua imprecisão”, disse o diretor em maio de 1963.
Entrada franca
19h: La dolce vita (La dolce vita), de Federico Fellini (Itália, 1960. 174’)
Para Pasolini, “uma obra importante demais para que se fale dela assim como se fala de um filme (...). Não existe nele um único personagem triste, digno de pena. Todo mundo é belo, todo mundo é gentil, embora nada funcione”.
Entrada franca
quarta, 21/3
14h: Casanova (Il Casanova di Fellini), de Federico Fellini (Itália, 1976.155’)
Filme inspirado na autobiografia de Giacomo Casanova e marcado por um raro incidente em sua produção: o roubo e destruição de parte dos negativos do laboratório, o que obrigou o diretor a refilmar uma sequência e a abandonar outra.
16h45: Julieta dos espíritos (Giulietta degli Spiriti), de Federico Fellini (Itália, 1965. 137’)
“Giulietta é a alma de meu filme”, disse Fellini no lançamento do filme. “Seu marido, Giorgio, é um homem de negócios cercado de gente bizarra (...) Giulieta, no meio dessa gente, volta à infância, mistura realidade, sonho e pesadelo”.
quinta, 22/3
14h: Satyricon (Fellini Satyricon), de Federico Fellini (Itália, 1969. 128’)
“Trabalhei como um louco, consultei textos e textos e finalmente descobri uma chave para a realização”, disse o diretor ao apresentar o filme no Festival de Veneza. “Procurei mostrar o que era a Antiguidade antes da moral cristã impor suas regras.”
16h30: As noites de Cabiria (Le notti di Cabiria), de Federico Fellini (Italia, França, 1957. 110’)
sexta, 23/3
14h: Tobby Dammit (Toby Dammit), de Federico Fellini (Episódio de Histoires extraordinaires, França, Itália, 1968). Apresentação de José Carlos Avellar e Teresa Azambuja. Entrada franca.
Um ator alcoólatra chega a Roma para interpretar um western católico, mistura de Zinnemann Pasolini e Ford.
17h: Oito e meio (Fellini Otto e mezzo), de Federico Fellini (Itália, 1963. 145’)
Entrada franca
20h: Abismo de um sonho (Lo sceicco bianco), de Federico Fellini (Itália, 1952. 86’)
Primeiro filme inteiramente realizado pelo diretor, a partir de um roteiro de Michelangelo Antonioni, Tulio Pinelli e Ennio Flaiano. Em Roma, nos primeiros dias da lua de mel, uma jovem esposa descobre a redação de uma revista de fotonovelas de seu herói preferido, o Sheik Branco.
Entrada franca
sábado, 24/3
14h: Autorretrato de Fellini (Fellini Racconta: un autoritratto ritrovato), de Paquito del Bosco (Itália, 200. 54’)
Montagem de depoimentos para a televisão italiana e de entrevista diversas, algumas durante a filmagem de A doce vida.
sexta, 30/3
14h: As tentações do dr. Antonio (La tentazioni del dottor Antonio), de Federico Fellini
(episódio de Boccaccio 70, Itália, França, 1962). Apresentação José Carlos Avellar
e Teresa Azambuja. Entrada franca.
Um moralista obcecado com a enorme imagem de uma mulher sensual num cartaz em frente à janela de sua casa.
sábado, 31/3
14h: Entrevista com Federico Fellini (A Diretor’s Notebook), de Federico Fellini (Itália, 1969. 54’)
O processo de trabalho do diretor em um filme feito para a televisão durante a preparação de Satyricon.
Um espaço onde o pensamento e a poesia fazem morada.
Tutto Fellini: exposição
De 11 de março a 17 de junho de 2012
De terça a sexta, das 13h às 20h
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Entrada franca
Classificação livre
De terça a sexta, às 17h, visita guiada pelas exposições. Ponto de encontro na recepção.
Visitas monitoradas para escolas: agendar pelo telefone (21) 3284-7400.
Maiores informações: http://ims.uol.com.br/Home-Programacao-RIO-DE-JANEIRO-Tutto-Fellini-exposicao/D938
Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500
No Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica:
Chaplin e sua Imagem
Terça à sexta, das 11h às 18h.
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.
Entrada grátis.
Classificação livre.
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
Rua Luís de Camões 68, Praça Tiradentes, Centro.
2232-4213
A mostra de cinema Fellini acontece paralelamente à exposição Tutto Fellini.
