2c6833b0-77e9-4a38-a9e6-8875b1bef33d diHITT - Notícias Sou Maluca Sim!: dezembro 2014
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014 2 comentários

TALVEZ




Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos…
E por amor
Serei… Serás… Seremos…

PABLO NERUDA
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GUERREAR É PRECISO?



A TV mostra quarteirões transformados em ruínas por bombas e foguetes. 
Que sentido tem isso?

Diante das guerras que se travam hoje no mundo, sou obrigado a me perguntar por que, depois de séculos de massacres, o homem continua, como nos primórdios da civilização, a se armar e guerrear. Aliás, não apenas continua, torna-se mais capaz de matar, valendo-se de armas cada vez mais sofisticadas.

Logo me vem à mente a bomba atômica, que só não foi usada na escala que os belicistas pretendiam, porque, neste caso, quase ninguém sobreviveria. E os estadistas querem a guerra desde que ela não os atinja pessoalmente. Eles decidem por fazê-la, mas quem morre são os soldados e o povo em geral. Os chefões, quase nunca.

Costumo dizer que frequentemente me surpreendo com o óbvio, e isso acontece agora, quando a televisão me bombardeia diariamente com o número de mortos pelas bombas e foguetes na faixa de Gaza, na Síria, na Líbia, no Iraque, na Ucrânia.

Surpreendo-me com a quantidade de dinheiro que os países gastam com armamentos. E não só com armamentos, mas também com as forças armadas. Todos os países têm permanentemente centenas de milhares de soldados que constituem os efetivos militares. Eles fazem parte do Estado, como elemento fundamental dele, e constituem carreiras a que milhares e milhares de pessoas dedicam suas vidas.

Com isso, gastam-se fortunas, com a finalidade de fazer guerra. Claro, se for preciso. Mas a verdade é que essas forças são formadas e mantidas com essa finalidade: a defesa da pátria pelas armas, se for o caso. E por que isso? Porque a guerra é uma possibilidade permanente para os Estados, todos, sem exceção.

Mas por quê? Que os povos selvagens vivessem se matando, dá para entender. Por exemplo, os índios do Brasil neolítico, que eram nômades, viviam do que colhiam na natureza, eram obrigados a se deslocar para outras regiões em busca de alimentos. Se houvesse outra tribo ali, a guerra entre as duas era inevitável. Mas e hoje, por que a guerra?

As razões são as mais diversas. Ou é um louco como Hitler, que sonhava dominar o mundo, ou é concepção religiosa que leva líderes a atacar seus vizinhos, ou disputa de mercado. Mas, depois de tanta guerra que já houve, por essas e outras razões, resultando na morte de milhões de pessoas, parece que muito pouco o homem aprendeu com isso.

É certo que uma boa parte dos países --particularmente aqueles que sofreram na carne as consequências das últimas guerras-- evita lançar mãos das armas para impor seus interesses, mas mesmo estes continuam a produzir armamentos, cada vez mais sofisticados e mais mortais. A cada dia surgem notícias de aviões de guerra invisíveis aos radares, foguetes com velocidade e alcance inimagináveis, armas essas que anulam qualquer possibilidade de defesa.

Que significa isso, senão que a guerra é possível a qualquer momento, embora não se saiba entre que países e por que razão? Para que aquelas armas sejam concebidas e produzidas, os governos investem em pesquisa tecnológica e na formação de cientistas que dedicarão sua inteligência, seus conhecimentos e sua vida a produzir instrumentos de destruição. Mas não só os governos, há também empresas privadas que investem em armamentos, que vendem para diferentes países e com isso ganham fortunas. Muitos desses países mal têm recursos para atender as necessidades básicas de seu povo mas, ainda assim, compram armas e mantêm exércitos prontos para a guerra.

Desse modo, a guerra, quer ocorra ou não, é fator importante da economia mundial. Mesmo o Brasil, que não se caracteriza como um país belicoso, produz e vende armas para outros países. Deve-se concluir, portanto que a hipotética eliminação da guerra, por tornar a produção de armas desnecessária, não conviria a esses países, mesmo porque conduziria a uma grave crise na economia em escala planetária.

Isso, portanto, está fora de cogitação. E a televisão, a cada momento, dia após dia, nos mostra populações em pânico, mulheres desesperadas tentando escapar com seus filhos, das bombas que explodem à sua volta. E mostra também quarteirões inteiros de cidades transformados em amontoados de ruínas por bombas e foguetes. Que sentido tem isso?

