2c6833b0-77e9-4a38-a9e6-8875b1bef33d diHITT - Notícias Sou Maluca Sim!: novembro 2017
segunda-feira, 20 de novembro de 2017 0 comentários

MULHERES NEGRAS USADAS PARA EXPERIÊNCIAS GINECOLÓGICAS



Famoso ginecologista estadunidense Marion Sims no século XIX comprava mulheres negras para fazer suas experiências ginecológicas de corte, em seus argumentos dizia que as negas não sentiam dor.
quarta-feira, 8 de novembro de 2017 0 comentários

O QUE SE SENTE ANTES DA MORTE? ISSO É O QUE SABEMOS...



A morte é um desses enigmas para os quais é impossível organizar uma resposta definitiva. Aceitar e assimilar a ideia de um final absoluto não é fácil. Por isso se trata de um conceito que provoca medo, apreensão ou curiosidade, em qualquer caso. Embora saibamos pouco sobre ela, trata-se de uma experiência pela qual todos vamos passar inevitavelmente algum dia.

As primeiras respostas relacionadas à morte foram proporcionadas pela religião. Talvez a morte (o ponto a partir do qual ninguém deu depoimento) seja exatamente uma dessas razões pelas quais as religiões nascem e se mantêm ao longo do tempo. Muitas delas aceitam a existência de um espírito que transcende a vida biológica e que está em um mundo paralelo, o qual é invisível, imperceptível, mas que está lá, esperando por nós (ou por quem merecer).

“A morte é algo que não devemos temer, porque enquanto estamos vivos ela não existe, e quando existir, nós não estaremos mais vivos.”
-Antonio Machado-

A ciência também tentou decifrar esse enigma. Embora existam muitos cientistas que possuem crenças religiosas, formalmente a ciência trata o homem como um ser puramente biológico, cuja única existência não vai além das batidas do coração. A física quântica explorou outras perspectivas, como a dos universos paralelos, mas até agora tudo não passa de hipóteses.

A ciência progrediu na compreensão de todos os processos físicos e psíquicos que envolvem a morte. Exatamente para ampliar a compreensão desses aspectos, foi realizado um estudo nos Estados Unidos e os resultados foram muito interessantes.

Uma pesquisa sobre a morte

Muitas pessoas já se perguntaram alguma vez o que se sente antes de morrer. Como acontece esse momento de desprendimento da vida? Dói? Envolve sofrimento? O medo de dar o passo definitivo em direção ao desconhecido nos invade por completo? Realmente vemos toda a nossa vida passar diante dos nossos olhos em um segundo?

Para responder a essas perguntas um grupo de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, liderados pelo professor Kurt Gray, realizou um estudo. Para isso, partiram de dois grupos que estavam vivendo experiências próximas à morte. O primeiro desses grupos era composto por doentes terminais. O segundo era formado por pessoas que estavam presas e condenadas à morte.

Aos membros do primeiro grupo foi pedido que abrissem um blog e que compartilhassem ali seus sentimentos durante um período mínimo de três meses. A publicação deveria conter pelo menos 10 entradas. Paralelamente, foi solicitado algo parecido a um subgrupo de voluntários. Foi pedido que eles imaginassem terem sido diagnosticados com câncer e que escrevessem a respeito desse tema. Quanto ao segundo grupo, formado pelos presos no “corredor da morte”, foram recolhidas suas últimas palavras.

Em ambos os casos se pretendia analisar os sentimentos e as emoções que apareceriam em uma situação de proximidade com a morte. Outro objetivo também era identificar se todo o mundo interno desses indivíduos refletia mudanças com a aproximação do momento final da vida.

Os interessantes resultados do estudo

Uma equipe de psicólogos entrou em ação com a tarefa de analisar as declarações do primeiro grupo, junto com o subgrupo paralelo. Eles elaboraram suas conclusões com base nas palavras que as pessoas usaram para descrever ou fazer referência às suas emoções. A partir disso, eles chegaram a resultados interessantes. O primeiro foi de que os doentes terminais expressaram mais emoções positivas que o grupo de voluntários. Da mesma maneira, quanto mais próximo estava o momento da morte, mais positivas eram as mensagens.

Com os condenados à morte aconteceu algo parecido. Suas declarações finais não estavam baseadas na dor, no arrependimento ou no ódio às autoridades que tinham decretado a pena de morte. Pelo contrário, suas palavras estavam repletas de amor, compreensão e significado afetivo. Em ambos os grupos destacavam-se alusões à religião e à família.

