2c6833b0-77e9-4a38-a9e6-8875b1bef33d diHITT - Notícias Sou Maluca Sim!: agosto 2017
terça-feira, 29 de agosto de 2017 0 comentários

ENEM - Qual é o problema?

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segunda-feira, 28 de agosto de 2017 0 comentários

PESSOAS CRUÉIS DISFARÇADAS DE BOAS PESSOAS



São seres que machucam, que agridem por intermédio de uma chantagem emocional maquiavélica baseada no medo, na agressão e na culpa. Aparentam ser pessoas altruístas, mas na verdade escondem interesses ocultos e frustrações profundas.

Muitas vezes ouve-se dizer que “quem machuca o faz porque em algum momento da vida também já foi machucado”. Que quem foi magoado, magoa. No entanto, ainda que por trás destas ideias exista uma base verídica, existe outro aspecto que sempre nos custa admitir: A maldade existe. As pessoas cruéis, por vezes, dispõem de certos componentes biológicos que as empurram em direção a determinados comportamentos agressivos.

“Não há maldade mais cruel que a que nasce das sementes do bem.”
-Baldassare Castiglione-

O cientista e divulgador Marcelino Cereijudo nos assinala algo interessante. “Não existe o gene da maldade, porém há certos aspectos biológicos e culturais que a podem propiciar”.

A parte mais complexa deste tema é que muito frequentemente tendemos a buscar rótulos e patologias em comportamentos que simplesmente não entram dentro dos manuais de psicodiagnóstico.

Os atos maliciosos podem ocorrer sem que exista necessariamente uma doença psicológica subjacente. Todos nós, em algum momento da nossa vida, já conhecemos uma pessoa com este tipo de perfil. Seres que nos presenteiam com bajulação e atenção. Pessoas agradáveis, com êxito social, mas que em privado delineiam uma sombra obscura e alargada. Na profundeza dos seus corações respira a crueldade, a falta de empatia e até mesmo a agressividade.

As pessoas cruéis e a molécula da moral

Tal como dissemos anteriormente, até hoje ninguém conseguiu identificar a existência do gene da maldade. No entanto, nos últimos anos aumentaram os estudos sobre um aspecto fascinante: a denominada “molécula da moral”. Para compreender melhor o que é esta estrutura, iremos nos contextualizar a partir de uma história real. Uma história terrível, que lamentavelmente acontece com muita frequência.

Hans Reiser é um programador norte-americano famoso por ter criado os arquivos ReiserFS. Atualmente, e desde 2008, está na prisão de Mule Creek por ter assassinado sua esposa. Ele não teve problema em se declarar culpado e em revelar onde enterrou o corpo de Nina Reiser. Como dado curioso, vale a pena dizer que este especialista em programação dispõe de uma inteligência prodigiosa, ao ponto de ter iniciado os seus estudos universitários ainda adolescente.

Depois de um julgamento rápido e de ter ingressado na prisão de San Quintín, decidiu preparar ele próprio o seu recurso. Através de 5 folhas escritas à mão, argumentou  que o seu cérebro funcionava de maneira diferente. Reiser tinha conhecimento dos estudos que estavam a ser realizados sobre a oxitocina e a utilizou como argumento. Segundo ele, tinha nascido com o seguinte problema: o seu cérebro não produzia a chamada molécula da moral. 

Obviamente, e como era de se esperar, este argumento não o impediu de cumprir a pena perpétua. No entanto, o tema sobre a origem da maldade voltou a entrar em debate. Nos dias de hoje, dá-se pleno valor ao fato de que a oxitocina é o hormônio que faz de nós seres “humanos” na sua vertente mais autêntica. Pessoas educadas e preocupadas em ajudar, cuidar e empatizar com os nossos semelhantes.

Como se defender da crueldade camuflada

No nosso cotidiano, nem sempre nos relacionamos com pessoas tão cruéis como a anteriormente citada. Porém, somos vítimas de outro tipo de interações: as de falsa bondade, a agressividade encoberta, a manipulação, o egoísmo sutil, a ironia mais daninha, etc.

“O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, 
e sim por aquelas que permitem a maldade.”
-Albert Einstein-

Estes comportamentos podem ser resultado de vários aspetos. Carência de inteligência emocional, um ambiente pouco afetivo onde a pessoa cresceu ou até mesmo um déficit na liberação da oxitocina. Tudo isto talvez determinará essa agressividade mais ou menos encoberta. De qualquer forma, não podemos esquecer que quando falamos de agressividade, não estamos nos referindo exclusivamente ao dano físico.

A agressão emocional, a instrumental ou a verbal são feridas menos denunciáveis devido à necessidade de serem provadas, mas são mais corriqueiras e por isso temos que nos defender. Explicaremos como.

Pessoas cruéis: saber reconhecê-las e evitá-las

Todos podemos ser vítimas das pessoas cruéis. Não importa a idade, o status ou as nossas experiências anteriores. Este tipo de pessoa pode ser encontrado no meio da família, em ambientes de trabalho e em qualquer outro cenário. No entanto, podemos identificá-las de várias formas.