FERREIRA GULLAR 
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AMOR É COMO NOS COMPORTAMOS COM OS OUTROS




Cada pessoa é como aqueles ambulantes que andam com uma placa de anuncio pelas ruas: na parte da frente estaria escrito: "Reconheça-me" e na de trás "Faça-me sentir importante". se você entender isso nas pessoas passará a ter autoridade sobre elas. isso mostra que podemos demonstrar bondade com as pessoas, independente dos nossos sentimentos. 

Amor não é como nos sentimos a respeito dos outros, mas como nos comportamos com os outros.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014 0 comentários

O NEGÓCIO É FAZER PARTE DO MEIO MESMO QUE ACORDE ASSADO


Sinto-me incomodada quando penso que todos os dias, o tempo todo somos torpedeados por propagandas e ideologias as quais nos forçam a algum convencimento de ideias que não são nossas. É a correnteza dos rios direcionada para um mesmo local, seja na faculdade, igreja, sindicato...não há fuga nem nas ilusórias publicações da internet.

É difícil para mim entender como mesmo pessoas que se dizem maduras, esclarecidas,muitas  vezes  ignorem essa realidade e as poucas que dão conta tem suas vozes  reprimidas.

Vejo o negro querer se fazer de "branco elite" e acreditar pertencer a esse grupo enquanto o que recebe é apenas esmola, e não percebendo ou fingindo não perceber o escarnio, o espólio sofrido.

O classe média fazendo o serviço sujo para um partido político para bancar de rico frente aos parentes. Porque o negócio é fazer parte do meio mesmo que acorde assado, afinal, desde o berço somos todos educados a ter o que o vizinho tem ou melhor (e não importa os meios para se chagar a isso).

 Mas quer saber, nada disso tem haver com falta de conhecimento ou oportunidade como alguns podem pensar; e sim com egoísmo e vontade de tirar vantagem e nesse caso a maior conquista social é a superioridade.

Para isso o fudido acaba sempre se vendendo barato. Vende a si e a os seus por qualquer status melhorzinho.

Tratando-se de governo, antes de tudo, somos induzidos a pensar que esse e alguns burocratas tem algum poder, e tomam todas as decisões, e não que esse "poder" é apenas um disfarce de neutralidade com discursos a favor da população quando o que está sendo defendido de fato é o interesse dos donos do capital

Fui muito Marxista agora?

Líderes de oposição são comprados ou construídos: resultando numa oposição direcionada para manter de pés e mãos atadas aqueles que por acaso tenham tendências extremistas. você pode se manisfestar sim, reivindicar sim, mas só até esse ponto,do contrário  estará fugindo da ideologia do grupo,estará  prejudicando o grupo... o que é mal, é feio, é rude.

E o tal líder do grupo (o vendido) é sempre convincente, pois irá pertencer a mesma classe social que você, a mesma categoria sindical, está na mesma faculdade ou associação, conhece suas revindicações, sabe bem como te manipular.

Entre iguais é sempre mais fácil o convencimento. Você já comprou  a ideia antes dele se quer abrir a boca, logo, você fará béééé junto com as outras ovelhinhas, mas só quando o líder mandar.

A dona de casa, cansada ao final do dia vai assistir a novela para distrair e lá está a anedota do pobre feliz e do rico infeliz, junto a um  monte de propagadas fúteis incentivando o consumo.

Somos  torpedeados, mas ainda assim, não compreendo a maioria das pessoas deixar passar desapercebida toda essa manipulação. De que modo muitas ainda se deixam levar por pensamentos como:

a sombra é para quem pode,
o trabalho enobrece homem,
dinheiro não traz felicidade,
vou por só a cabecinha...

Minha gente, estão nos  enganando!


Estudo, estudo, estudo e não vejo solução para o país, sou pessimista. Quer dizer: serei pessimista se aqueles a quem o governo representa  me permitirem ser, pois ser pessimista hoje no Brasil é o já  sitado - é mau, é feio é rude.

Feliz é quem tem no bolso a possibilidade cruzar o atlântico,conhecer outros mares. Enquanto mantemos nossas mentes apenas aqui, não temos conhecimento de nada, não sabemos sobre a piscina, a margarina, a Carolina.


