2c6833b0-77e9-4a38-a9e6-8875b1bef33d diHITT - Notícias Sou Maluca Sim!: 2015
terça-feira, 18 de agosto de 2015 3 comentários

POUPE-ME



Sei que os tempos estão difíceis, mas acho terrível quando uma mulher não sabe se portar diante das situações da vida. Acho até válido vez por outra, chegando ao extremo, que se faça uso de palavrões e mesmo agressão. Mas quando isso se torna uma constante a mulher perde a graciosidade e mais que tudo a razão.
sábado, 15 de agosto de 2015 0 comentários

OBRIGADA PELO CARINHO



Quero agradecer a todos as felicitações pelo meu aniversário…acreditem fiquei imensamente feliz!!Obrigada por fazerem parte da minha vida!

Quero agradecer a todos que carinhosamente tiveram um tempinho para me deixar esses recadinhos e felicitações tão perfeitos! Fico muito grata a todos, que além de me deixar feliz, também me fizeram perceber o quanto sou privilegiada por ter amigos tão especiais.

Sou uma pessoa muito feliz, pois tenho pessoas maravilhosas que me cercam... Uns bem de perto...Uns de longe...Outros de bem longe...
Não importa a distância e sim o carinho...
Isso é um presentão de Deus pra minha vida...
É muito bom ter amigos, obrigado de coração a
todos vocês !!!
terça-feira, 28 de julho de 2015 4 comentários

VOCÊ SABE RECEBER AMOR?




Do ponto de vista de quem recebe, o amor ganha contornos bem diferentes daqueles existentes do ponto de vista de quem dá. E é tão raro o empate entre dar e receber! Há pessoas absolutamente incapazes de receber o amor. Outras há que filtram o amor recebido segundo a sua maneira de ser, reduzindo (ou ampliando) o afeto ganho através de suas lentes (existenciais) de aumento ou diminuição. Quem pode dizer com segurança que sabe avaliar o amor recebido? Outras há, ainda, que só conseguem amar quando recebem amor, não admitindo dar sem receber. Há, também, o tipo de pessoa que não dará (amor) jamais, pois só sabe receber. E existe aquela outra que quer e precisa receber, porém não sabe o que fazer quando (e quanto) recebe e transforma-se, então, numa carência viva a andar por aí, em todos despertando (por insuspeitadas habilidades) o desejo de algo lhe dar.

Receber o amor é como saber gastar (gostar?). Já reparou que há pessoas que não sabem gastar? Muitas sabem ganhar muito dinheiro, mas depois não o sabem gastar. Receber o amor é como saber gastar (gastar o amor de quem lhe está dando). É necessário fazer com que o investimento recebido renda frutos, juros e dividendos em que o recebe, para novos investimentos e lucros humanos. Há quem o saiba fazer (ou seja, saiba receber). Há quem não o saiba e gaste o (amor) recebido de uma só vez, sem qualquer noção do quanto custou para quem o deu.

O problema de receber o amor é fundamental, porque ele determina o prosseguimento ou não da doação.

O núcleo do problema está na forma pela qual cada pessoa recebe o amor, modelando-o.

De que valerá um amor maior do que o mundo, se a forma pela qual se o recebe é diminuta? Um amor de pequena estatura doado a alguém pode ser recebido como a dádiva suprema. Será (soará), então, enorme!

Daí que amor está também, além de dar, em saber receber. Saber receber, embora pareça passivo, é ativo. Receber, se possível avaliando a intensidade com que é dado e, se for mais possível, ainda, retribuir na exata medida. Saber receber é tão amar quanto doar um amor.

Se todos soubessem receber, não haveria a graça infinita dos desencontros do amor, geradores dos encontros.

Receber o amor é tão difícil quanto amar! É que amar desobriga e receber o amor parece que prende as pessoas, tutela-as e aprisiona-as quando deveria ser exatamente o contrário, pois saber receber é tão grandioso e difícil quanto saber dar.

ARTUR DA TÁVOLA
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AS VERDADEIRAS MULHERES FELIZES


Acabo de ler um livro de Eliette Abecassis, uma francesa que eu não conhecia. O nome da obra, no original, é Un Heureux Événement, que pode ser traduzido para Um Feliz Acontecimento, mas é um título irônico, pois o livro trata sobre o fator que, segundo a autora, destrói as relações amorosas: o nascimento de um filho. Num tom exageradamente desesperado, a personagem narra o fim do seu casamento depois que dá à luz.

Concordo que a chegada de uma criança muda muita coisa entre o casal, mas a escritora carrega nas tintas e cria um quadro de terror para as mães de primeira viagem. Se o nascimento de um filho é sempre desconcertante, é preciso lembrar que é, ao mesmo tempo, uma emoção sem tamanho. De minha parte, só tenho bons momentos a recordar, nada foi dramático. Mas mesmo que, por experiência própria, eu não compartilhe com a desolação da autora, ainda assim ela diz no livro uma frase muito interessante. Ao enumerar as diversas mazelas por que passam as criaturas do sexo feminino, ela me veio com esta: "os homens são as verdadeiras mulheres felizes".

Atente para a sutileza da frase. O que ela quis dizer? Que os homens saem pela porta de manhã e vão trabalhar sem pensar se os filhos estão bem agasalhados ou se fizeram o dever da escola. Os homens não menstruam, não têm celulite, não passam por alterações hormonais que detonam o humor. Os homens não se preocupam tanto com o cabelo e não morrem de culpa quando não telefonam para suas mães. Os homens comem qualquer coisa na rua e o cardápio do jantar não é da sua conta, a não ser quando decidem cozinhar eles próprios, e isso é sempre um momento de lazer, nunca um dever. Os homens não encasquetam tanto, são mais práticos. Eu, que estou longe de ser uma feminista e mais longe ainda de ser ranzinza, tenho que reconhecer o brilhantismo da frase: os homens são mulheres felizes. Eles fazem tudo o que a gente gostaria de fazer: não se preocupam em demasia com nada.

Porque nosso mal é este: pensar demais. Nós, as reconhecidas como sensíveis e afetivas, somos, na verdade, máquinas cerebrais. Alucinadamente cerebrais. Capazes de surtar com qualquer coisa, desde as mínimas até as muito mínimas. Somos mulheres que nunca estão à toa na vida, vendo a banda passar, e sim atoladas em indagações, tentando solucionar questões intrincadas, de olho sempre na hora seguinte, no dia seguinte, planejando, estruturando, tentando se desfazer dos problemas, sempre na ativa, sempre atentas, sempre alertas, escoteiras 24 horas.

Os homens, mesmo quando muito ocupados, são mais relax. Focam no que têm que fazer e deixam o resto pra depois, quando chegar a hora, se chegar. Não tentam salvar o mundo de uma tacada só. E a chegada de um filho, ainda que assuste a eles, como assusta a todos, é algo para se lidar com calma, é um aprendizado, uma curtição, nada de muito caótico. Eles não precisam dar de mamar de duas em duas horas, não ficam fora de forma, não enlouquecem. Isso é uma dádiva: os homens raramente enlouquecem.

Nós, nem preciso dizer. Nascemos doidas. Por isso somos tão interessantes, é verdade, mas felicíssimas, só de vez em quando, nas horas em que não nos exigimos desumanamente. Homens, portanto, são realmente as verdadeiras mulheres felizes. Que isso sirva de homenagem aos queridos, e sirva pra rir um pouco de nós mesmas, as que se agarram com unhas e dentes ao papel de vítimas porque ainda não aprenderam a ser desencanadas como eles.

MARTHA MEDEIROS
quinta-feira, 16 de julho de 2015 0 comentários

CAROLINA MARIA DE JESUS




(Sacramento, 14 de março de 1914 — São Paulo, 13 de fevereiro de 1977)

  A catadora de lixo que virou escritora. saiu do quarto de despejo para ganhar o mundo. Em sua época chegou a vender tanto quanto Jorge Amado e hoje, infelizmente, encontra-se no esquecimento.



Carolina Maria de Jesus nasceu em Minas Gerais, numa comunidade rural onde seus pais eram meeiros. Filha ilegítima de um homem casado, foi tratada como pária durante toda a infância, e sua personalidade agressiva contribuiu para os momentos difíceis pelos quais passou. Aos sete anos, a mãe de Carolina forçou-a a frequentar a escola depois que a esposa de um rico fazendeiro decidiu pagar os estudos dela e de outras crianças pobres do bairro. Carolina parou de frequentar a escola no segundo ano, mas aprendeu a ler e a escrever.

A mãe de Carolina tinha dois filhos ilegítimos, o que ocasionou sua expulsão da Igreja Católica quando ainda era jovem. No entanto, ao longo da vida, ela foi uma católica devota, mesmo nunca tendo sido readmitida na congregação. Em seu diário, Carolina muitas vezes faz referências religiosas.

Em 1937, sua mãe morreu, e ela se viu impelida a migrar para a metrópole de São Paulo. Carolina construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer coisa que pudesse encontrar. Ela saía todas as noites para coletar papel, a fim de conseguir dinheiro para sustentar a família. Quando encontrava revistas e cadernos antigos, guardava-os para escrever em suas folhas. Começou a escrever sobre seu dia-a-dia, sobre como era morar na favela. Isto aborrecia seus vizinhos, que não eram alfabetizados, e por isso se sentiam desconfortáveis por vê-la sempre escrevendo, ainda mais sobre eles.