A pessoa de coração obscuro nos seduzirá com a mentira. Elas irão se camuflar por trás de palavras bonitas e atos nobres, mas pouco a pouco surgirá a chantagem. E mais tarde, a criação do medo, da culpa e da violência mental.

Perante estes mecanismos, cabe apenas uma opção: a não-tolerância. Não importa que seja a nossa irmã, nossa parceira ou um colega de trabalho. Os perturbadores da calma e do equilíbrio só buscam uma coisa: acabar com a nossa autoestima para ter o controle.

Teremos a sensação clara de que não há saída. De que elas nos têm sob suas redes. No entanto, vale recordar que “é mais poderoso aquele que é dono de si mesmo”.

Por isso, é importante acabar com o jogo da dominação e da agressividade com determinação.
Os jogos da dominação e da agressividade encoberta são muito complexos.


No entanto, é necessário agir com rapidez para remover armadilhas e reagir a ameaças veladas. No momento em que sentirmos desconforto ou preocupação em relação a certos comportamentos, só existe uma opção: a distância.

Valéria Amado
domingo, 27 de agosto de 2017 0 comentários

O LADO OBSCURO DA PALAVRA



Uma das mais fascinantes aquisições da nossa espécie foi a linguagem. Mesmo dispondo de um cérebro competente e da laringe, foram necessários vários milênios para que pudéssemos construir um conjunto de sons correspondentes a objetos, seus atributos e ações.

Depois, os sons tiveram de ser transformados em algum tipo de sinal, de desempenho – precursor das palavras e, finalmente, das letras que as compõem. O que cada criança demora poucos anos para aprender nos custou muito tempo e suor para construir.

Estabelecida a linguagem, passamos a experimentar um período de grande e rápida evolução, que correspondeu aos últimos 5 mil anos de nossa história.

A transferência de informações de uma geração para outra ficou muito mais fácil devido à existência da palavra, de modo que temos acumulado conhecimento a uma velocidade cada vez maior.

Como consequência, surgiram novos conceitos e ideias, e tudo isso acabou promovendo o progresso tecnológico de que tanto nos orgulhamos.

Nossa memória foi suficiente para armazenar todo o conjunto de dados necessários para a evolução em cada setor das atividades humanas.

Essa característica de nosso cérebro pode ser estimulada graças ao desenvolvimento da linguagem, pois é por meio das palavras que os fatos e os conceitos se fixam no sistema nervoso.

A comunicação entre as pessoas também experimentou grande avanço. A narrativa literária ficou cada vez mais sofisticada.

Usando a linguagem, sabemos expressar os mais diversos estados da alma. Podemos fazer perguntas sobre as sensações do outro. Podemos conhecer suas alegrias e a razão de suas amarguras, de forma fácil e direta.

Infelizmente, parece que tudo é uma faca de dois gumes. Até agora, falamos das impressionantes vantagens que obtivemos com a aquisição da linguagem. Mas existe também o lado negativo desse processo que nos permitiu um uso mais adequado da inteligência.

Por exemplo, uma pessoa, ao perceber que será punida se outras descobrirem determinado comportamento seu, poderá tentar esconder o fato por meio das palavras.

A mentira não deixa de ser uma utilização sofisticada da inteligência, mas também é um subproduto dela por seu caráter imediatista. Pode ajudar momentaneamente. A médio e a longo prazo, leva o mentiroso a se perder, afastando-o da realidade. Sim, porque ele passa a utilizar a razão de forma menos rigorosa e precisa.

A mentira é “coisa dos espertos”, dos que querem tirar vantagem sempre. Nunca aproximará alguém da verdadeira sabedoria e serenidade. A longo prazo, não há trambique no jogo da vida.

A linguagem se estabeleceu e com ela achamos os meios para uma comunicação interpessoal extraordinariamente fácil e direta. Por outro lado, os seres humanos aprenderam a usar a linguagem para afastar o interlocutor da verdade.

Por meio da mentira, as palavras ganharam peculiaridades muito negativas. Passaram a ser utilizadas para que uma pessoa consiga se impor indevidamente sobre outra.

A comunicação foi dando lugar ao jogo de poder, à dominação, ao desejo de enganar com o intuito de obter vantagens. Em vez de perseguir a verdade, a maioria costuma perseguir a vitória.

Como distinguir a verdade da mentira? Nem sempre é simples. Nem sempre é possível fazer essa separação. Muitas vezes, teremos de lançar mão da nossa sensibilidade para captar, nos gestos e nas atitudes do outro, suas intenções.

Mesmo assim, vale a seguinte regra geral: sempre que as palavras não estiverem de acordo com os fatos, prevalecem os fatos.

Se um homem diz a uma mulher que a ama muito e a maltrata o tempo todo, consideramos o tratamento e não a palavra.

Falar é fácil e, depois da invenção da mentira, só tem valor quando a palavra vem acompanhada de atitudes que confirmem o que está sendo dito.

 Flávio Gikovate
 
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