Infelizmente aos trinta anos de idade ainda sou pobre e não dá  para viajar. Não me esforcei o suficiente para enriquecer ou não tive interesse em estudar? Nesse caso por eu ser incompetente, e para não ficar deprimida por aquilo que não sou capaz de fazer, me é dada alternativa de livros de autoajuda e ceitas religiosas, a programação da TV no dia de domingo.

O ópio perfeito.

Bem, agora é melhor que cale minha boca, pois sou irredutível e se eu fizer muito barulho cortam minha cabeça.

Jaqueline Ramiro
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014 0 comentários

ELA E A TAÇA DE VINHO




A dúvida, antes de tudo anatômica, revela uma profunda ignorância, sobretudo espiritual


Ela parecia ansiosa em meio àquelas pessoas, mas era apenas desejo. Bebera muitas taças de vinho. Sabe-se, há milênios, que a virtude de uma mulher depende do número de taças de vinho que bebe.

Aliás, segundo relatos genealógicos, os antigos praticavam um ritual bastante comum e que, segundo alguns especialistas, ainda é praticado hoje em dia. O ritual, apesar de pouco sabermos de seus detalhes, implicava no uso da mulher como taça de vinho.

As mulheres quando tomam muitas taças de vinhos (não todas, como pessoa que sabe se comportar à mesa, sei que nem todas são iguais, algumas são diferentes) sonham em ser elas mesmas usadas como taça de vinho.

Alguns homens, pouco informados, se perguntam, afinal, como uma mulher poderia ser usada como uma taça de vinho. A dúvida, antes de tudo anatômica, revela uma profunda ignorância, antes de tudo, espiritual.

Perguntas assim são como aquelas que, normalmente, homens chatos fazem no final da noite, e que exigiriam respostas semelhantes a explicar a razão de Deus ter criado o universo, sendo Ele todo poderoso e vivendo Ele muito bem em Sua solidão perfeita.

Já elas, nascem sabendo. Mas, muitas vezes, esse "saber" (como dizem os afetados teóricos pós-modernos pra se referirem ao conhecimento) é mesmo da ordem inconsciente, não do inconsciente da mente, mas da pele. Esse "saber" é aquele que torna úmido o coração entre as pernas.

Outra forma de perceber esse desejo avassalador de ser usada como taça de vinho é pelo olfato. Ela, seguramente, em meio a todas as palavras ditas ao vento, como é comum em ambientes sociais cheios de gente inteligente, exala o odor típico de quando se quer misturar pele, saliva e vinho.

Certa feita, quando eu disse que a virtude de uma mulher dependia do número de taças de vinho que ela bebia, um desses jovens trêmulos e muito magros, que gostam de pensar que superaram o machismo por alguma forma de desejo inofensivo (ela sempre sabe que todo desejo que importa é ofensivo de alguma forma), me acusou de ser niilista.

Por quê? Simples. Porque eu negava a existência da virtude "em si" já que eu a reduzia, segundo ele, ao efeito da presença ou ausência da quantidade de álcool no sangue.

Claro, poderia ter dito a ele que desde a filosofia grega cética, caras como Enesidemo (nascido em Creta no século 1º antes de Cristo) ou Sexto Empírico (médico e filósofo grego que viveu entre Atenas, Alexandria e Roma entre os séculos 2 e 3 depois de Cristo) afirmavam que o comportamento de alguém nunca pode ser tomado como "verdadeiro" porque se ele (ou ela) bebeu algo, o comportamento fica diferente.

A dúvida cética aplicada a ela seria assim: afinal, quem é ela? A jovem e muito compenetrada intelectual ou a deliciosa bêbada que sonha em ser usada como taça de vinho? Quem é "seu verdadeiro ser"?

Óbvio que nada disse ao jovem trêmulo porque, na verdade, ele provavelmente nada entenderia uma vez que tendo ele já suposto que se pode desejar uma mulher "com respeito", isso significa que ele não conhece esse recôndito recanto da alma feminina e sua irresistível vocação para fundamentar sua virtude no número de taças de vinho que bebe numa noite.

Mas, a verdadeira crítica do jovem trêmulo à minha afirmação era que eu estaria duvidando da capacidade feminina de ser honesta "em si". Meu Deus, quanta cegueira num corpo tão magro.