Teve vários envolvimentos amorosos quando jovem, mas sempre se recusou a casar-se, por ter presenciado muitos casos de violência doméstica. Preferiu permanecer solteira. Cada um dos seus três filhos era de um pai diferente, sendo um deles um homem rico e branco. Em seu diário, ela detalha o cotidiano dos moradores da favela e, sem rodeios, descreve os fatos políticos e sociais que via. Ela escreve sobre como a pobreza e o desespero podem levar pessoas boas a trair seus princípios simplesmente para assim conseguir comida para si e suas famílias.
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PRINCESA NEGRA DA LITERATURA

CAROLINA MARIA DE JESUS

(Sacramento, 14 de março de 1914 — São Paulo, 13 de fevereiro de 1977)

  A catadora de lixo que virou escritora. Saiu do quarto de despejo para ganhar o mundo. Em sua época chegou a vender tanto quanto Jorge Amado e hoje, infelizmente, encontra-se no esquecimento.

Carolina jamais se resignou às condições impostas pela classe social a qual pertencia. Em uma vizinhança com alto nível de analfabetismo, saber escrever era uma conquista excepcional. Carolina escreveu poemas, romances e histórias. Um dos temas abordados em seu diário foram as pessoas do seu entorno; a autora descrevia a si mesma como alguém muito diferente dos outros favelados, e afirmava “que detestava os demais negros da sua classe social”.

Ela escreve sobre como a pobreza e o desespero podem levar pessoas boas a trair seus princípios simplesmente para assim conseguir comida para si e suas famílias.



http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/bloco/escritora-carolina-maria-de-jesus-completaria-100-anos





quarta-feira, 15 de julho de 2015 0 comentários

O XANGÔ DE BAKER STREET



A trama ressuscita um Rio de Janeiro de fins do século XIX governado pela monarquia, envolvendo uma nobreza bajuladora e uma turma de boêmios cariocas.

Nesta história o famoso detetive inglês tem suas faculdades analíticas e seu senso de observação afetados pelo calor dos trópicos e por circunstâncias inesperadas. Em uma perseguição ao misterioso assassino Sherlock tem de parar por causa de um vatapá o qual lhe gerou uma dor de barriga. Este e outros acontecimentos que se seguem tornam o mesmo mais propenso a erros, mais humano.

Um violino Stradivarius desaparecido, Algumas orelhas cortadas e seus respectivos cadáveres trazem o famoso Sherlock Holmes ao Brasil, por recomendação de sua não menos famosa amiga Sarah Bernhardt. Porém aquilo que parecia um pequeno e discreto caso imperial transforma-se numa saga cheia de perigos, tais como feijoadas, vatapás, mulatas, intelectuais de botequim, pais-de-santo e cannabis sativa. Sem falar, é claro, dos crimes do primeiro serial killer da história, que executa seu sinistro plano nota a nota, com notável afinação e precisão de corte.
O britânico e intrépido detetive e seu fiel e desconfiadíssimo esculápio vivem então no Rio de Janeiro a aventura de Sherlock Holmes que Conan Doyle se excusou de contar - por motivos que ficarão bastante óbvios -, mas que para felicidade do leitor brasileiro Jô Soares resgata neste romance implacável e impagável.
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VOCÊ ESTÁ CONVIDADO. SUA PRESENÇA É FUNDAMENTAL.



Oi amigos

Sábado que vem vou fazer meu chá de contas vencidas. Ainda é novidade esse tipo de evento aqui no Brasil mais jajá virará moda! É bem legal cada um trás sua bebida preferida e logo ao chegar escolhe uma conta para pagar.
Tem conta de luz, água, telefone, net, internet, IPVA, boleto do carro e para cartão de crédito tenho quatro opções. .
Posso confirmar a presença de vocês aqui em casa?
segunda-feira, 13 de julho de 2015 0 comentários

OS ÚLTIMOS QUARTETOS DE BEETHOVEN E OUTROS CONTOS





Amor, sexo, relacionamentos, obsessões, violência, morte, tem de tudo em Os últimos quartetos de Beethoven e outros contos: de histórias ligeiras, como a do passageiro com fobia por avião, a mais densas, como a do ex-militante assombrado por lembranças do passado. Vícios e virtudes do ser humano temperados pelo humor incomparável de um mestre da narrativa curta.

Os cinco eram apaixonados pela Lívia. Um dia ela teve a ideia de um pacto de sangue para unir a turma até a morte. A amizade sobreviverá ao ritual? O texto inédito batiza Os últimos quartetos de Beethoven e outros contos, o primeiro livro só de contos de Luis Fernando Veríssimo.

Uma espanhola misteriosa e sensual, um ex-preso político atormentado por uma mancha no carpete, um expert em vinho que não bebe, um homem que precisa decidir até onde ir para ganhar uma promoção, uma violoncelista que exerce um estranho domínio sobre cinco amigos. Sem contar a empregada doméstica que resolve todos – eu disse todos – os problemas da casa. Quem mais além de

Cremilda seria capaz de se livrar do agiota que inferniza a família e ainda por cima fazer um manjar branco igual ao da mãe do patrão?

O autor vai do drama à comédia, com incursões aqui e ali na tragicomédia. Como no caso do homem que, durante um enfarte, tenta se lembrar de onde botou o remédio e o que vêm à mente são as ruas de Copacabana, o Gordo e o Magro, as capitanias hereditárias, a linha média do Flamengo tricampeão dos anos 1940 e Gisela. Ah, a Gisela!
domingo, 12 de julho de 2015 0 comentários

MORAIS QUE NÃO ENTENDO


Esse não é o primeiro, nem o segundo a habitar o antro familiar. 
A mulher briga com o marido. Discussão e mais discussão regada a cerveja e muito cigarro nos fins de semana. 
As crianças assustadas diante de tantos excessos de fúria, ou ficam quietas num canto da casa, ou se refugiam na rua. 
Depois de muitos berros sai o camarada sem camisa e com as costas lanhadas pelas chicoteadas de PVC que levou da mulher. 
A louca sai rugindo como fera, sem se importar com os olhares da vizinhança. Mas o fim do espetáculo, já conhecido, É o homem regressa para a casa e para o leito do casal. 

Os dias passam, as simultâneas traições parecem ainda ser um nó na garganta da mulher que diz desejar ter exclusividade quando nunca foi assim.Talvez por isso mais cerveja para desatar os nós.

Ele vai passar um tempo fora. Está muito cansado da relação. Precisa de um tempo vivendo vida de solteiro para aliviar-se do estresse que é a responsabilidade de ter uma família e ser sustentado financeiramente.  

Pobres crianças. Por que a louca solitária de amor carnal grita, grita e grita enfurecida, mas agora toda sua ira está voltada para seus próprios filhos.

- Porque você ligou a geladeira? Geladeira não liga sozinha, caral**. 
  Seu animal, seu burro, demônio!

A bronca doentiamente é repetida diversas vezes.
O filho chora. Pede desculpas e a mãe parece não ouvir absolutamente nada além dela mesma.
Penaliza a criança, como se esta tivesse cometido crime hediondo.  

Ainda chorando o menino diz: 
 - Mãe eu te amo. 
 - Ama nada. Se me amasse não fazia o que faz. Por que você desligou a geladeira? geladeira não...

A mãe não perdoa. Na casa enquanto o homem não decidir voltar não haverá qualquer momento de paz.

Eu expectadora passiva tenho pena da criança e pouco o que fazer.  Assumiu a culpa, se existe alguma,  para defender a irmã casula.  

Depois de muitos palavões, maus- tratos ao filhos, cigarros e cerveja, vem a parte da absorvição dos pecados. O aparelho de som é ligado bem alto no louvor da igreja, que vez por outra é intercalado com o mais puro funk carioca para espantar o tédio. 

Morais que não entendo.  
sábado, 11 de julho de 2015 2 comentários

A PSICOPATIA TRANSTORNO ANTISSOCIAL DA PERSONALIDADE



O que leva um indivíduo a cometer um crime, sem sentir medo ou compaixão?


De acordo com Robert Hare, autoridade mundial em psicologia criminal e professor da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), a única característica inconfundível de um psicopata é, exatamente, “a falta de emoções, da capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa para, pelo menos, imaginar seu sofrimento”. Hare também acrescenta que um psicopata procura entrar na mente das pessoas até tentar imaginar o que elas pensam, mas nunca conseguirá chegar a entender como elas se sentem. Demonstrou-se, inclusive, que um psicopata pode chegar a se relacionar social ou intelectualmente, mas sempre vendo as pessoas como objetos, isto é, retiram do outro seus atributos de pessoa para considerá-lo como coisa.

A psicopatia é uma anomalia psíquica, um transtorno antissocial da personalidade, devido à qual, apesar da integridade das funções psíquicas e mentais, a conduta social do indivíduo que sofre dessa anomalia se encontra patologicamente alterada.

