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sexta-feira, 16 de março de 2012

Castro Alves



Antônio Frederico de Castro Alves nasceu em Muritiba (BA), no dia 14 de março de 1847. Em 1862, publica no "Jornal do Recife", onde morava em companhia do irmão mais velho, "Destruição de Jerusalém". Em 1868 viaja para o Rio de Janeiro, onde é recebido por José de Alencar e Machado de Assis. No dia 7 de setembro, em São Paulo, declama "O Navio Negreiro", alcançando grande sucesso. O maior romântico brasileiro e, com Tobias Barreto, um dos fundadores da escola condoreira, inspirada em Vítor Hugo. Nativista, revelador da paisagem brasileira, republicano e abolicionista — o cantor do Navio negreiro é o nosso grande poeta social e nacional.

O poeta faleceu no dia 06 de julho de 1871, em Salvador (BA). É o patrono da Cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras.

Obras:

Espumas flutuantes (1870)

Gonzaga ou a Revolução de Minas (1875)

A cachoeira de Paulo Afonso (1876)

Vozes d`África. Navio Negreiro (1880)

Os escravos, obra dividida em duas partes: 1. A cachoeira de Paulo Afonso; 2. Manuscritos de Stênio (1883).

Obras completas. Edição do cinqüentenário da morte de Castro Alves, comentada, anotada e com numerosos inéditos, por Afrânio Peixoto, em 2 vols. (1921)

Poesias Completas editada por J. Almansur Haddad (1952)

Obra Completa, editada por Eugênio Gomes (1960).


Homenagem
O trabalho de resgate e preservação de suas obras foi fruto da dedicação do antigo colega e amigo Ruy Barbosa e fruto da campanha abolicionista, que tomou corpo a partir de 1881. Posteriormente, Afrânio Peixoto, ex-presidente da Academia, reuniu em dois volumes toda a produção do poeta, bem como escritos diversos (sob os títulos de "Relíquias" e "Correspondência").
Em 1947 o Instituto Nacional do Livro, do Ministério da Educação e Cultura, comemorou o centenário do nascimento do poeta com uma grande exposição, da qual resultou um livro comemorativo, trazendo importantes documentos que fizeram parte do evento.
O aspecto social da poesia de Castro Alves, em poemas como "O Navio Negreiro" e "Vozes d'África", ambos publicados no livro Os Escravos, foi um dos motivos principais para a sua popularização. Nesse sentido, autores como Mário de Andrade, no modernismo, dedicaram-lhe inúmeros ensaios.

Na literatura latino-americana

Numa das obras mais belas da literatura de nosso continente, "Canto Geral", do poeta chileno Pablo Neruda, é dedicado um poema a Castro Alves. O poeta condoreiro é lembrado por Neruda como aquele que, ao mesmo tempo em que cantou às flores, às águas, à formosura da mulher amada, fez com que sua voz batesse "em portas até então fechadas para que, combatendo, a liberdade entrasse". Portanto, termina o poeta chileno, "tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos homens. Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar". Como dá para perceber, Neruda reverencia Castro Alves por ter cantado àqueles que não tinham voz: os escravos. O poema chama-se "Castro Alves do Brasil".
Fonte: Extraído do livro "Castro Alves - Obra completa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1960, organização e notas de Eugênio Gomes.
Site: Wikipédia

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