As meninas à nossa volta, todas já tendo tomado algumas taças de vinho, imersas em pura misericórdia, sorriam pra mim pedindo que fosse piedoso.

Escravo como sou da virtude feminina máxima, sua beleza, cedi imediatamente ao impulso de me defender de tamanha absurda acusação de duvidar da honestidade feminina "em si".

A verdade, aquela altura da noite, é que eu estava de fato fazendo uma ode a mais pura honestidade feminina em si: a honestidade que vem diluída no número de taças de vinho que ela bebe.

A prova máxima, e que no passado os homens aprendiam desde jovens (hoje eles aprendem a ter medo das mulheres que os desejam), é que quando ela quer mentir, ela não bebe nada.

LUIZ FELIPE PONDÉ
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014 0 comentários

YEMOJA ADOTA OBALUAIÊ



Iya Sare Loni... Eru Iya, Eru Iya o...


Nanã era esposa de Osala, e apos muito tempo juntos ela engravidou do seu primeiro filho. Quando o Bebê nasceu ela estava doente, havia chagas em sua pele e isto lhe dava uma aparência horrível. Ela então decidiu que seria melhor não levar a diante esse Bebê, e o abandonou em uma praia. 
Yemoja ao ouvir o choro de uma criança foi até a praia ver quem era, e então ela viu o bebê sendo atacado por caranguejos.
Yemoja pegou o bebê e o adotou, o criou como seu filho. Curou suas chagas e lhe deu parte de seu reino, as perolas são dele que dela recebeu o título de Jeholú (senhor das perolas).
O menino doente se transformou em um rei, Obaluaie o dono da terra.

Nanã se arrependeu do que fez. Mas Obaluaiê recebeu tanto amor de Yemoja que nao criou mágoas.

Yemoja e a grande mãe.
Ela ama e ama e não pede nada em Troca.

Eruya!
Bendito coração que bate no peito de Yemoja...
terça-feira, 9 de dezembro de 2014 1 comentários

LENDA DA OXUM E IEMANJÁ



Iemanjá sentia um imenso amor por sua irmã Oxum
Nesta lenda Oxum a mais bela das Yabás,era uma rainha muito rica que se orgulhava por ser uma figura esplêndida e por possuir jóias, ricos vestidos, e também do seu enorme e sedoso cabelo.

Passava muitas horas olhando se no espelho e vendo refletir seu rosto.
Seu reino foi alvo de guerras sangrentas e a Oxum não restou outra alternativa senão fugir e abandonar tudo.

A partir daí passou por momentos de privação e trabalho duro.
Das suas vestes só lhe restou um vestido desbotado e estragado de tanto lavar no rio,teve que vender suas jóias para comer e devido ao seu sofrimento perdeu seu cabelo.

Oxum estava pobre ,escrava e só. Oxum chorou na beira -do-rio e como todos os rios desembocam no mar, as suas lágrimas chegaram até o fundo do mar, onde vive Iemanjá sua irmã mais velha. Então na verdade Oxum não estava sozinha.

Dona de todas as riquezas do mundo e pessoa que mais amava Oxum sobre a Terra, Iemanjá decidiu ajudar a sua irmã.
Iemanjá foi ao encontro da sua irmã que estava destruída material e espiritualmente. E disse a Oxum:

“Não chore mais Oxum, tuas lágrimas se cravam em meu coração. Rainha foi e rainha voltará a ser por graça de Olofin. De hoje em diante, te pertencerá todo ouro, que se encontra nas entranhas da terra, todos os corais que se encontram no fundo-do-mar, serão seus para que se enfeite com eles. 

Não voltará a trabalhar como escrava irá sentar-se em um trono dourado ,como corresponde as rainhas. Terás um abano de pavão real que és meu e passará a ser seu. E para que não fique mais atormentada porque perdeu seus cabelos, olhe ,vê os meus cabelos? Recordas que és meu orgulho, assim como o seu era para ti? Toma e faça uma peruca com eles até que os seus cabelos voltem a crescer.”

Dita estas palavras Oxum com sacrifício e lágrimas nos olhos cortou um pedaço do cabelo de Iemanjá.

Desde esse dia Oxum defende sempre as filhas de Iemanjá e vice-versa. Essa é a causa pela qual as filhas de Oxum e Iemanjá devem evitar cortar muito os cabelos.