As causas que se encontraram do porquê da conduta psicopática indicam que, por serem indivíduos relativamente insensíveis à dor física, quase nunca adquirem medos condicionados, tais como o medo da desaprovação social ou da humilhação, medo de que restrinjam suas más ações, medos esses que dariam a esses indivíduos um senso do bem e do mal.

As características de conduta do psicopata poderiam ser determinadas tanto por fatores fisiológicos como por fatores sócio-psicológicos. A conduta psicopática poderia ser causada por traumas infantis que geram conflitos, devido aos quais a “Criança” não pode se identificar com o progenitor do mesmo sexo nem se apropriar de suas normas morais. Os psicólogos comportamentais acreditam que a conduta psicopática resulta do aprendizado.

O psiquiatra norte-americano Hervey M. Cleckley,  pioneiro na pesquisa sobre psicopatia, identificou há algum tempo, em 1941, em seu reconhecido livro The Mask of Sanity (A Máscara da Sanidade), quatro subtipos diferentes de psicopatas:

Os PSICOPATAS PRIMÁRIOS não respondem ao castigo, à apreensão, à tensão e nem à desaprovação. Parecem ser capazes de inibir seus impulsos antissociais quase todo o tempo, não devido à consciência, mas sim porque isso atende ao seu propósito naquele momento. As palavras parecem não ter o mesmo significado para eles que têm para nós. Não têm nenhum projeto de vida e parecem ser incapazes de experimentar qualquer tipo de emoção genuína.

Os PSICOPATAS SECUNDÁRIOS são arriscados, mas são indivíduos mais propensos a reagir frente a situações de estresse, são beligerantes e propensos ao sentimento de culpa. Os psicopatas desse tipo se expõem a situações mais estressantes do que uma pessoa comum, mas são tão vulneráveis ao estresse como a pessoa comum. São pessoas ousadas, aventureiras e pouco convencionais, que começaram a estabelecer suas próprias regras do jogo desde cedo. São fortemente conduzidos por um desejo de escapar ou de evitar a dor, mas também são incapazes de resistir à tentação. Tanto os psicopatas primários como os secundários estão subdivididos em:

PSICOPATAS DESCONTROLADOS: são os que parecem se aborrecer ou enlouquecer mais facilmente e com mais frequência do que outros subtipos.   Seu delírio se assemelhará a um ataque de epilepsia. Em geral também são homens com impulsos sexuais incrivelmente fortes, capazes de façanhas assombrosas com sua energia sexual. Também parecem estar caracterizados por desejos muito fortes, como o vício em drogas, a cleptomania, a pedofilia ou qualquer tipo de indulgência ilícita ou ilegal.

PSICOPATAS CARISMÁTICOS: são mentirosos, encantadores e atraentes. Em geral são dotados de um ou outro talento e o utilizam a seu favor para manipular os outros. São geralmente compradores e possuem uma capacidade quase demoníaca de persuadir os outros a abandonarem tudo o que possuem, inclusive suas vidas. Com frequência, esse subtipo chega a acreditar em suas próprias invenções. São irresistíveis.













O psicólogo criminal Robert Hare diz que os psicopatas “não sentem nenhuma angústia pessoal e não tem nenhum problema; o problema quem tem são os outros. Sua capacidade para castigar suas vítimas se baseia em um comportamento anormal do cérebro, que reage de forma completamente diferente do que o de uma pessoa sã”.

Anos atrás o doutor Hare com base na revisão de registros penitenciários e de entrevistas realizadas com criminosos, concluiu que esse tipo de personalidade pode ser avaliado por meio de uma lista de 20 características ou sintomas:

1 Loquacidade / Encanto superficial.
2 Egocentrismo / Sensação grandiosa de autoestima.
3 Necessidade de estimulação / Tendência ao tédio.
4 Mentira patológica.
5 Direção / Manipulação.
6 Falta de remorso e de sentimento de culpa.
7 Afetos pouco profundos.
8 Insensibilidade / Falta de empatia.
9 Estilo de vida parasita.
10 Falta de controle comportamental.
11 Conduta sexual promiscua.
12 Problemas precoces de comportamento.
13 Falta de metas realistas no longo prazo.
14 Impulsividade.
15 Irresponsabilidade.
16 Incapacidade de aceitar a responsabilidade pelas próprias ações.
17 Várias relações maritais breves.
18 Delinquência juvenil.
19 Revogação da liberdade condicional.
20 Versatilidade criminal.

Por sua vez, de acordo com um estudo recente realizado pelo professor da Universidade de Cornell, Jeff Hancock e seus colegas, os psicopatas tendem a escolher palavras bastante concretas quando falam de seus crimes. O relatório foi publicado na revista Legal and Criminological Psychology (Psicologia Legal e Criminal), e revelou que 14 homens usavam mais palavras como “porque” ou “portanto”, o que indica que possuem um objetivo claro quando cometem seus crimes. E usam duas vezes mais termos relacionados a necessidades físicas como alimentos, sexo e dinheiro. Em seu discurso incluem apenas palavras que façam referências à família, à religião e a outras necessidades sociais. Também costumam usar mais o tempo passado e falar de forma menos fluida, empregando mais “ums” e uhs” do que o resto da população.



Fontes consultadas:

http://blogs.elcomercio.pe/elclubdeloinsolito/2008/06/por-que-no-lloran-los-psicopat.html

http://www.muyinteresante.es/ide-que-hablan-los-psicopatas

http://quantumfuture.net/sp/pages/psicopatia.html


terça-feira, 7 de julho de 2015 0 comentários

RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA



Devia haver um anjo ao meu lado
Alguma coisa celestial conduziu-me até você
Olhe para o céu
É a cor do amor
Devia haver um anjo ao meu lado
Alguma coisa celestial desceu lá de cima
Ele me conduziu até você
Ele me conduziu até você

Ele construiu uma ponte para o seu coração
O caminho todo
Quantas toneladas de amor por dentro
Eu não sei dizer

Quando eu fui conduzida até você
Eu soube que você era o único para mim
Eu juro que o mundo inteiro podia sentir meu coração
batendo
Quando eu coloquei meus olhos em você
Ai ai ai
Você me envolveu toda
Na cor do amor

Você me deu o beijo da vida
Beijo da vida
Você me deu um beijo que é como
Respiração boca a boca

Não estava claro desde o começo?
Olhe o céu, está cheio de amor
Sim, o céu está cheio de amor

Ele construiu uma ponte para o seu coração
O caminho todo
Quantas toneladas de amor por dentro
Eu não sei dizer

Você me deu o beijo da vida
Beijo da vida
Você me deu um beijo que é como
Respiração boca a boca

Você me envolveu toda na cor do amor
Deve ter sido um anjo que desceu do céu
Dando-me amor, sim
Dando-me amor, sim

Você me deu o beijo da vida
Beijo da vida
Você me deu o beijo da vida
Beijo da vida

Nota - Kiss of life - literalmente beijo da vida, mas significa "repiração boca a boca"




segunda-feira, 6 de julho de 2015 0 comentários

SAIBA O QUE O SEU LADO "SELFIE" DIZ SOBRE VOCÊ


Saiba o que o seu lado "selfie" diz a seu respeito

As selfies são uma tendência que parece que veio para ficar, pelo menos por enquanto. O site She Finds decidiu descobrir o que é que a sua posição na selfie diz sobre você.

A sua cabeça está inclinada para a esquerda, para a direita ou está a olhar de frente para a câmera? Agora olhe para a imagem (A. Cabeça para a direita; B. Em frente; C. Cabeça para a esquerda) e descubra qual é que é o seu lado selfie.

A) Aventureira e mente aberta: Inclinar a cabeça para a direita quando tira selfies sugere que é uma pessoa que gosta de arriscar. Não tem medo de um desafio e gosta de experimentar coisas novas.

B) Seguro e independente: Se não inclina a cabeça e olha em frente diretamente para a câmara, é extremamente confiante em todos os aspectos da sua vida.

C) Alegre e versátil: Se inclina a cabeça para a esquerda, é uma pessoa muito relaxada. Não se aborrece com pouca coisa e normalmente deixa-se ir ‘na onda’.
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OPORTUNISMO



Inteligência nada tem a ver com oportunismo.
POR FAVOR NÃO CONFUNDIR

OPORTUNISMO:

"É beneficiar-se com algo que não te pertence e que vai te dar algum lucro."

s.m. Atitude daqueles que preferem contemporizar, para atingir um fim, aproveitando-se das circunstâncias oportunas.
Sistema ou prática política, que consiste em aproveitar-se das circunstâncias ou acomodar-se a elas para tirar proveito.

INTELIGÊNCIA

É a ciência ou capacidade de ligar internamente o que é captado.
Pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair idéias, compreender idéias e linguagens e ... Pode ser aprendida e/ou treinada.
a capacidade de apreender a verdade.
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DÁ PARA FINGIR SER LOUCO?



Seja para fugir da prisão ou para conseguir uma receita médica controlada, tem muita gente por aí tentando se passar por maluco. Mal sabem eles que teriam de ter os talentos dramáticos de um Al Pacino com uma direção de Hitchcock. Duvida? Nós explicamos aqui.