O professor Kurt Gray, chefe da pesquisa, concluiu que “o processo de morte é menos triste e assustador e mais feliz do que se pensa”. Embora a morte em si seja um conceito que gera angústia e medo pela incerteza que a cerca (para além da fé de cada um), na hora de enfrentá-la as pessoas conscientemente tendem a evoluir. Tanto que acabam enxergando a própria morte como algo construtivo e cheio de sentido.

Aparentemente, a capacidade de adaptação do ser humano é gigantesca e se expressa em toda sua plenitude durante os momentos limites, como a morte. Psicológica e fisiologicamente, as pessoas desenvolvem mecanismos que as permitem enfrentar a realidade do fim com sabedoria.

Por isso, Gray afirma, com plena convicção, que “a morte é inevitável, mas o sofrimento não é”.
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TODO CUIDADO É POUCO PARA NÃO VIRAR POPBOBO



Escritor virou um tipo de celebrity. 
Saiu dos seus abismos e quartinhos insalubres, possivelmente mais míticos do que reais, e subiu aos palcos dos eventos literários. 


O que pode ser muitíssimo bacana — e muitas vezes é. O problema às vezes é quando descobrimos que parte de nossos ídolos não difere das celebridades que frequentam a Ilha de Caras. E quanto maior e mais badalado o happening da literatura, maior é a fofoca no dia seguinte sobre quem comeu quem, a fulana que estava com uma saia-cinto se esfregando com alguém que não era seu marido ou o cara que todo mundo jurava que era MPC (machopracaralho) e apareceu com um menino que não era seu sobrinho. Questões humanas da mais alta relevância, como se pode ver.

Do mesmo modo que logo surgem as musas e os darlings e as frases-para-virar-manchete de um e de outro. Ou quem chorou ou não chorou escondido no quarto e por quê. Enfim, o pirão humano de sempre. Só um ingênuo — coisa que às vezes me sucede de ser — imaginaria que quem escreve sobre o humano não seria demasiado e às vezes decepcionantemente humano.

Na condição de foca deste meio literário, logo me deparei com minha insignificância. Estava eu num evento badaladíssimo tempos atrás, quando fui engolfada por um grupo eclético me pedindo autógrafos e fotos. Me descobriram, pensei, já inflando um peito de chéster, termo cunhado pela minha amiga Bia Lopes. Fiz diante da câmera uns sorrisos que renderiam uns dois clientes para a minha dentista. Caprichei na letra. O “m” do Brum ganhou uma quarta perna que mais parecia a Via Láctea.

Ao final de tudo, eu quase que me achando loucamente, fui abatida dos píncaros da glória por petardos de realidade. Felicíssimos com minha performance, uma “fã” mais afoita me deu um beijo melado e me perguntou, com um sorriso completo de dentes: “Muito obrigada, a foto ficou ótima! Como é o seu nome mesmo?”. Respondi. E na minha resposta o Brum, pobre-coitado, estava manco de uma perna e com problemas de menisco no joelho da outra.

No lançamento do meu primeiro romance, o confronto com a realidade da fama se repetiu. Eu a avistei de longe. Veio de lado, assuntando com o corpo. De repente, estava junto à mesa de autógrafos, dividindo a pequena área comigo. Me fez perguntas profundas, numa voz rouca de traça de sebo com rinite alérgica: “Sobre o que é o seu romance?”; “Você sofreu ao escrevê-lo?”; “Qual é o seu sentimento neste momento?”.

Percebi que a entrevista seguia um questionário decorado e que ela vasculhava para além de mim, procurando avidamente com o olhar alguma coisa mais instigante entre as prateleiras da livraria. Parecia não ouvir minhas respostas. Mas sempre voltava para uma próxima pergunta na qual colocava um acento mais denso do que uma cumulus nimbus. Então, finalmente, ela sorriu e disse: “Apenas uma última pergunta”.

Me aprumei toda na cadeira.

— O que estão servindo?

Sim, sim, benditos (não) leitores. Sabendo escutá-los a gente aprende mais sobre nosso lugar na humanidade, que de estrela só tem a tal da poeira de que o Carl Sagan falava. E, de volta ao pó, retornamos também aos nossos interiores que seguem sendo o lugar de onde, com sorte, emergem algumas letras de bom tamanho.