PROGRAMAÇÃO
sábado, 10/3:
14h30: E la nave va (E la nave va), de Federico Fellini (Italia, França, 1983. 132’)
“Meus filmes empregam a linguagem dos sonhos. Nos sonhos guardamos e recriamos as experiências do cotidiano”, disse Fellini ao explicar a cena em que dois músicos tocam um
fragmento de Schubert passando os dedos em copos de vinho. “Tinha nove anos, foi num circo em Paris: um palhaço com copos de água e de vinho. Ele começou a beber e a fingir que ia ficando bêbado, cambaleava. Parecia que ia embora e de repente voltou. Começou a tocar com os dedos nas bordas dos copos a música que os personagens tocam no filme. Revi tudo isto num sonho, resolvi incluir no filme.”
17h: As noites de Cabíria (Le notti di Cabiria), de Federico Fellini (Italia, França, 1957. 110’)
“Que feliz domínio da cena!”, exclamou François Truffat num texto em Arts em maio de 1957. “Que tranquila maestria, que invenção divertida! Fellini correu muitos riscos ao conduzir As noites de Cabiria por caminhos conflitantes – de esperança e desesperança, de banalidade e de sofrimento, de amizade e de traição”.
20h: Ensaio de orquestra (Prova d’orchestra), de Federico Fellini (Itália, Alemanha. 1978. 70’)
A ideia surgiu durante um ensaio para a gravação da música de um de seus filmes. “Um sentimento de surpresa e de incredulidade diante do milagre que se realizava debaixo de
meus olhos. Eu via chegar ao estúdio de gravação indivíduos muito diferentes uns dos outros, carregando seus instrumentos e carregando também seus problemas pessoais. Maravilhado, observava a fusão daquela massa heterogênea numa forma única, abstrata mesmo, que é a música. Essa ordenação da desordem provocava em mim uma grande emoção.”
domingo, 11/3
14h30: Os boas vidas (I vitelloni), de Federico Fellini (Itália, França, 1953. 101’)
Quatro capítulos e um epílogo: capítulo um, o casamento apressado de Fausto, que engravidou Sandra, irmã de seu amigo Moraldo. Capítulo dois, os outros boas-vidas durante a lua de mel de Fausto e Sandra. Três: Fausto tenta dedicar-se a um trabalho estável. Quarto: nova traição de Fausto e uma crise conjugal séria. No epílogo, a despedida de Moraldo, que da janela do trem em movimento observa os amigos.
Entrada franca
17h: Amarcord (Amarcord), de Federico Fellini (Itália, França, 1973. 123’)
“Fico um pouco magoado quando alguém diz que meus filmes são autobiográficos; isso sempre me parece uma redução, sobretudo quando autobiográfico é tomado como algo anedótico, como se eu estivesse contando as recordações de meu tempo de colégio”, anotou o diretor no material de divulgação para o lançamento do filme. “Amarcord, na
Verdade, não quer dizer ‘eu me recordo’. É uma espécie de fórmula cabalística, um chamariz, marca de bebida, algo assim: Amarcord. Seria um grande erro ver o filme como um romance autobiográfico”.
Entrada franca
19h30: Roma (Roma), de Federico Fellini (Itália, França, 1972. 128’)
O jovem acabou de chegar do interior e se instala na casa de parentes. De noite desce para jantar no restaurante em frente. As mesas se espalham sobre a calçada e sobre a metade da rua, que se transforma num imenso restaurante com uma estreita faixa aberta para a circulação do bonde. A cena é (ou parece ser) uma recordação de algo que o diretor viveu, uma recordação fantasiada, livremente reinventada pela imaginação.
terça, 13/3
14h30: Julieta dos espíritos (Giulietta degli Spiriti), de Federico Fellini (Itália, 1965. 137’)
“Giulietta é a alma de meu filme. Seu personagem é a de uma mulher de mais ou menos 35 anos”, disse Fellini no lançamento do filme. “Seu marido, Giorgio, é um homem de
negócios cercado de gente bizarra: pintores, atrizes, videntes, um bando de loucos. Giulieta, no meio dessa gente, volta à infância, mistura realidade, sonho e pesadelo”.