Por décadas o mafioso Vincent Gigante andou pelas ruas de Manhattan não em ternos italianos, mas de pijama ou roupão de banho. Era conhecido em Greenwich Village não por liderar os Genovese, uma das cinco famílias mafiosas de Nova York, mas por babar e murmurar de um lado para o outro. Seu disfarce começou em 1969, aos 40 anos, para escapar de uma acusação de propina. Deu certo, e assim continuou. Bastava que o FBI esquentasse a perseguição a mafiosos para que Gigante desse entrada numa clínica psiquiátrica. Certo dia, agentes o viram pelado na chuva, segurando um guarda-chuva. Noutro, o viram cair na calçada e começar a rezar. Segundo seu psiquiatra, Stanley Portnow, 34 outros médicos diagnosticaram esquizofrenia. Nos bastidores, o falso louco crescia na hierarquia dos Genovese. Em 1981 se tornou chefão. Na metade da década, subiu à chefia da Comissão, o comitê interfamílias da máfia.

Até que, em 1990, foi preso, acusado de extorsão e homicídio. Novamente, a defesa alegou que Gigante não tinha condições mentais para ser julgado. Em perícias, conseguiu engambelar um renomado psiquiatra de Harvard, cinco ex-presidentes da Academia Americana de Psiquiatria e Direito e o homem que inventou um teste padrão para reconhecer simulações de transtornos mentais. A acusação provavelmente não iria para frente se alguns mafiosos não tivessem começado a colaborar com a polícia. De fato, seis gângsters descreveram o seu papel na família Genovese. Gigante acabou condenado por extorsão, mas não por homicídio, e foi sentenciado a 12 anos. Somente em 2003 a mentira foi revelada. Acusado de obstruir a justiça, Gigante calmamente admitiu tudo - em troca de outra sentença menor.

Sim, fazer de conta que vai mal da cabeça pode trazer vantagens. Pode render aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença. Pode dar acesso a remédios controlados que ajudam a ser mais produtivo nos estudos e no trabalho. Ou pode evitar o julgamento por um crime, como no caso de Gigante. O princípio no caso penal é o seguinte: quando uma doença mental deixa a pessoa incapaz de controlar sua ação, ela se torna aquilo que o juridiquês chama de "inimputável". "Para a lei, não importa que doença a pessoa tenha, mas o impacto dela no dia a dia", diz Daniel Barros, professor de psiquiatria forense do Hospital das Clínicas da USP. Mesmo que um sujeito tenha esquizofrenia grave, se ele roubar dinheiro para comprar uma blusa, não terá feito isso por causa do transtorno, mas porque queria comprar a blusa. "Ele só deixaria de responder pelo crime se a doença torná-lo incapaz de entender o que está fazendo ou de se controlar", diz Barros. Assim, ele deixa de ter culpa pelo crime. A alegação de inimputabilidade é rara: segundo um estudo da Universidade da Pensilvânia, apenas 0,9% dos processos criminais parte para essa estratégia. Nesses casos, o acusado é internado em um hospital psiquiátrico.

O mafioso Gigante é uma prova de que não é impossível enganar um psiquiatra. Afinal, diferentemente de um câncer ou de um osso quebrado, um transtorno mental é diagnosticado a partir do comportamento e dos relatos do paciente, e não por um exame físico. Não existe raio-X de esquizofrenia. Mas, na prática, para enganar um psiquiatra é preciso mais do que bons talentos dramáticos. É necessária maestria como diretor, roteirista e ator.

Para desmascarar mentirosos, psiquiatras têm uma ferramenta principal: a boa e velha conversa. Eles partem para perguntas abertas. Assim, o paciente precisa relatar os sintomas com suas próprias palavras e experiências - de nada adianta ler os sintomas no Google. Na hora de detalhar a entrevista, o psiquiatra pode misturar perguntas relacionadas a transtornos opostos ou sintomas completamente improváveis (por exemplo, se vê palavras escritas surgirem quando pessoas falam). Com uma entrevista longa, é apenas uma questão de tempo para que ele se contradiga ou mostre um comportamento incoerente com as descrições. "Você pode estudar as cores e técnicas de Van Gogh", diz Barros. "Mas quando você faz um quadro, não sai um Van Gogh."

Agora, o roteiro. Digamos que a pessoa tenha forjado um quadro de esquizofrenia a partir do que ele viu em filmes. O problema é que esse transtorno é bem diferente do que mostram os filmes. Tem sintomas "positivos" - alterações das funções normais, como alucinações e delírios - e sintomas "negativos" - diminuição das funções normais, como falta de motivação, de emoções e isolamento social. Falsários tendem a ignorar os sintomas negativos, que são menos conhecidos. E, segundo o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Unifesp, o que confirma mesmo o diagnóstico de esquizofrenia não são vozes imaginárias ou pensamentos estranhos, mas a forma como a pessoa se vincula afetivamente com os outros. "Para conseguir imitar isso, o sujeito teria de ser digno de um Oscar."

Na hora de simular sintomas como alucinações, surgem os problemas de atuação. Tal como o mau ator num dramalhão barato, ele acha que quanto mais bizarro o comportamento, mais convincente será. Esforça-se para parecer louco e tomar o controle da entrevista, enquanto pacientes genuínos geralmente relutam em discutir seus sintomas, afirma Phillip Resnik, professor de psiquiatria da Universidade de Cleveland. Digamos que um falsário relate ter ouvido vozes. Como eram essas vozes? Em casos psicóticos legítimos, elas são bem claras - dá até para saber se são masculinas ou femininas. Ou seja, não existe essa de "não sei" quando o psiquiatra fizer perguntas. De onde vieram? Em 88% dos casos, parecem vir de fora da cabeça, como de objetos, da parede ou do ar. O que elas dizem? Embora seja comum que a voz dê instruções, raramente elas se limitam a comandos - e normalmente o paciente evita obedecê-las, principalmente se isso trouxer perigo. Então, se vozes de dentro da cabeça tiverem mandado um acusado ir até um banco e roubar dinheiro, dificilmente um psiquiatra acreditará nelas.

Junto às alucinações auditivas podem surgir as visuais. Mas nada de flashes, sombras, objetos voadores ou distorções de cores e tamanhos, comuns em alucinações causadas por LSD. Elas são em geral imagens de pessoas em escala normal e em cores. E aí está mais um erro comum de falsários. "Um réu acusado de roubo de banco disse calmamente ter visto um gigante de vermelho de dez metros derrubando uma parede durante a entrevista. Quando se perguntava a ele perguntas detalhadas, frequentemente dizia `Eu não sei¿. No final das contas, admitiu que mentia", escreve Resnik.

Para fechar o prêmio de mau ator para o falsário, a psicose não se limita ao que a pessoa pensa. Ela influi em como a pessoa pensa. Uma pessoa em estado psicótico muda abruptamente de assunto, inventa termos, faz uma salada de palavras. Ninguém vai enganar um psiquiatra dizendo de forma clara que está confuso. E para saber as características de confusão mental na esquizofrenia e reproduzi-las é necessário mais um Oscar. Ou então passar três décadas fingindo loucura de manhã à noite. Não é qualquer um que consegue ser Vincent Gigante.

ESQUIZOFRENIA
Por que tentam fingir: Inimputabilidade criminal.
Sintomas mais comuns: Alucinações, delírios, apatia, achatamento de emoções, isolamento social.
Tropeços de quem finge: Achar que quanto mais bizarro, mais convincente será, e acabar inventando alucinações e delírios muito diferentes dos legítimos. Ignorar sintomas menos cinematográficos, como a apatia e o achatamento de emoções.


DEPRESSÃO
Por que tentam fingir: Aposentadoria por invalidez, auxílio-doença.
Sintomas mais comuns: Perda de prazer nas atividades, sensação de inutilidade, insônia, ideias de morte ou suicídio.
Tropeços de quem finge: Dizer que está triste, mas não aparentar a tristeza, ou exagerar num grau que não teria permitido sequer ir até a perícia. Dizer que chora, mas não saber responder direito em quais situações.


ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
Por que tentam fingir: Aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, indenizações.
Sintomas mais comuns: Imagens de um trauma voltam à mente, o que dispara pânico.
Tropeços de quem finge: Inventar um trauma trivial demais para causar o transtorno. Não conseguir simular a reação física (o suor, os tremores e a aceleração cardíaca) que vêm com a lembrança.


DÉFICIT DE ATENÇÃO
Por que tentam fingir: Conseguir medicamentos que aumentam a concentração.
Sintomas mais comuns: Comportamento desatento, desconcentrado, pouco persistente, desorganizado, esquecido.
Tropeços de quem finge: O psiquiatra pode não receitar estimulantes na primeira consulta e tentar outros tratamentos antes.

 Maurício Horta

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COMO ESCOLHER SEU PSICANALISTA



Há profissionais não comprometidos com a melhora
dos seus clientes, que dirá com a cura dos sintomas.