Odoyá ♡
Ora yê yêo
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014 1 comentários

A ANATOMIA DAS EMOÇÕES



Uma pequena estrutura do cérebro, a ínsula, está
surpreendendo os cientistas, que ali descobrem
a sede de diversos sentimentos humanos



Numa das regiões mais recônditas do cérebro, os neurocientistas encontraram uma nova peça para um dos mais instigantes quebra-cabeças da medicina é o mapeamento das emoções humanas. Do tamanho de uma ameixa seca, a ínsula trabalha em parceria com outras duas estruturas cerebrais, o córtex pré-frontal e a amígdala (estes, sim, velhos conhecidos dos estudiosos no controle de diversas emoções). A ínsula funciona como uma espécie de intérprete do cérebro ao traduzir sons, cheiros ou sabores em emoções e sentimentos como nojo, desejo, orgulho, arrependimento, culpa ou empatia. "Ela dá colorido psíquico às experiências sensoriais", diz o neurocirurgião Arthur Cukiert. Ou, como definiu o psiquiatra americano Martin Paulus, professor da Universidade da Califórnia, é na ínsula que o corpo e a mente se encontram.

Descrita pela primeira vez no fim do século XVIII, pelo anatomista e fisiologista alemão Johann Christian Reil, a ínsula sempre foi negligenciada pelos pesquisadores. A dificuldade de acesso impedia estudos mais minuciosos sobre sua fisiologia. Nos últimos dez anos, graças ao aperfeiçoamento dos exames de imagens, como a ressonância magnética funcional, a ínsula despertou a atenção dos neurocientistas. Flagrada em pleno funcionamento, já se viu que ela é ativada toda vez que alguém ri de uma piada, ouve música, reconhece expressões de tristeza no rosto de outra pessoa, quer se vingar ou decide não fazer uma compra (veja o quadro) "Os estudos já mostraram também que a superativação da ínsula está relacionada a diversos distúrbios psiquiátricos, sobretudo as fobias e o transtorno obsessivo-compulsivo", diz o neurologista Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo. Imagens do cérebro indicam que lesões na ínsula podem levar à apatia, à perda de libido, a alterações na memória de curto prazo e à incapacidade de alguém distinguir pelo cheiro um alimento fresco de outro estragado.

O trabalho mais fascinante sobre a ínsula foi divulgado recentemente pela revista científica Science. Tudo começou com a história do senhor N., de 38 anos. Tabagista compulsivo, ele fumava cerca de quarenta cigarros por dia. Um derrame, no entanto, fez com que ele instantaneamente abandonasse o vício e "esquecesse a vontade de fumar", como descreveu aos pesquisadores das universidades de Iowa e do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos. Com o derrame, a ínsula do senhor N. havia sido lesionada. Outros pacientes, também fumantes e com danos na mesma região cerebral, foram avaliados. A maioria deles perdeu a vontade de fumar. Esse estudo foi o primeiro a relacionar uma área específica do cérebro ao vício. "O tabagismo não pode ser explicado apenas pela ação da nicotina no cérebro", diz Nasir Naqvi, um dos autores da pesquisa. "O vício deflagra uma série de mudanças comportamentais e fisiológicas e o aumento dos batimentos cardíacos, a elevação da pressão, a alteração do paladar e a sensação da fumaça entrando nos pulmões, entre outras." Todas essas informações são processadas na ínsula e traduzidas na ânsia de acender mais um cigarro. Trabalhos como esse abrem o caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos contra o tabagismo e outros vícios, como a dependência de drogas e o alcoolismo.

Como se trata de uma área de pesquisa relativamente nova, a ciência ainda não conseguiu esmiuçar todas as funções da ínsula. As diferentes partes do cérebro não agem isoladamente, mas por meio de circuitos múltiplos, que interagem entre si e o que torna o estudo do cérebro extremamente complexo. De qualquer forma, as descobertas recentes sobre a ínsula são uma fonte preciosa de informações sobre a anatomia das emoções. Um dos grandes estudiosos do tema é o neurocientista português António Damásio. Ele busca em seus estudos a base biológica das emoções e da consciência humanas. "Os sentimentos não são nem inatingíveis nem ilusórios. São o resultado de uma curiosa organização fisiológica que transformou o cérebro no público cativo das emoções teatrais do corpo", escreveu Damásio no livro O Erro de Descartes.