17h30: As mil e uma noites (Il Fiore delle Mille e una Notte), de Pier Paolo Pasolini (Itália, 1974. 130’)
quarta, 14/3
14h: Boccaccio 70 (Boccaccio 70)
Filme em episódios baseados no Decamerão dirigidos por Federico Fellini – As tentações do Dr. Antônio (La tentazioni del dottor Antonio); Vittorio de Sica – A rifa (La riffa); Mario Monicelli – Renzo e Luciana (Renzo & Luciana), e Luchino Visconti – O trabalho (Il lavoro) (Itália, França, 1962. 200’)
Entrada franca
17h45: Roma (Roma), de Federico Fellini (Itália, França, 1972. 128’)
O jovem acabou de chegar do interior e se instala na casa de parentes. De noite desce para jantar no restaurante em frente. As mesas se espalham sobre a calçada e sobre a metade da rua, que se transforma num imenso restaurante com uma estreita faixa aberta para a circulação do bonde.
20h: Amarcord (Amarcord), de Federico Fellini (Italia, França, 1973. 123’)
“Amarcord, na verdade não quer dizer ‘eu me recordo’. É uma espécie de fórmula cabalística, um chamariz, marca de bebida, algo assim: Amarcord. Seria um grande erro ver o filme como um romance autobiográfico”, anotou o diretor no material de divulgação para o lançamento do filme.
Entrada franca
quinta, 15/3
14h: Histórias extraordinárias (Histoires extraordinaires)
Filme em episódios baseados em Edgar Allan Poe dirigidos por Federico Fellini Tobby Dammit (Toby Dammit), Roger Vadim, Metzengerstein (Metzengerstein) e Louis Malle,
William Wilson (William Wilson) (França, Itália 1968. 121’)
16h30: Satyricon (Fellini Satyricon) de Federico Fellini (Itália 1969. 128’).
“Trabalhei como um louco, consultei textos e textos e finalmente descobri uma chave para a realização”, disse o diretor no Festival de Veneza. “Procurei mostrar o que era a Antiguidade antes da moral cristã impor suas regras”.
19h30: Oito e meio (Fellini Otto e mezzo), de Federico Fellini (Itália, 1963. 145’)
“É um meio termo entre uma desordenada sessão de psicanálise e um ainda mais desordenado exame de consciência numa atmosfera nebulosa”, disse Fellini no folheto
de divulgação, maio de 1963 . “É um filme melancólico, quase fúnebre, mas decididamente cômico. Durante mais de um ano eu fiquei andando às cegas em torno de uma ideia que me fascinava exatamente por sua imprecisão”.
Entrada franca
sexta, 16/3
14h: As noites de Cabíria (Le notti di Cabiria), de Federico Fellini (Italia, França, 1957. 110’) Apresentação de José Carlos Avellar. Entrada franca
17h30: Os palhaços (I clown), de Federico Fellini (Italia, França, 1970. 92’)
“É provável que se o cinema não existisse, se eu não tivesse conhecido Rosselini e se o circo ainda fosse um tipo de espetáculo com certa atualidade, eu teria adorado ser o
diretor de um grande circo”, disse o diretor no lançamento do filme. “O circo tem exatamente a mesma mistura de técnica, de precisão e de improvisação que encontramos no cinema”.
Entrada franca
19h30: E la nave va (E la nave va), de Federico Fellini (Italia, França, 1983. 132’)
sábado, 17/3
14h: Os boas vidas (I vitelloni), de Federico Fellini (Itália, França, 1953. 101’)
Entrada franca
16h: Ensaio de orquestra (Prova d’orchestra), de Federico Fellini (Italia, Alemanha. 1978. 70’). Apresentação de Hernnani Heffner
A ideia surgiu durante um ensaio para a gravação da música de um de seus filmes. “Um sentimento de surpresa e de incredulidade diante do milagre que se realizava debaixo de
meus olhos. Eu via chegar ao estúdio de gravação indivíduos muito diferentes uns dos outros, carregando seus instrumentos e carregando também seus problemas pessoais. Maravilhado, observava a fusão daquela massa heterogênea numa forma única, abstrata mesmo, que é a música. Essa ordenação da desordem provocava em mim uma grande emoção”.
20h: Abismo de um sonho (Lo sceicco bianco), de Federico Fellini (Itália, 1952. 86’)
Primeiro filme inteiramente dirigido por Fellini, depois de uma série de roteiros para outros diretores e da estréia em Mulheres e luzes (Lucci del varietà), realizado dois anos antes
em colaboração com Alberto Lattuada. Recém-casado, Ivan Cavalli vem com a esposa, Wanda, a Roma para uma audiência com o Papa e uma visita à família de seu tio. A jovem esposa, no entanto, sonha encontrar-se com o herói de uma fotonovela que acompanhava com paixão, o Sheik Branco. Enquanto o marido cochila no hotel, Wanda sai em busca da redação da revista que publica as histórias do herói, e uma vez lá é convidada a acompanhar o Sheik Branco em sua nova aventura. O roteiro vem de um argumento de Michelangelo Antonioni, desenvolvido por Fellini, Tulio Pinelli e Ennio Flaiano.