Meu assunto é como escolher um psicanalista, alguém que vai cuidar de você com o instrumental que Freud inventou. Você o contrata e consome um serviço de saúde.
"Que barbaridade, pensar no cliente como consumidor!" Sinto muito se feri suscetibilidades, mas acompanhe.
Clínica: do latim, "inclinar-se", para observar e entender. Pratico clínica psicanalítica há 35 anos. Fui consumidor do serviço por oito, com dois psicanalistas diferentes. É prestação de serviço mesmo: eu pagava (caro) e recebia 50 minutos de suposta atenção. Assim como quando fui pai tentei me lembrar do que, quando criança, funcionava ou não no jeito de meus pais, quando me tornei analist prestei atenção no que me fez bem e mal como cliente. Aprendi com erros e acertos de meus psicanalistas.
Gosto de clareza, transparência, do que é lógico, razoável. Se você gosta de obscuridades e esoterismos pule este artigo. Não é tua praia.

Afinal, psicanálise veio para explicar ou confundir? A coisa é simples: quantos psicanalistas são necessários para trocar uma lâmpada? Um só, mas é preciso que a lâmpada queira muito ser trocada.

Procurei a psicanálise porque me sentia mal comigo mesmo e queria me sentir bem. A pergunta seguinte era: o profissional teria o mesmo objetivo? Queria me fazer sentir melhor com o seu instrumento terapêutico? Parece uma pergunta besta? Não é! Há vários psicanalistas não comprometidos com a melhora dos seus pacientes (que dirá com a cura dos seus sintomas).
Eles têm como meta "a reflexão sobre os enigmas do seu funcionamento psíquico" ou, pior, "a sua aceitação da castração" (calma, explico, é assim: "O mundo é duro mesmo e você deve aceitá-lo como é, sem esperar colinho de mãe, que é o mesmo que querer roubá-la de seu pai, representante do mundo cruel. Tenha horror do incesto, o complexo de Édipo").

Escolher um psicanalista não é mesmo fácil. Aqui vão algumas sugestões, se você ainda não largou a leitura deste blasfemo insolente, desta pessoa desprezível pela sua linguagem chã que qualquer um pode compreender.

INDICAÇÃO
Pode vir de um amigo que tem se sentido melhor com seu tratamento. Pode vir de artigos que você leu e te deram alívio e compreensão, assinados pelo cara. Ou de livros que ele escreveu, entrevistas que ele deu etc.

PRIMEIRO CONTATO
Em geral, é pelo telefone. Impressionante o que se pode aprender sobre o outro num telefonema: se é acolhedor; se é pomposo ou simples; se você se sente bem ou constrangido; se vai te atender logo ou "talvez, se abrir uma vaga nos próximos meses". Só vá à entrevista se você se sentir bem com ele ao telefone. De desconforto basta a tua vida, você não precisa pagar (caro) por ele!

PERPLEXIDADE
Se o doutor Fulano te disser algo que você não entenda, se falar complicado a ponto de você achar que é burro, desista: não serve para você.

MUDEZ
Se doutor Fulano ficar te olhando quando você quiser saber algo na entrevista, as chances são de que ele ficará mudo durante a terapia. Por que você há de pagar (caro) para quem não diz nada? É teu trabalho se entender? Então fale para o espelho. É mais barato.

CONTRATO
Sinta-se confortável com um contrato claro sobre tempo de sessão e custos. Pergunte sobre férias (suas e dele). Pergunte sobre pontualidade (há poucas coisas mais constrangedoras do que encarar colegas numa sala de espera). Você tem mais o que fazer na vida, e é uma falta de respeito fazer cliente esperar tendo hora marcada.

AO FIM DA SESSÃO
Não deixe ninguém te convencer que sair aos prantos e arrasado significa que a sessão foi "funda e produtiva". Só significa que o terapeuta colocou mais dor naquilo de que você já se acusava. Ele quer que você se arrependa. É mais barato procurar o confessionário da igreja católica.

SENSO DE HUMOR
Se sentir falta de humor na sua terapia, significa que seu analista gosta de drama, e o drama é parte integrante e agravante dos seus sintomas. Vá embora! Parte da cura é não se levar tão a sério, não se achar (e a ninguém) tão importante. Dentro de cem anos, lembre-se, estaremos todos mortos. E faz parte do meu imaginário aparelho humildificador: amanhã este artigo será papel de embrulhar peixe...

FRANCISCO DAUDT
sábado, 4 de julho de 2015 0 comentários

GARRA RUFA/Doctor Fish (Original)





Título: Garra Rufa/ Doctor Fish (Original)
Ano produção: 2010
Dirigido por: Tony Tarantini
Estreia: 2010 ( Mundial ) 
Duração: 4 minutos
Classificação: 10 - Não recomendado para menores de 10 anos
Gênero: Animação


Sinopse:


Curta-metragem de animação que explora a cura pela palavra. Um psicoterapeuta de meia-idade revive momentos em sua clínica, atendendo pacientes com problemas variados.
Conta um pouco sobre a psicanálise, a cura de problemas, aflições, angustias através de desabafo. E quando acontece quando o psicoterapeuta precisa de ajuda? Veja: 

sexta-feira, 3 de julho de 2015 0 comentários

VOCÊ SABE ONDE NASCEU O BORDÃO DEPOIS DO "PARABÉNS PARA VOCÊ"





 "rá-ti-bum" parece reproduzir o som de instrumentos musicais em momentos festivos, em especial nas apresentações circenses. O "rá" seria da caixa, os pratos fariam o "tim", e o bumbo, o "bum". Foi incorporado às festas de aniversário como complemento ao "Parabéns pra você", depois de um animado "É pique! É pique! É hora! É hora! É hora!"


Há uma outra explicação, que inclui esse bordão "é pique, é pique, é hora, é hora". Tudo isso viria do ambiente estudantil da Faculdade de Direito do largo de São Francisco, em São Paulo.

Naquele tempo, na década de 1930, "é pique, é pique" teria sido uma saudação jocosa ao estudante Ubirajara Martins, conhecido pelo apelido de "pique-pique", porque vivia aparando barba e bigode com uma tesourinha. O "é hora, é hora" teria sido um grito de guerra de botequim, criado pelos estudantes para pedir uma nova rodada de cerveja, depois de transcorrido o tempo suficiente para que a bebida gelasse em contato com as barras de gelo.

O "rá-tim-bum" (explicação meio bizarra...) teria sido uma referência a um certo rajá indiano chamado Timbum (ou coisa que o valha). O rajá, em visita à faculdade, virou motivo de outra brincadeira de botequim. Os alunos de Direito, lá reunidos, comemoravam fosse o que fosse gritando — "É pique-pique, pique-pique, é hora, é hora, é hora... rajá... tim... bum!".

Essa história um tanto mirabolante está documentada, porém, no Suplemento da prestigiosa Revista Pesquisa FAPESP n. 102, de agosto de 2004 (págs., 57-8), na matéria "O Brasil que as Arcadas vislumbraram", assinada por Fabrício 
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I Want to Break Free - Queen




Freddie Mercury sempre foi polêmico, mas imaginem esse clip sendo feito nos dias de hoje. Era capaz até de proibirem a circulação.
Na ousadia (comportamento dos artistas) veriam apenas pecado. Assim todas as outras mensagens seriam perdidas por pura ignorância ou mesmo ingenuidade.


quinta-feira, 2 de julho de 2015 0 comentários

FALÁCIA DO DIA


                                               


*Falácias da dispersão: falso dilema



No falso dilema, é dado um limitado número de opções (na maioria dos casos apenas duas), quando de fato há mais. O falso dilema é um uso ilegítimo do operador "ou". Pôr as questões ou opiniões em termos de "ou sim ou sopas" gera, com frequência (mas nem sempre), esta falácia.

Exemplos:

• Ou concordas comigo ou não. (Porque se pode concordar parcialmente.)
• Reduz-te ao silêncio ou aceita o país que temos. (Porque uma pessoa tem o direito de denunciar o que entender.)
• Ou votas no Silveira ou será a desgraça nacional. (Porque os outros candidatos podem não ser assim tão maus.)
• Uma pessoa ou é boa ou é má. (Porque muitas pessoas são apenas parcialmente boas.)

Prova: Identifique as opções dadas e mostre (de preferência com um exemplo) que há pelo menos uma opção adicional.

*Falácias da dispersão caracterizam-se pelo uso ilegítimo de um operador proposicional, uso que desvia a atenção do auditório da falsidade de uma certa proposição.


(Guia das falácias de Stephen Downes.)
quarta-feira, 1 de julho de 2015 0 comentários

PRA QUE SERVE UMA RELAÇÃO?




 Pra que serve uma relação?
 

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois!!


DRÁUZIO VARELLA
segunda-feira, 29 de junho de 2015 0 comentários

COMUNICAÇÃO, LITERATURAS, TEORIA LITERÁRIA E ARTÍSTICA


7ª atualização. Comunicação, Literaturas, Teoria Literária e Artística (60 obras inéditas para download)

Voltamos com uma lista de 60 obras inéditas para você baixar e ler aí no conforto do seu lar. Mais conhecimento, menos fascismo, por favor!

