2c6833b0-77e9-4a38-a9e6-8875b1bef33d diHITT - Notícias Sou Maluca Sim!: outubro 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017 0 comentários

VOCÊ SABE O QUE SÃO AS RESSACAS EMOCIONAIS E COMO SUPERÁ-LAS?



O que acontece quando bebemos muito álcool? No dia seguinte, sem chances de escapar, sofremos uma terrível ressaca. No entanto, parece que o álcool não é o único capaz de provocar a ressaca. De acordo com várias pesquisas realizadas por neurocientistas da Universidade de Nova York, também existem as ressacas emocionais, experiências produzidas por emoções muito intensas, que nos sacodem e nos intoxicam.

A pergunta obrigatória é: podemos evitá-las? A verdade é que não podemos. As ressacas emocionais são estados profundamente intensos fruto de experiências emocionais inesperadas que, inclusive, podem influenciar na recordação de eventos posteriores e provocar alguns sintomas físicos como dores de cabeça, dores nas costas e cansaço ou fadiga.

Assim como uma ressaca provocada pelo álcool, as ressacas emocionais nos fazem sentir irritação, cansaço e provocam a sensação de estar com a mente confusa.


As ressacas emocionais são inevitáveis

Embora desejemos ter o controle sobre tudo que nos rodeia, isso é impossível. Sempre há coisas que acontecem de maneira inesperada. Pode ser uma demissão do trabalho, a morte de um parente, uma gravidez não planejada, o descobrimento de uma doença, uma dívida familiar ou qualquer situação que não estava nos nossos planos…

Tudo isso vai nos fazer viver emoções muito intensas que podem chegar a desenvolver estados de estresse, depressão, ansiedade e até mesmo ataques de pânico.

Essas emoções inesperadas e intensas geram uma grande ressaca da qual na maioria das vezes não temos consciência, mas que afetam de uma ou outra maneira os nossos pensamentos e nossos processos de atenção e memória.

Assim, as marcas das ressacas emocionais permanecem no nosso corpo e no nosso estado de espírito. Elas são um exemplo de como tudo que é vivido se reflete mais além do que apenas no momento em que acontece.

Ao mesmo tempo, assim como as ressacas provocadas pelo álcool, as ressacas emocionais têm seu fim. No entanto, pode acontecer de, em vez de minimizá-las, acabarmos alimentando-as continuamente se nos submetermos a situações que nos desgastem emocionalmente ou se simplesmente não quisermos sair da zona de conforto na qual nos encontramos. A vitimização é um bom exemplo de uma ressaca emocional permanente.

Como minimizar o impacto das ressacas emocionais?

Por que uma ressaca emocional pode se prolongar voluntariamente? Por que pode fazer com que nos transformemos em vítimas? Quando passamos por uma ressaca nos sentimos mal, e quando nos sentimos mal, tudo ao nosso redor se torna escuro e negativo. É a mesma coisa que acontece quando estamos deprimidos e, de repente, passamos a não enxergar mais o mundo em cores, começamos a enxergá-lo em branco e preto.

Como já vimos, as ressacas emocionais podem contribuir para nos sentirmos tristes, deprimidos ou angustiados, o que vai estar presente na nossa percepção da realidade. O importante é estar consciente de que o impacto de uma experiência intensa para nós pode nos afetar e gerar mal-estar.

A duração das ressacas emocionais pode ser de algumas horas ou até mesmo de mais de um dia. Tudo depende da pessoa que a sente, da sua capacidade de enfrentamento e da sua disposição para seguir em frente diante do turbilhão de emoções que a acometem sem aviso prévio.

Por isso, é muito importante aprender a manter a calma quando estivermos à beira do abismo e evitarmos tomar qualquer decisão importante enquanto durar a ressaca se não quisermos nos lamentar no futuro. Porque, se não conseguirmos agir assim, aquele projeto tão importante para nós pode se desfazer ou podemos perder grandes oportunidades. Assim, estar consciente das nossas ressacas emocionais será o melhor aviso para adiar qualquer decisão importante que afete a nossa vida.

As ressacas emocionais influenciam tanto na nossa percepção da realidade quanto nas nossas reações.

Por fim, queremos esclarecer que as ressacas emocionais são experiências que todos nós vivemos em algum momento das nossas vidas. Com o ritmo de vida acelerado no qual vivemos todos os dias, ficamos mais submetidos a elas. Podemos perceber seu rastro se observarmos como situações que nos causam emoções muito intensas influenciam posteriormente nas nossas decisões e nas nossas vivências.