Entrada franca
domingo, 18/3
14h: A estrada da vida (La Strada), de Federico Fellini (Italia,1954. 108’)
Pela janela do carro, numa estrada, Fellini passou ao acaso por “um homem forte conduzindo uma carreta empurrada por uma mulher pequenina e magra”. Daí nasceu a história de Gelsomina e Zampanô, ela vendida pela mãe para trabalhar com ele, um ator ambulante que se acorrentava para em seguida arrebentar a corrente com as mãos.
Entrada franca
16h: Oito e meio (Fellini otto e mezzo), de Federico Fellini (Itália, 1963. 145’)
“Durante mais de um ano eu fiquei andando às cegas em torno de uma ideia que me fascinava exatamente por sua imprecisão”, disse o diretor em maio de 1963.
Entrada franca
19h: La dolce vita (La dolce vita), de Federico Fellini (Itália, 1960. 174’)
Para Pasolini, “uma obra importante demais para que se fale dela assim como se fala de um filme (...). Não existe nele um único personagem triste, digno de pena. Todo mundo é belo, todo mundo é gentil, embora nada funcione”.
Entrada franca
quarta, 21/3
14h: Casanova (Il Casanova di Fellini), de Federico Fellini (Itália, 1976.155’)
Filme inspirado na autobiografia de Giacomo Casanova e marcado por um raro incidente em sua produção: o roubo e destruição de parte dos negativos do laboratório, o que obrigou o diretor a refilmar uma sequência e a abandonar outra.
16h45: Julieta dos espíritos (Giulietta degli Spiriti), de Federico Fellini (Itália, 1965. 137’)
“Giulietta é a alma de meu filme”, disse Fellini no lançamento do filme. “Seu marido, Giorgio, é um homem de negócios cercado de gente bizarra (...) Giulieta, no meio dessa gente, volta à infância, mistura realidade, sonho e pesadelo”.
quinta, 22/3
14h: Satyricon (Fellini Satyricon), de Federico Fellini (Itália, 1969. 128’)
“Trabalhei como um louco, consultei textos e textos e finalmente descobri uma chave para a realização”, disse o diretor ao apresentar o filme no Festival de Veneza. “Procurei mostrar o que era a Antiguidade antes da moral cristã impor suas regras.”
16h30: As noites de Cabiria (Le notti di Cabiria), de Federico Fellini (Italia, França, 1957. 110’)
sexta, 23/3
14h: Tobby Dammit (Toby Dammit), de Federico Fellini (Episódio de Histoires extraordinaires, França, Itália, 1968). Apresentação de José Carlos Avellar e Teresa Azambuja. Entrada franca.
Um ator alcoólatra chega a Roma para interpretar um western católico, mistura de Zinnemann Pasolini e Ford.
17h: Oito e meio (Fellini Otto e mezzo), de Federico Fellini (Itália, 1963. 145’)
Entrada franca
20h: Abismo de um sonho (Lo sceicco bianco), de Federico Fellini (Itália, 1952. 86’)
Primeiro filme inteiramente realizado pelo diretor, a partir de um roteiro de Michelangelo Antonioni, Tulio Pinelli e Ennio Flaiano. Em Roma, nos primeiros dias da lua de mel, uma jovem esposa descobre a redação de uma revista de fotonovelas de seu herói preferido, o Sheik Branco.
Entrada franca
sábado, 24/3
14h: Autorretrato de Fellini (Fellini Racconta: un autoritratto ritrovato), de Paquito del Bosco (Itália, 200. 54’)
Montagem de depoimentos para a televisão italiana e de entrevista diversas, algumas durante a filmagem de A doce vida.
sexta, 30/3
14h: As tentações do dr. Antonio (La tentazioni del dottor Antonio), de Federico Fellini
(episódio de Boccaccio 70, Itália, França, 1962). Apresentação José Carlos Avellar
e Teresa Azambuja. Entrada franca.
Um moralista obcecado com a enorme imagem de uma mulher sensual num cartaz em frente à janela de sua casa.
sábado, 31/3
14h: Entrevista com Federico Fellini (A Diretor’s Notebook), de Federico Fellini (Itália, 1969. 54’)
O processo de trabalho do diretor em um filme feito para a televisão durante a preparação de Satyricon.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigada pela sua opinião e um grande abraço de Jaqueline Ramiro/blog Sou Maluca Sim!