Eliane Brum
terça-feira, 7 de novembro de 2017 0 comentários

EM NOME DO QUÊ?


As denúncias de discriminação por motivo religioso no Brasil cresceram 4960% em cinco anos. Um relatório da Pew Foundation mostra que o país deixou de ser um dos países mais populosos com menor taxa de Hostilidade Social por motivações religiosas, em 2007, para se tornar um dos com alta taxa, em 2014. Foi da segunda à nona posição, no período. No Rio de Janeiro, os crimes de ódio contra praticantes de Umbanda e Candomblé representam 90% dos casos do disque-denúncia estadual. Apesar disso, o centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos (Ceplir) que, desde 2012, atendia às vítimas de intolerância no Estado com acompanhamento psicológico, jurídico e assistência social, deixou de receber recursos do governo em 2016. Enquanto isso, praticantes de religiões de matriz africana, como a Mãe Merinha ou a Mãe de Santo Carmen de Oxum, continuam sendo perseguidos pelo tráfico na Baixada Fluminense. 

Ricardo Moreira

segunda-feira, 6 de novembro de 2017 0 comentários

QUEM EU SOU



Eu... eu... nem eu mesmo sei, nesse momento... eu... enfim, sei quem eu era, quando me levantei hoje de manhã, mas acho que já me transformei várias vezes desde então. 
(Lewis Carroll)
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ENCARETAMOS DEMAIS



ANOS 80

Entre 1985 e 1988, assistíamos a Armação Ilimitada. Menino órfão é adotado por dois homens que ganham a vida com o surfe e namoram a mesma mulher. Nada de família tradicional. Família Poliamor! Anos 80! Programa da TV aberta em horário livre para todas as idades. O que foi que aconteceu de lá pra cá? Quando e como foi que encaretamos tanto???
domingo, 5 de novembro de 2017 0 comentários

CAMPANHA DIGA NÃO AO BOATO



Lista de destaques do Boatos.org dos últimos dias (leia tudo com atenção e, se precisar, repasse).


1. Atenção! Tem muita gente compartilhando a história que Pabllo Vittar vai apresentar programa infantil na Globo. História é falsa.
Para entender tudo, leia aqui:http://www.boatos.org/entretenimento/pabllo-vittar-programa-globo.html

2. Muita gente tem acreditado no papo que a Samsung está vendendo o Galaxy S8 por R$9. Atenção: promoção é falsa.
Entenda: http://www.boatos.org/tecnologia/samsung-vende-galaxy-aniversario.html

3. Por favor! Parem de compartilhar a corrente que faça sobre "guia como se enforcar". A única coisa que vocês fazem com isso é ajudar a imagem a se espalhar. Leia e entenda: http://www.boatos.org/brasil/foto-como-se-enforcar-criancas.html

4. Depois do boato do feijão, fizemos uma lista de 7 recomendações médicas que sempre se espalham na web. 
Leia e confira: http://www.boatos.org/saude/7-recomendacoes-medicas-falsas.html

5. Pra terminar, mais uma história que está voltando a circular e é falsa: a do cachorro de Caucaia que pegou um feto de bebê. Leia e relembre o caso: http://www.boatos.org/brasil/hoax-mae-joga-filho-no-lixo-em-caucaia-cachorro-acha-e-leva-para-pm.html

Quer mais? 
Veja a lista das últimas 15 notícias postadas no site (Putin e a ideologia de gênero, áudio sobre sobrinha desaparecida, o diretor da Globo, Corinthians e outras). 
A sua sugestão de boato pode estar láhttp://www.boatos.org/lista-de-links-do-boatos-org-para-leitores-do-whatsapp

Esta mensagem foi enviada porque você se inscreveu na lista de transmissão do Boatos.org. 
Para se inscrever, envie #boato para o telefone (61) 99432-5485 e agende este número no seu celular. 

Envie sugestões de boatos. Se já tiver sido desmentido, vamos responder "no site". No caso de vídeos e áudios, ajudem-nos descrevendo o teor do arquivo. Desculpem-nos se não conseguimos responder todas as mensagens, mas saiba que lemos todas e as que não temos ainda vão para lista de pautas.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017 0 comentários

É LEGÍTIMO LUTAR POR AMOR?