Baixar torrent via KICKASS (clique no ícone do imã ao lado de “download torrent”):
https://kickass.to/7%C2%AA-atualiza%C3%A7%C3%A3o-comunica%C…

Baixar torrent via MINHATECA:
http://minhateca.com.br/…/7*c2*aa+atualiza*c3*a7*c3*a3o.+Co…

Baixar item por item via GOOGLE DRIVE:
https://drive.google.com/open…

AGAMBEN, G. A linguagem e a morte - um seminário sobre o lugar da negatividade
AGAMBEN, G. Ninfas
AGAMBEN, G. O sacramento da linguagem - arqueologia do juramento
ALAVARCE, Camila S. Ironia e suas refrações
ALMEIDA, Carlos Cândido de. Elementos de linguística e semiologia na organização da informação
ALMEIDA, J. J. Dicionário aberto de calão e expressões idiomáticas - português BR
ALVES, Rubem. Ostra feliz não faz pérola
ANDRADE, Mário de. Macunaíma
ANDREW, J. Dudley. As principais teorias do cinema
AUERBACH, Erich. Figura
AZEREDO, J. C. Escrevendo pela nova ortografia
BACHELARD, G. Lautréamont
BARBOSA, Alice Príncipe. Teoria e prática dos sistemas de classificação bibliográfica
BARROS, Manuel de. Poesia completa
BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire um lírico no auge do capitalismo - Obras escolhidas III
BYRNE, David. Diários de bicicleta
CALDERON, Wilmara. O arquivo e a informação arquivística
CAMUS, A. El periodismo libre
CAMUS, A. A morte feliz
CAUQUELIN, Anne. Arte contemporânea - uma introdução
CAVALERA, Max. My bloody roots - Toda verdade sobre a maior lenda do heavy metal brasileiro.
COMPAGNON, A. O trabalho da citação
CORTÁZAR, J. Válise de Cronópio
DOMENACH, J-M. A propaganda política
D'ONOFRIO, S. Elementos estruturais do poema [in O texto literário _ teoria e aplicação]
DUARTE, Rogério. Tropicaos
ECO, U. Los límites de la interpretación, vol. I
EISNER, Will. O complô
FARACO, Carlos Alberto. Linguística histórica
FERRÉZ. Deus foi almoçar
FRIEDMAN, Norman. O Ponto de Vista na Ficção
GARCIA, N. Propaganda, ideologia e manipulação
GORKI, M. A mãe
HASTINGS, M. Inferno - o mundo em guerra 1939-1945
JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação
JAKOBSON, Roman. Linguística, poética, cinema
MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem
MERLEAU-PONTY, M. O homem e a comunicação
MILLER, Henry. Pesadelo refrigerado
NORTHROP, Frye. El Gran Código.
PALLOTTINI, Renata. Introdução à dramaturgia
PORTON, R. Cine y anarquismo. La utopía anarquista en imágenes
RENNER, Eric. Pinhole Photography - From Historic Technique to Digital Application.
RIBEIRO, Joao Ubaldo. A casa dos budas ditosos
RIBEIRO, Joao Ubaldo. O feitiço da ilha do pavão
RIBEIRO, João Ubaldo. Política
RIBEIRO, João Ubaldo. Um brasileiro em Berlim
RIBEIRO, João Ubaldo. Viva o povo brasileiro!
SGANZERLA, Rogério. Por um cinema sem limite.
SIMÕES, Darcilia. Semiótica, linguística e tecnologias - Homenagem a Umberto Eco
STEINER, George. Antígonas
SUASSUNA, Ariano. Auto da compadecida
SUASSUNA, Ariano. Iniciação à Estética
SUASSUNA, Ariano. Pedra do reino
TUFANO, Douglas. Estudos de literatura brasileira
VELOSO, Caetano. Verdade tropical
VERMES, Timur. Ele está de volta
WILLIAMS, Raymond. Marxismo e literatura
WILLIAMS, Raymond. Palabras clave - Un vocabulario de la cultura y la sociedad
WISNIK, José Miguel. O som e o sentido
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FILOSOFIA (95 obras inéditas) 6º atualização.


Segue abaixo lista inédita com mais ou menos 95 obras de filosofia.  Boa leitura!

Google Drive (direto):
https://drive.google.com/folderview…

Torrents.
Via Pirate Bay: 
http://thepiratebay.se/torrent/10759549

Via Google Drive:
https://drive.google.com/folderview…


AGOSTINHO, Santo. Confissões; De magistro [coleção os pensadores]
ALVES, Rubem. Filosofia da ciência
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço
BERLIN, Isaiah. Quatro ensaios sobre a liberdade
BONOMI, Andrea. Fenomenologia e estruturalismo
BUTLER, Judith. El genero en disputa [español]
BUTLER, Judith. Lenguaje, poder e identidad [español]
BUTLER, Judith. Marcos de Guerra [español]
BUTLER, Judith. Mecanismos psíquicos del poder [español]
BUTLER, Judith. Problemas de Genero 1-2
BUTLER, Judith. Sujetos del deseo - reflexiones hegelianas en la Francia del siglo XX
BUTLER; ATHANASIOU. Dispossession - the performative in the political
BUTLER; HABERMAS; TAYLOR. The Power of Religion in the Public Sphere
BUTLER; LACLAU; ZIZEK. Contingencia, hegemonia, universalidad
BUTLER; SCOTT. Feminists theorize the political
CIORAN, Emil. Silogismos da Amargura
DAVIDSON, Donald. Ensayos sobre acciones y sucesos
DELEUZE, Gilles. Francis Bacon - lógica da sensação
DELEUZE; GUATTARI. Mil platôs - capitalismo e esquizofrenia, vol. I
ENGELS, F. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado
FEUERBACH, L. Princípios da filosofia do futuro
FLUSSER, Vilém. Filosofia da Caixa Preta - Ensaios para uma futura filosofia da fotografia
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Historia e narração em Walter Benjamin
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar Escrever Esquecer
HAACK, Susan. Filosofia das lógicas
HAMLYN, D. Uma história da filosofia ocidental
HARDT; NEGRI. Império
HEGEL, G. Enciclopedia de las ciencias filosóficas [español]
HEIDEGGER, Martin. Nietzsche. Tomo I
HEIDEGGER, Martin. Nietzsche. Tomo II
HUME, D. Resumo de um tratado da natureza humana
HYPPOLITE, Jean. Ensaios de Psicanálise e Filosofia
KANT, I. A paz perpétua
KENNY, Anthony. História Concisa da Filosofia Ocidental
KIERKEGAARD, Sören. El concepto de la angustia
KOJÈVE, A. Introducao a leitura de Hegel
KONDER, Leandro. Hegel - a razão quase enlouquecida
LATOUR, Bruno. A vida de laboratório
LUKÁCS, G. Introdução a uma estética marxista
LUKÁCS, G. The sociology of modern drama
MACHADO, Roberto. Deleuze, a arte e a filosofia
MARCONDES, Danilo. Introdução à história da filosofia
MARCUSE, Herbert. Algumas implicações sociais da tecnologia moderna
MARX, Karl. A ideologia alemã (boitempo)
MARX, Karl. Diferencia general entre filosofia democritea y epicurea de la naturaleza [Tese de Doutorado 1841]
MARX, Karl. O capital 
MARX, Karl. Sobre a questão judaica
MÉSZÁROS, István. A Atualidade Histórica da Ofensiva Socialista
MÉSZÁROS, István. A Educação Para Além do Capital
MÉSZÁROS, István. A Necessária Reconstituição da Dialética Histórica
MÉSZÁROS, István. A Obra de Sartre
MÉSZÁROS, István. Aspects of History and Class Consciousness
MÉSZÁROS, István. Bolívar and Chávez - The Spirit of Radical Determination
MÉSZÁROS, István. Crise Estrutural Necessita de Mudança Estrutural
MÉSZÁROS, István. El Desafio y La Carga Del Tiempo Histórico
MÉSZÁROS, István. Entrevista - Marxismo, sistema do Capital e Socialismo Hoje
MÉSZÁROS, István. Filosofia, Ideologia e Ciência Social
MÉSZÁROS, István. Lukács Concept of Dialectic
MÉSZÁROS, István. O Desafio e o Fardo do Tempo Histórico – Conferência
MÉSZÁROS, István. O Século XXI - Socialismo ou barbárie
MÉSZÁROS, István. Para Além do Capital
MÉSZÁROS, István. Reflections on the New Internacional
MÉSZÁROS, István. Socialismo o Barbarie
MÉSZÁROS, István. Structural Crisis Needs Structural Change
MÉSZÁROS, István. The Challenge and Burden of Historical Time
MÉSZÁROS, István. The Communal System and the Principle of Self Critique
MÉSZÁROS, István. The Dialectic of Structure and History - An Introduction
MÉSZÁROS, István. The Work of Sartre
MILL, John Stuart. Princípios de Economia Política - Vol I
MUSSE; LOUREIRO. Capítulos do marxismo ocidental
NIETZSCHE, F. A filosofia na época trágica dos gregos
NIETZSCHE, F. A filosofia na idade trágica dos gregos
NIETZSCHE, F. A visão dionisíaca do mundo
NIETZSCHE, F. Escritos de Retórica
NIETZSCHE, F. Introdução à tragédia de Sófocles
NIETZSCHE, F. Sobre verdade e mentira
NIGRO, Rachel. A virada linguistico pragmatica e o pós-positivismo
PALMER, R. Hermeneutica
PELBART, Peter. O avesso do niilismo cartografias do esgotamento
RANCIÈRE, J. A ficção documental
RANCIÈRE, J. Aisthesis. Scenes from the Aesthetic Regime of Art
RANCIÈRE, J. Momentos politicos
RUSSELL, Bertrand. El ABC de la relatividad
RUSSELL, Bertrand. Funções de um professor
RUSSELL, Bertrand. Mysticism and logic and other essays
RUSSELL, Bertrand. Our knowledge of the external world
RUSSELL, Bertrand. The conquest of happiness
SAFATLE, V. Curso sobre Hegel
SIMONDON, G. A gênese do indivíduo
SLOTERDIJK, Peter. Critica de la razon cinica
SLOTERDIJK, Peter. Mobilização copernicana e desarmamento ptolomaico
SLOTERDIJK, Peter. O desprezo das massas
SLOTERDIJK, Peter. Regras para o parque humano (uma resposta à carta de Heidegger)
SLOTERDIJK, Peter. Temperamentos filosóficos - de Platón a Foucault
SLOTERDIJK, Peter. Textos
UHLMANN, Günter Wilhelm. Teoria geral dos sistemas