Fazer um pausa, dar um tempo e descansar para se desconectar do exterior e se conectar consigo mesmo nos ajudará a superar as ressacas que às vezes nos fazem tão mal.
segunda-feira, 23 de outubro de 2017 0 comentários

EXISTEM PESSOAS MÁGICAS QUE NOS ENCANTAM DESDE O PRIMEIRO MOMENTO

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Existem pessoas mágicas, que nos encantam desde o primeiro minuto em que as conhecemos. Nós não sabemos exatamente o porquê, mas neste mundo cinzento a sua presença é aquele ponto colorido que nos atrai, nos alegra e nos reconcilia com a vida. Alguns estudos científicos dizem que talvez seja o seu sorriso, a sua atitude ou a sua personalidade acolhedora, mas acreditamos que as suas virtudes naturais são características mágicas, algo inexplicável.

É possível que o nome de Dale Carnegie não lhe pareça familiar. No entanto, este empresário e escritor dos anos 30 estabeleceu as bases de todas as publicações de autoajuda que ainda hoje são muito procuradas. Uma das suas publicações mais conhecidas e mais vendidas foi, sem dúvida, “Como Ganhar Amigos e Influenciar Pessoas”.

Existem pessoas com uma magia natural que não precisam de truques, há pessoas especiais pelas quais nos encantamos no ‘primeiro minuto”, pela sua humildade, pela sua simplicidade natural.

Neste livro, o escritor abordava pela primeira vez uma das maiores aspirações (queiramos ou não) do ser humano, “ser bem aceito pelos outros”. Desde a década de 1930 até o momento, o interesse por esta disciplina da psicologia só se expandiu. Na verdade, atualmente e dentro da área de coaching, todos os bons profissionais precisam saber como treinar os seus clientes com essas ferramentas básicas e essenciais, necessárias para criar um impacto positivo nos seus ambientes sociais.

No entanto, a coisa mais curiosa sobre tudo isso é que existem pessoas mágicas que já nascem com essa habilidade, com essa capacidade natural de se conectar quase instantaneamente com os demais despertando emoções positivas, confiança e segurança. Essa faísca instantânea, espontânea e frutífera é como um diamante invisível que qualquer bom líder, por exemplo, gostaria de possuir para atrair mais pessoas.

É uma ferramenta que qualquer pessoa com poucas habilidades sociais gostaria de desenvolver para desfrutar de melhores relacionamentos, de uma vida melhor, onde possam fazer mais amigos, encontrar um parceiro e se sentir, em essência, mais seguro de si mesmo. Como vemos, estamos lidando com uma dimensão psicológica muito importante para o campo do crescimento pessoal e que merece ser analisada em detalhes.

Pessoas mágicas com as quais criamos um vínculo saudável
Querer ser bem aceito por todos ao nosso redor é uma fonte inesgotável de sofrimento. Não faz sentido, não é útil e muito menos saudável. No entanto, existem pessoas que, sem esforço algum, sem procurar ou pretender, conseguem se conectar quase que instantaneamente com 80% das pessoas que encontram diariamente.

Muitos não hesitariam em dizer que a explicação está na atratividade física. Agora, os profissionais que realizam a seleção de pessoas para comerciais ou captadores para alguma ONG sabem que é preciso algo mais, algo presente na linguagem não verbal ou mesmo no que muitos chamam de “a arte da suavidade”. Ou seja, a virtude de ter uma atitude aberta e acolhedora que nos ajuda a alcançar aqueles que estão diante de nós de forma amigável, segura e eficaz.

Vejamos agora outras características que as pessoas “bem aceitas” compartilham:

O sorriso de Duchenne, o mais sincero
Todos nós somos perfeitamente capazes de fingir um sorriso. Podemos dar aos outros os sorrisos mais espetaculares e cativantes, e, no entanto, o que está por trás disso é, muitas vezes, a mais afiada das falsidades.

Existe um tipo de sorriso que é difícil de fingir, e que é considerado a síntese do sorriso genuíno. Falamos sobre o sorriso de Duchenne.

Dizem que o sorriso de Duchenne é cativante por natureza, inspira confiança e isso é um atrativo natural em todo cenário social.

A sua expressão no rosto é o resultado da contração dos músculos zigomáticos maiores e menores perto da boca. Ambos se levantam no canto dos lábios, bem como o músculo orbicular, perto dos olhos. Há também uma contração que levanta as bochechas e produz pequenas rugas ao redor dos olhos.