A ponte entre o corpo e a mente


ONDE FICA 

Do tamanho de uma ameixa seca, a ínsula está localizada numa das áreas mais profundas do cérebro, na face interna do lobo temporal, um dos sistemas envolvidos no processamento da memória, do pensamento e da linguagem


O QUE SE SABIA SOBRE A ÍNSULA... 

Até dez anos atrás, a ínsula era caracterizada como uma das áreas mais primitivas do cérebro, envolvida em atividades básicas como alimentar-se e fazer sexo

  
...E O QUE REVELAM AS DESCOBERTAS MAIS RECENTES 

• Na porção frontal da ínsula, experiências sensoriais são transformadas em emoções e sentimentos como nojo, desejo, decepção, culpa, ressentimento, orgulho, humilhação, arrependimento, compaixão e empatia

• Ela prepara o organismo para situações que ainda estão por vir. Quando, por exemplo, alguém tem de sair de casa e lá fora faz frio, a ínsula é ativada de modo a ajustar o metabolismo para enfrentar a situação

• A ínsula modula a resposta do organismo a estímulos dolorosos

• Em pacientes vítimas de fobias e de transtorno obsessivo-compulsivo, a ínsula registra atividade intensa

 Anna Paula Buchalla

Fontes: Mauro Muszkat, neurologista, e revista Science



sexta-feira, 5 de dezembro de 2014 2 comentários

QUEM AMA O FEIO, BONITO LHE PARECE



Se você é jovem, um desses que ainda frequenta escola ou faculdade, deixo por conselho que namore os feios, pois o bonitinho de hoje pode ser o feio de amanhã, daí já imaginou a sua decepção? Mais o contrário também pode acontecer, do feio se transformar em príncipe, nesse caso namorar o feio é um investimento para o futuro.

Por esses dias estava num desses poucos momentos em que assisto TV e es que no comercial tive uma aparição: era um ex namoradinho passando no comercial. Pelo o amor de Jimi Hendrix, a surpresa não foi por ele está na TV, mas em razão da sua aparência. Quando namorávamos ele era alto, elegante. As moças curvavam o pescoço para vê-lo passar, as amigas me invejavam por estar com ele, mas agora o carinha é a visão do Jason sabe, aquele dos filmes de terror com uma máscara de hóquei. E o pior: é um Jason obeso. 
Será que os buracos na cara do meu ex são marcas de inúmeras espinhas ou ele teve uma catapora violenta? Não sei.  


Rubens Alves no documentário professor de espantos diz que quando gostamos muito de um lugar, passado muitos anos, melhor não visita-lo, pois dificilmente ele será agradável como você se recorda. Acho que isso vale para pessoas também. 
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014 1 comentários

BANCO DA VIDA



Imagina se um banco deposita todos os dias R$ 86 400 e que você deveria gastar no longo no dia, pois no final do dia tudo seria zerado e no dia seguinte mais R$ 86 400  seria depositado.


Todos nós somos clientes desse banco e esse banco se chama TEMPO. 

Deus no dá 86 400 minutos para ser vivido da melhor maneira possível, amando, aprendendo, ensinando, caindo, levantando...VIVENDO. 

Que pra você saber o valor de um ano, você pergunta para um garoto que repetiu de ano.

Para saber de um mês, você pergunta para uma mulher que teve seu filho prematuro,

De uma semana, pergunte ao editor de um jornal semanal,

Pra saber um valor de uma hora pergunte para os apaixonados que não veem a hora de se encontrarem, 

Pra saber o valor de um minuto pra quem perdeu um avião, de um segundo pra quem conseguiu evitar um acidente de trânsito, pra saber o valor de um milésimo de segundo pergunte a um atleta que ganhou uma medalha de prata nas olimpíadas....

Por isso não desperdice seu tempo, ele é o seu bem mais precioso e com ele que você vai compartilhar com as pessoas que você mais ama, seus filhos, sua esposa, marido, amigos, avós, e a gente só se dá conta quando a gente perde...

“Eu tinha tanto beijo pra dar, tanto abraço”... A gente tem que viver o AGORA, o ontem é história, o amanhã um mistério, e o hoje é uma dádiva. 
Por isto se chama presente.



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RESPOSTA AO FUNK OSTENTAÇÃO



"Você ostenta o que não tem
Pra tentar parecer mais feliz
Mas não sabe que pra ser alguém
Tem que agir ao contrário do que você diz"



 
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