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SOLITÁRIOS PRAZERES


Por: Cristina Romualdo

Cercada de preconceitos, muitas vezes interpretada como ato
a masturbação é considerada importante para o conhecimento
do próprio corpo e para o desenvolvimento da sexualidade

pecaminoso ou capaz de fazer mal à saúde, atualmente 


Danae, 1907-1908, óleo sobre tela de Gustav Klimt Falar sobre masturbação costuma provocar constrangimentos, mesmo nos dias de hoje. Apesar de bem informados muitos homens e mulheres não tratam do assunto com naturalidade, seja na intimidade da relação com seus parceiros ou na educação dos filhos. Sem dúvida, falar sobre assuntos relacionados a sexo ainda é difícil para a maioria das pessoas – e a masturbação é um dos temas que mais provoca inibições. Para melhor entendermos o porquê dessas reações é preciso, em primeiro lugar, definir o significado dessa prática.

A masturbação pode ser entendida como uma excitação, habitualmente rítmica, efetuada com as mãos, na zona genital, própria ou do parceiro, com ou sem orgasmo, segundo o psicólogo Juan Carlos Kusnetzof. Já o médico William Howell Masters e a psicóloga Virginia Eshelman Johnson, que na década de 50 iniciaram pesquisas sobre a sexualidade humana, destacam como um dos aspectos definidores deste comportamento a auto-satisfação sexual obtida não só por meio da manipulação dos genitais, mas também pela estimulação de outras partes do corpo.

Conhecer a evolução histórica da sexualidade humana nos ajuda a desmistificar o tema e a entender o papel da prática no desenvolvimento sexual de homens e mulheres como forma de conhecer o próprio corpo – até para tornar o ato sexual partilhado mais prazeroso.

A palavra masturbação parece ter sua origem na expressão latina manusstuprare, que significa “manchar com a mão”, e sempre esteve, erroneamente, associada ao onanismo. Na verdade, o termo refere-se à prática do coito interrompido. Onan foi um personagem bíblico cujo irmão morreu sem ter tido filhos no casamento. Segundo costume do povo hebreu, o irmão que sobrevivia tinha a obrigação de se casar com a viúva para lhe dar filhos. Onan cumpriu a lei, mas por um motivo desconhecido praticava o coitus interruptus, ejaculando fora da vagina da parceira. Por isso, Deus o teria castigado – não por ter se masturbado e sim por não ter fecundado a mulher de seu irmão.

TEMA FREQÜENTE nas artes, representado às vezes com sutileza, a masturbação chegou a ser descrita como “atentado à humanidade” Desde os primórdios da humanidade, muitos mitos surgiram em torno do ato masturbatório e foram transmitidos de geração a geração. Alguns perderam-se ao longo do tempo, mas outros são mantidos até hoje. É o caso, por exemplo, da crença de que a masturbação freqüente traria aos jovens problemas sexuais no futuro; ou ainda, de que a produção de sêmen é limitada e, se esse “estoque” for gasto, o homem não poderá ter filhos. Para compreendermos como falsas concepções foram associadas à prática é necessário contextualizá-la nas diferentes épocas históricas, vislumbrando o cenário no qual se inseria.

Na Antigüidade, festivais egípcios celebravam a vida garantida pelos rios Nilo, Tigre e Eufrates. Nesses rituais, atribuía-se o poder da criação aos deuses e se creditava a eles a capacidade de manter a água corrente, fertilizando as terras por meio da masturbação – um ato considerado sagrado.

ENTRE MULHERES
Já os gregos não viam na prática nenhuma ligação com as divindades, mas também não a tinham como pecaminosa: acreditavam ser um comportamento natural, praticado mais pelas mulheres do que pelos homens, pois naquela cultura, em geral, havia pouco interesse dos homens em ter relações com suas companheiras, a não ser que fosse para gerar herdeiros. Portanto, não cabia a elas nenhum tipo de satisfação sexual, daí a idéia de que buscavam prazer pela masturbação praticada por elas mesmas ou por outra mulher.

Na Idade Média a Igreja Católica conquistou não apenas enorme poder econômico e político, como também predominância ideológica, instituindo mentalidade teocêntrica. Nesse período, em geral somente os padres eram alfabetizados e mantinham o controle das bibliotecas. Conseqüentemente, delimitavam o conhecimento ao qual a população em geral teria acesso. O matrimônio, nessa época, era recomendado pela Igreja por duas razões principais: por propiciar a única situação em que os filhos podiam ser concebidos sem a mácula do pecado e por manter os homens mais “regrados” e distantes de práticas consideradas pecaminosas – como homossexualidade, sexo anal ou oral, zoofilia e masturbação.

Já na Idade Moderna, época de grandes descobertas científicas, o poder sobre o conhecimento passou para as mãos dos médicos e a ciência se colocou a serviço da moral e de questões sociais. A masturbação era vista como atentado contra a humanidade, pois persistia a idéia de que ao “desperdiçar” o sêmen, a perpetuação da vida era impedida. No final do século XIX, uma outra forma de entender o homem e, conseqüentemente, sua sexualidade começou a se delinear. Neurologistas e psiquiatras apresentavam suas concepções sobre o funcionamento mental humano e a sexualidade passou a ser compreendida não apenas em seu aspecto físico, mas também psíquico.

Sem dúvida, o maior representante dessa nova forma de conceber as manifestações sexuais foi Sigmund Freud. Ele demonstrou interesse pelo tema da masturbação em 1892, buscando compreender o papel dessa atividade na vida do indivíduo, sua relação com os distúrbios psíquicos e questionando se a prática poderia originar traumas sexuais. Freud não via a masturbação como um vício a ser eliminado por meio de tratamento, mas a entendia como um comportamento inerente ao desenvolvimento sexual, que traria danos ao indivíduo, somente se sua estrutura psíquica já fosse propensa a distúrbios. Contudo, também acreditava que sua continuidade na vida adulta levaria à diminuição da potência sexual.

Em 1920, Wilhelm Stekel, colaborador de Freud até uma década antes, publicou o livro Impotência masculina – Perturbações psíquicas na função sexual do homem, no qual afirma que a masturbação, em si, não causa dano à saúde física ou psicológica. Tal atividade só provocaria distúrbios neuróticos que poderiam afetar o desempenho sexual quando vivenciada com culpa e sentimentos de autopunição provocados por proibições morais e religiosas.

Essa nova visão da sexualidade, que se afastava de uma óptica moralista e procurava se aproximar de uma concepção anatomofisiológica do funcionamento sexual, contribuiu para que surgisse uma proposta de tratamento para as disfunções sexuais, desenvolvida por Masters e Johnson no fim da década de 50. A proposta terapêutica baseava-se em uma seqüência de tarefas prescritas aos pacientes, cujo objetivo era devolver a eles a capacidade de concretizar, satisfatoriamente, a relação sexual. Posteriormente, a sexóloga Helen Singer Kaplan utilizou técnicas de compreensão psicodinâmica da problemática sexual, procurando identificar resistências intrapsíquicas e motivações inconscientes, bem como problemas de relacionamento conjugal que poderiam originar disfunções sexuais.

O psiquiatra e antropólogo Phillippe Brenot sintetiza bem a evolução pela qual a prática masturbatória passou ao longo da história da humanidade, em seu livro Elogio da masturbação. De pecado a ser condenado e doença a ser tratada, o ato transformou-se em recurso utilizado por especialistas para melhor conhecer a sexualidade humana e, cada vez mais, tem se tornado aceito como comportamento inerente ao desenvolvimento sexual saudável – que permitiu avanços científicos no estudo da sexualidade humana.

DURANTE A PUBERDADE
A primeira observação de espermatozóides num microscópio, feita no século XVII pelo holandês Anton van Leeuwenhoek, por exemplo, só foi possível graças à masturbação. Masters e Johnson conseguiram descrever a fisiologia da resposta física sexual graças a pessoas que consentiram em participar do estudo – se masturbar. E, por fim, tanto o exame de espermograma como a fecundação in vitro, usados respectivamente para diagnosticar e para contornar problemas de esterilidade, utilizam o esperma obtido pela masturbação.

