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quinta-feira, 29 de março de 2018
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LIBERDADE DE EXPRESSÃO
domingo, 22 de outubro de 2017
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QUANDO FALAR É AGREDIR
A verdade não subtrai o caráter agressivo da afirmação; pelo contrário o acentua.
Há opiniões discrepantes em relação às pessoas que são muito cuidadosas e delicadas quando expressam seu ponto de vista, especialmente sobre temas polêmicos.
Alguns as julgam falsas e hipócritas, pois escolhem as palavras com o intuito de agradar o interlocutor. Resultado: desconfia-se de sua sinceridade.
Outros, porém, pensam de forma diferente. Acham que são espíritos mais atentos, preocupados em não ser invasivos e grosseiros. Tomam cuidado, sim, porque não gostariam, em hipótese alguma, de magoar a pessoa com a qual estão conversando.
Pode parecer também que o tipo mais espontâneo e sincero é mais veemente na defesa de suas ideias, enquanto o mais delicado tem menos interesse em fazer prevalecer seu ponto de vista, ficando sempre “em cima do muro”.
Embora muitas vezes tais considerações sejam verdadeiras, penso que não é tão simples fazer a avaliação da conduta mais adequada. Esse assunto não só envolve questões morais, mas diz respeito à eficácia da comunicação entre as pessoas.
Sob o aspecto moral, a preocupação com o outro se impõe sempre. Ser honestos e sinceros não nos dá o direito de dizer tudo que pensamos. A franqueza pode ser prejudicial.
Por exemplo, se uma pessoa, ao encontrar um amigo de rosto abatido, falar: “Puxa, como você está pálido! Até parece doente”, estará sendo sincera, mas tremendamente insensível.
A verdade não subtrai o caráter agressivo da afirmação; pelo contrário o acentua.
Na prática, acredito que uma boa forma de avaliar uma ação é pelo resultado. Se o efeito for destrutivo, a ação será nociva, independentemente da “boa intenção” daquele que a praticou.
A tese de que devemos falar tudo o que pensamos é ainda mais indefensável quando o objetivo é facilitar o entendimento e a comunicação.
Indiscutivelmente o ser humano é vaidoso e, se sentir-se ofendido por alguma palavra ou atitude do outro, acabará desenvolvendo uma postura negativa em relação a essa pessoa.
Se alguém iniciar uma frase com expressões do tipo “Você não percebe nada”, “Qualquer idiota é capaz de compreender que…”, elas provocarão uma espécie de surdez imediata.
Não ouviremos o resto do argumento ou então o ouviremos com o intuito de encontrar bons raciocínios para derrubá-lo.
Quando nos expressamos, é preciso ter extremo cuidado com as palavras, pois elas atingem positiva ou negativamente o interlocutor. No processo de comunicação, a recepção é tão importante quanto a emissão dos sinais. Temos que nos lembrar disso se quisermos agir de modo construtivo para nós e para os demais.
O descaso pelo “receptor” indica desrespeito moral e agressividade (voluntária ou não).
Há pessoas que só têm interesse em mostrar como são perspicazes e brilhantes. Querem ficar por cima. Querem ensinar e não aprender. Despertam raiva, não admiração, pois a arte de seduzir caminha exatamente na direção oposta.
Um homem (ou uma mulher) atraente faz o outro se sentir bonito, legal e inteligente. Prefere dar atenção a repetir o tempo todo “Como sou bárbaro e maravilhoso”.
Qual a pessoa que gosta de se aproximar de alguém cujo objetivo principal é a autopromoção constante? Quem atura discursos intermináveis baseados num narcisismo oco? Praticamente ninguém.
O descaso pelo interlocutor é, a meu ver, fruto de um individualismo acirrado e oculta o desejo inconsciente de se dar mal na vida.
Flávio Gikovate
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
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PASTEL DE FLANGO???
Este é um erro muito comum dos brasileiros HUE ao fazerem piadinhas sem graças com japoneses, falando Pastel de Flango. Sendo que no Idioma japonês não existe a letra "L" eles falam o "R" no lugar do "L".
Alem de fazer piada sem graça, ainda faz errado. Essa piada foi criada para ser usado com chineses que tem a dificuldade de falar o R.
