Ele se apresentou como um animal pequeno e felpudo, o qual não oferece qualquer risco, podendo vir a precisar de ajuda e cuidados. .
Não enxergo muito bem, principalmente quando estou sem meus óculos.
Por isso me aproximei devagar deixando em alerta todos os meus sentidos de defesa naturais.
Porém o que vejo é apenas um animalzinho pequeno e desprotegido, que mal poderá me fazer?
Displicentemente relaxo e me aproximo.
Deus que danado é isso? Que raio de bicho é esse?
É uma aranha velha, uma caranguejeira cabeluda.
Na posição que me encontro não há espaço para recuar. Então mantenho minha posição.
Mas grito e grito com todas as forças dos meus pulmões, denuncio que ali se encontra agarrada ao paredão VERMELHO um bicho peçonhento.
Olhem todos, vejam a perigosa aranha!
E quando penso já ter visto tudo é pior do que pensei: existe outra aranha embaixo dessa.
Sendo as duas do mesmo tamanho quase não deu para perceber que uma estava sobre a outra. Que a de cima domina completamente a de baixo.
Ouvindo os meus gritos o povo se aproxima.
Pressentindo o risco de também ficar encurralada como eu fiquei por ela, a velha aranha peçonhenta se agita, desgruda das costas da outra e em um salto espetacular ganha os ares.
Sobe alto, numa altura superior a da cabeça dos presentes.
No ar, sentindo-se livre a aranha se transforma. Não sei com que estranha magia esse bicho medonho se transformou na presença de todos em uma bela e enorme borboleta amarela.
Causando além de comoção admiração.
Com todos a admirando, essa sente-se á vontade para investir tudo contra mim que a delatou quando estava camuflada em seu refugio seguro: o paredão VERMELHO.
Certa do sucesso de sua artimanha voa certeira contra mim.
A plateia totalmente enganada pelos encantos da suposta e inofensiva borboleta, acha lindo e gracioso o voo de ataque que essa lança sobre mim.
Como expelir qualquer veneno denunciaria aos presentes o que de fato ela é, esse bicho horroroso tenta mais uma vez me iludir.
Porém eu conheço a sua origem, sei do seu perigoso veneno, da ASFIXIA e por mais vistosas que possam ser suas asas ao ser obrigada a olhar para ela sinto repulsa.
A maldita borboleta gruda em meu peito, igual a os vampiros parece querer sugar algo de mim.
Morrendo de nojo, e sentindo até mesmo medo como o que sinto de baratas, tento me livrar do bicho. E ela ali insistentemente grudada em mim.
Me aquieto por um estante. Quando a borboleta pensa ter em fim me enganado, vencido, dou-lhe um golpe tão forte com minhas próprias mãos que essa cai ao chão e atordoada tenta se esconder.
É o que o fracos de espirito fazem, quando sabem que não podem vencer, se escondem.
Isso para mim não basta o meu desejo é livrar-me definitivamente desse animal tão bem dotado na arte do engodo . Agora para mim é questão de honra.
Lá está a tal borboleta que se faz de boa aos olhos do outros; com medo e escondida em um buraco, com outros bichos tão falsos quanto ela.
Passo os olhos pela rua, apanho o primeiro objeto que encontro pela frente, uma madeira bem forte e direciono-me para o buraco.
Agora digo para vocês: além dessas linhas aqui escritas, não sobrará absolutamente nada dessa falsa borboleta que ousou subestimar-me.
(Escrito por Jaqueline Ramiro em 12/02/2012)
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