A prática costuma ocorrer em diferentes fases do desenvolvimento humano. Na infância, é entendida como manipulação que assume caráter de autoconhecimento. Nesse processo descoberta de si, os pequenos buscam repetir as vivências prazerosas e evitar as que causam algum tipo de sofrimento, seja ele psíquico ou físico. Com a exploração do próprio corpo a criança descobre as regiões que lhe dão prazer ao serem tocadas. Sensações e emoções experimentadas durante essa exploração servirão de base para vivências sexuais futuras. Nessa fase, ela ainda não tem a mesma capacidade do adulto para compreender o que faz e por que o faz; não consegue identificar o toque em seus genitais como prazer erótico; não tem intenção de se estimular sexualmente. Se há algo de errado nessa situação é somente aos olhos do adulto que, confrontado com as próprias questões sexuais, pode se incomodar com a atitude da criança. Na verdade, podemos dizer que, nessa etapa, ela apenas se manipula para obter satisfação – esse ato somente se transformará de fato em masturbação quando atingir a puberdade.

Na adolescência, as alterações hormonais levam ao amadurecimento dos genitais, provocando novas sensações, o que intensifica a busca de prazer por meio da estimulação do próprio corpo. A maior conquista dessa fase é a aquisição do pensamento abstrato, o que possibilita o uso de fantasias como fonte de excitação sexual. Neste sentido, a masturbação antecipa a realidade no plano imaginário, abrindo caminho à concretização de futuras relações afetivo-sexuais e favorece o processo de amadurecimento sexual.
Ainda é muito comum ouvirmos homens e mulheres afirmando, equivocadamente, que a masturbação só é praticada por adultos que não têm vida sexual ativa, pois ainda prevalece a crença generalizada de que o amadurecimento do indivíduo leva à primazia e à exclusividade do ato sexual. Entretanto, não há nenhum motivo que justifique tal concepção; cada prática traz diferentes sensações prazerosas, não excludentes entre si.

Em geral, o início da vida a dois é cheio de novidades e existe muita energia para ser investida no relacionamento sexual. Nesta etapa da vida, a masturbação solitária pode tornar-se para alguns uma atividade rara. Contudo, é possível se beneficiar dessa prática por meio da estimulação mútua, o que pode ser um interessante instrumento de descoberta erótica para o casal, pois permite que cada um dos parceiros conheça melhor o corpo e a sexualidade um do outro.

UM JEITO DE APRENDER
Uma outra situação na qual a masturbação costuma ser utilizada como forma de manter a atividade sexual é quando um dos parceiros adoece ou sofre acidente que o impossibilite de ter relações de maneira convencional. Tal incapacidade não implica, necessariamente, privação de prazer para o casal. Na velhice, a manutenção do comportamento também costuma ser muito saudável.

Há ainda um longo caminho a ser percorrido para que as pessoas possam reconhecer a masturbação não apenas como uma manifestação sexual, mas também como um processo de aprendizado que o indivíduo tem sobre si mesmo.

Afinal, a excitação se apresenta com inúmeras variedades de ritmos e intensidades; está presente a todo o momento em nossa vida: por exemplo, ao saborearmos um alimento gostoso; ao ouvirmos um som suave; ao inspirarmos um aroma agradável; ao apreciarmos a beleza da natureza; ao sentirmos o calor do contato da pele de uma pessoa querida. Com a masturbação não é diferente, o ato possibilita a descoberta da própria sexualidade, por meio da experiência do auto-erotismo. Quando praticada sem culpas ou temores, fortalece a autoconfiança, eleva a auto-estima e proporciona o autoconhecimento.

CONCEITOS-CHAVE
- Muitas vezes vista como pecado ou doença ao longo da história, a masturbação transformou-se em recurso usado por médicos e especialistas em saúde mental para melhor compreender a sexualidade humana, desmistificar o tema e entender o papel da prática no desenvolvimento sexual.

- Segundo o psicólogo Juan Carlos Kusnetzof, a masturbação pode ser entendida como excitação sexual provocada por movimentos ritmados na zona genital.

- Freud questionou a relação do comportamento com os traumas sexuais, como se julgava no fim do século XIX (e até hoje ainda se acredita em alguns meios). Para ele, não se tratava de “vício” a ser curado, mas sim de comportamento inerente ao desenvolvimento sexual, que somente traria danos ao indivíduo se sua estrutura psíquica já fosse precocemente propensa a distúrbios.

Durante muito tempo predominou a intensa preocupação com a sexualidade – e principalmente com sua repressão. Nesse contexto, a masturbação deveria ser evitada a qualquer custo, até mesmo com o uso de trajes que dificultassem a prática. Ao analisar as formas de exercício de poder, o filósofo francês Michel Foucault ressaltou que no século XVIII a Igreja Católica cedeu, gradativamente, seu lugar ao saber médico e o corpo humano tornou-se objeto de novas técnicas de controle: além de culpabilizar aqueles que se deleitavam com a manipulação dos próprios genitais, o saber dominante os ameaçava com os mais terríveis prognósticos a respeito de sua saúde física e mental. No Dicionário das ciências médicas, de Serrurier, considerado obra de referência do início do século XIX, “o jovem masturbador” era descrito como um ser de “pele terrosa, língua vacilante, olhos cavos, gengivas retraídas e cobertas de ulcerações que anunciavam uma degeneração escorbútica. Para ele, a morte era o termo feliz de seus longos padecimentos”.

PELOS MEANDROS DA CULPA
“Pode-se falar em um retorno terapêutico à masturbação. Muitos, como eu, terão efetuado a experiência que representa um grande progresso quando o paciente, no decorrer do tratamento, volta a se permitir a masturbação, ainda que sem a finalidade de permanecer nessa fase infantil”, escreveu Sigmund Freud, em 1912.

Ainda hoje, na clínica, relatos de pacientes referentes a masturbação freqüente aparecem vinculados não só à vergonha, mas também à culpa. Tocar de forma erotizada o próprio corpo expressa a busca do prazer – sem o álibi da reprodução ou do ímpeto de satisfazer o desejo do outro – e revela o caráter subjetivo da sexualidade. Já a culpa decorre do reconhecimento, ainda que a contragosto, da lei à qual somos subordinados e se insere numa dimensão simbólica. No caso da masturbação, é preciso assinalar a estreita relação da culpabilidade com o mito da impossibilidade de gerar descendentes. A culpa sempre traz a impotência: haja vista o gesto simbólico de “lavar as mãos”, praticado por personagens (fictícios ou não) assolados por esse sentimento, como Lady Macbeth e Pilatos. O ato “limparse” também pode ser associado à idéia de que há algo de muito sujo no próprio sexo.
Revista Cérebro&Mente 
sábado, 27 de junho de 2015 0 comentários

FACEBOOK CRIA FERRAMENTA PARA COLORIR FOTO DE USUÁRIOS EM APOIO AO CASAMENTO GAY


Facebook cria ferramenta para colorir foto de usuários em apoio ao casamento gay

Quem viu a foto de Mark Zuckerberg e de outros CEOs, empresas e celebridades no dia de hoje certamente notou uma diferença: todas elas estão coloridas em celebração à aprovação do casamento gay nos Estados Unidos.                        

Quando eu inspecionei o FB novamente este dia...



Isso porque, em homenagem ao dia que marca a decisão da Suprema Corte norte-americana, o Facebook criou a página Celebrate Pride. Com ela, qualquer usuário da rede social pode manifestar seu apoio ao movimento LGBT e à sua conquista.

Para colocar as faixas coloridas em sua imagem de perfil, basta acessar a página facebook.com/celebratepride e clicar no botão “Use as Profile Picture”. 



quinta-feira, 25 de junho de 2015 1 comentários

AQUELE ESTRANHO QUE NUNCA CHEGA


AQUELE ESTRANHO DIA QUE NUNCA CHEGA


 traz os melhores textos na área política e econômica. Com seu olhar impiedoso, Verissimo registra os absurdos da vida pública brasileira e passa a limpo a nossa história recente. As falcatruas, as promessas nunca cumpridas, a teimosa esperança de um país que busca seu caminho.Atacando em várias áreas, o cronista dá um show de bola. Com seu texto delicioso, a ironia e inteligência que são sua marca registrada, ele mostra porque é hoje considerado um dos maiores escritores brasileiros da atualidade.
sexta-feira, 19 de junho de 2015 2 comentários

PARABÉNS! VOCÊ É MEU FÃ.


Em blogs e redes sociais é assim: você acaba sendo mais visitado por quem não gosta de você do que pelos amigos. É preciso aceitar que os maiores fãs de um blogueiro estão entre seus desafetos.

Os meus sempre dão um jeitinho de se fazer presente, deixar algum recadinho malcriado, na maioria das vezes sobre a sombra do anonimato.

Postam comentários como "Anônimo", mas o que eles querem mesmo é chamar  a atenção, serem notados.

Bem, essa postagem é para eles, meus fãs.

Obrigada por me acompanharem com tanto afinco. Sem vocês esse blog não faria tanto SUCESSO.




 
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