Para saber a diferença entre os idiomas chines e japonês acesse o link abaixo:
http://skdesu.com/qual-diferenca-entre-os-idiomas-chines-e-japones/
terça-feira, 21 de maio de 2013
ARTHUR DA TÁVOLA,
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CONHECES A "OUVIRTUDE"?
Um dos maiores problemas de comunicação, tanto a de massa como a interpessoal, consiste em descobrir como o outro ouve, se é que ouve...
A mesma frase permite diferentes níveis de entendimento. Raras, raríssimas, as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está dizendo.
Diante desse quadro venho desenvolvendo uma série de observações, divido-as com você que, por certo ajudará passando-me as pesquisas que tenha a respeito. Observo que:
1. Em geral o receptor não ouve o que o outro fala. Ouve o que o outro não está dizendo.
2. O receptor não ouve o que o outro fala. Ouve o que quer ouvir.
3. O receptor não ouve o que o outro fala. Ouve o que já escutara antes e coloca no que o outro está falando.
4. O receptor não ouve o que o outro fala. Ouve o que imagina que o outro ia falar.
5. Numa discussão, os discutidores não ouvem o que o outro está falando. Ouvem o que estão pensando para dizer em seguida.
6. O receptor não ouve o que o outro fala. Ouve o que gostaria de ouvir ou que o outro dissesse.
7. O receptor não ouve o que o outro fala. Apenas ouve o que está sentindo.
8. O receptor não ouve o que o outro fala e, sim, o que já pensava a respeito daquilo.
9. O receptor não ouve o que o outro está falando. Ele retira da fala apenas as partes que tenham a ver consigo e: concordem, emocionem, agradem ou molestem.
10. O receptor não ouve o que o outro está falando, e, sim, o que confirme ou rejeite o seu próprio pensamento. Vale dizer, transforma-o em objeto de concordância ou discordância.
11. O receptor não ouve o que o outro está falando, mas o que possa se adaptar ao impulso de amor, raiva ou ódio que já sentia pelo emissor. Concordância ou discordância camuflam-se de racionais, porém são empáticas. O mundo é regido tanto pela economia quanto pela empatia. Argumentos são disfarces intelectuais da simpatia...
12. O receptor não ouve o que o outro fala e, sim, apenas os pontos que possam fazer sentido para as idéias e visões que no momento estejam influenciando ou comovendo.
Esses doze itens mostram como é raro e difícil conversar. Como é raro e difícil se comunicar! O que há, em geral, são monólogos simultâneos à guisa de conversa ou monólogos paralelos, à guisa de diálogo. O próprio diálogo pode haver sem que, necessariamente, haja comunicação. Pode haver até um conhecimento a dois sem que necessariamente haja comunicação. Esta só se dá quando ambos os pólos ouvem-se, não, é claro, no sentido material de "escutar", mas no sentido de procurar compreender em sua extensão e profundidade o que o outro está dizendo.
Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia. O filtro do preconceito não está na mente e sim no ouvido.
Ouvir implica numa entrega ao outro, numa diluição nele. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A inteligência em funcionamento, o hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar interfere como ruído, na plena recepção do que vem de fora. E mesmo de dentro... Ouvir-se é tão raro e difícil quanto ouvir o outro.
Não é só a inteligência a atrapalhar a plena audiência. Outros elementos perturbam o ouvir. Um deles é o mecanismo de defesa. Há pessoas que se defendem de ouvir o que as outras estão dizendo, por verdadeiro pavor inconsciente de se perderem de si mesmas. Elas precisam "não ouvir" porque "não ouvindo" livram-se da retificação dos próprios pontos de vista, da aceitação de realidades diferentes das próprias, de verdades idem e assim por diante. Livram-se do novo, que é saúde, mas as apavora. Não ouvir é, pois, sólido mecanismo de defesa.
Ouvir é um desafio de abertura interior; de impulso na direção do próximo, comunhão. Ouvir é nobreza e virtude.Deveria haver a palavra "OUVIRTUDE"... Ouvir é raridade, ato de sabedoria.
Só depois que se aprende a ouvir começa a sabedoria. Descobre-se, então, o que os outros estão dizendo a propósito de falar.
Fonte: Arthur da Távola. Amor a si mesmo.
Links: PCdoB x MILICIANOS
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