Experimentamos uma sensação dolorosa de humilhação quando a pessoa que está nos interessando não dá sinais de ter achado tanta graça em nós quanto nós nela; ou então não se mostra tão disponível por estar vivenciando algum outro vínculo amoroso. Mais grave ainda é a sensação de rejeição, quebra do elo amoroso associado à humilhação – ofensa grave à vaidade – quando se é abandonado e “trocado” por outra pessoa.

Surge, em boa parte das criaturas, o desejo de reaver aquela relação a qualquer custo. As pessoas gostam de dizer que estão lutando para reaver o parceiro amado. Porém, penso que se trata de algo bastante diferente: o resgate do vínculo corresponderia a uma espécie de vitória sobre eventuais rivais e, em certo sentido, o fim da sensação de humilhação.
A luta para tentar reaver o parceiro “amado” aparece, para muitos, como uma causa justa e nobre em nome da qual vale tudo. O amor justifica que o rejeitado se humilhe e pressione com todas as forças aquele que quis se separar, valendo-se inclusive de mentiras e chantagens sentimentais de todo o tipo.

Ouço essas histórias com bastante frequência e sempre me fica a clara sensação de que o amor, esse apego por aquela pessoa que nos provoca aconchego, pode até existir, mas não é a força motriz principal de todas essas ações. Elas parecem, mais que tudo, determinadas pela vaidade, o anseio de sair como vencedor e de se livrar da dor derivada da humilhação de ter sido abandonado.

Quando se luta para reconquistar o parceiro, o amor aparece como o sentimento que estaria dando dignidade a condutas moralmente duvidosas. Quem ama cuida do amado, quer o melhor para ele e não o obriga a fazer ou agir de uma forma contrária à sua vontade.

Quem ama de verdade não acha que esse sentimento justifica todo e qualquer ato. Não acha que é válido lutar por amor, entendendo-se por “lutar” o esforço de fazer prevalecer a própria vontade de manter o vínculo quando não é essa a disposição daquele que supostamente é o amado. A única luta válida por amor é aquela ligada ao empenho de preservar o relacionamento através de cuidados, paparicos e todo o tipo de dedicação possível ao amado; e tudo isso na vigência do namoro – e com a devida anuência do namorado.

Aqueles que se acham no direito de lutar para reaver o elo que se rompeu são justamente os que lidam mal com frustrações e dores psíquicas em geral. É fato que a dor de amor é muito intensa e a ela dedicaremos um espaço maior quando tratarmos das rupturas amorosas. O mais importante aqui é registrar de modo enfático que aqueles que acham válido lutar por amor quando são abandonados costumam ser os que cuidam mal do relacionamento durante sua vigência. Não é raro que sejam pessoas mais egoístas, menos capazes de amar e mais competentes para reivindicar, cobrar e exigir atenção e carinho do que para se dedicar ao parceiro.

A palavra “cobrar” é uma das que mais provoca minha indignação. Não creio que tenhamos o direito de cobrar nada de ninguém, muito menos de nossos parceiros sentimentais.

É claro que todos temos expectativas em relação às pessoas com as quais convivemos: esperamos algum tipo de cuidado, atenção, carinho. Porém, isso não nos autoriza a exigir que eles satisfaçam nossos desejos; eles deveriam estar bem informados de tudo o que gostaríamos de receber.

Se não estão dispostos a dar, quem está com problema somos nós, pois teremos que decidir se aceitamos essa situação ou se tomamos algum tipo de atitude, que pode variar desde pararmos de nos dedicar tanto até a ruptura do relacionamento – isso na dependência da natureza de cada um e também do estado geral em que se encontra aquele dado elo amoroso.

Não deixa de ser curioso observar que pessoas orgulhosas, que gostam tanto de falar bem de si mesmas, são as que mais se humilham com o intuito de reaver um elo sentimental perdido.

Por vaidade, buscando a vitória final, se colocam como pedintes, mostrando fraquezas que adoram esconder, demonstrando afetos que nunca se manifestaram e arrependimentos que nunca tiveram.

Aqueles mais rigorosos moralmente vão até um certo ponto em seus pedidos de reconsideração da decisão de abandono do parceiro; porém, não se humilham com o intuito de tentar neutralizar seus desconfortos. Sabem que não é legítimo lutar por amor; ou lutar para reaver o parceiro em nome do amor que sentem.

Flávio Gikovate
 
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