A trama ressuscita um Rio de Janeiro de fins do século XIX governado pela monarquia, envolvendo uma nobreza bajuladora e uma turma de boêmios cariocas.
Nesta história o famoso detetive inglês tem suas faculdades analíticas e seu senso de observação afetados pelo calor dos trópicos e por circunstâncias inesperadas. Em uma perseguição ao misterioso assassino Sherlock tem de parar por causa de um vatapá o qual lhe gerou uma dor de barriga. Este e outros acontecimentos que se seguem tornam o mesmo mais propenso a erros, mais humano.
Um violino Stradivarius desaparecido, Algumas orelhas cortadas e seus respectivos cadáveres trazem o famoso Sherlock Holmes ao Brasil, por recomendação de sua não menos famosa amiga Sarah Bernhardt. Porém aquilo que parecia um pequeno e discreto caso imperial transforma-se numa saga cheia de perigos, tais como feijoadas, vatapás, mulatas, intelectuais de botequim, pais-de-santo e cannabis sativa. Sem falar, é claro, dos crimes do primeiro serial killer da história, que executa seu sinistro plano nota a nota, com notável afinação e precisão de corte.
O britânico e intrépido detetive e seu fiel e desconfiadíssimo esculápio vivem então no Rio de Janeiro a aventura de Sherlock Holmes que Conan Doyle se excusou de contar - por motivos que ficarão bastante óbvios -, mas que para felicidade do leitor brasileiro Jô Soares resgata neste romance implacável e impagável.
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