Humildade: a qualidade mais atraente
Há uma série de situações que causam uma tensão imediata. Por exemplo, aquelas pessoas que não conhecemos e aparecem diante de nós contando tudo sobre a sua vida privada, criticando terceiros que não estão presentes, sendo indiscretos, excessivamente brincalhões ou fazendo uso excessivo e abusivo do pronome pessoal “eu”.

Todos nós já experimentamos essa situação uma vez na vida. No entanto, no polo oposto estão aqueles que não pretendem nada e conseguem tudo. São pessoas que, através da sua humildade natural, nos encantam instantaneamente por uma série de características, por pinceladas capazes de formar uma tela pessoal mágica e excepcional.

As pessoas humildes sabem prestar atenção, mostram um interesse sincero por aqueles com quem convivem, sabem ouvir e nos acolhem nas águas quentes dos seus olhares sinceros…

Como já dissemos, as pessoas que nos encantam geralmente praticam a arte da suavidade. Através de uma atitude sempre aberta, estabelecem uma confiança imediata para que possamos nos abrir com facilidade e naturalidade.

A sua postura, a sua linguagem não-verbal está isenta de qualquer característica de poder. Elas não se impõem, não há rigidez nelas, mas abertura e proximidade.
Além disso, algo comum nas pessoas que nos encantam é que elas não reclamam, não exigem, não criticam e a sua atitude é sempre humilde…

Embora existam muitas pessoas mágicas com uma estrela ou luz própria que já nasceram com esses recursos gravados no seu “disco rígido”, é importante dizer algo: todas essas qualidades podem ser treinadas. Também é verdade que não é necessário querer “ser bem aceito por todos”, mas é muito gratificante podermos nos conectar melhor com determinadas pessoas.

Portanto, trabalhar essas características no nosso dia a dia sem dúvida nos ajudará a entender o outro além dos olhares, a nos instalarmos sem pedir permissão nos corações das pessoas que são importantes para nós.
domingo, 22 de outubro de 2017 0 comentários

QUANDO FALAR É AGREDIR



A verdade não subtrai o caráter agressivo da afirmação; pelo contrário o acentua.

Há opiniões discrepantes em relação às pessoas que são muito cuidadosas e delicadas quando expressam seu ponto de vista, especialmente sobre temas polêmicos.

Alguns as julgam falsas e hipócritas, pois escolhem as palavras com o intuito de agradar o interlocutor. Resultado: desconfia-se de sua sinceridade.

Outros, porém, pensam de forma diferente. Acham que são espíritos mais atentos, preocupados em não ser invasivos e grosseiros. Tomam cuidado, sim, porque não gostariam, em hipótese alguma, de magoar a pessoa com a qual estão conversando.

Pode parecer também que o tipo mais espontâneo e sincero é mais veemente na defesa de suas ideias, enquanto o mais delicado tem menos interesse em fazer prevalecer seu ponto de vista, ficando sempre “em cima do muro”.

Embora muitas vezes tais considerações sejam verdadeiras, penso que não é tão simples fazer a avaliação da conduta mais adequada. Esse assunto não só envolve questões morais, mas diz respeito à eficácia da comunicação entre as pessoas.

Sob o aspecto moral, a preocupação com o outro se impõe sempre. Ser honestos e sinceros não nos dá o direito de dizer tudo que pensamos. A franqueza pode ser prejudicial.

Por exemplo, se uma pessoa, ao encontrar um amigo de rosto abatido, falar: “Puxa, como você está pálido! Até parece doente”, estará sendo sincera, mas tremendamente insensível.

A verdade não subtrai o caráter agressivo da afirmação; pelo contrário o acentua.

Na prática, acredito que uma boa forma de avaliar uma ação é pelo resultado. Se o efeito for destrutivo, a ação será nociva, independentemente da “boa intenção” daquele que a praticou.

A tese de que devemos falar tudo o que pensamos é ainda mais indefensável quando o objetivo é facilitar o entendimento e a comunicação.

Indiscutivelmente o ser humano é vaidoso e, se sentir-se ofendido por alguma palavra ou atitude do outro, acabará desenvolvendo uma postura negativa em relação a essa pessoa.

Se alguém iniciar uma frase com expressões do tipo “Você não percebe nada”, “Qualquer idiota é capaz de compreender que…”, elas provocarão uma espécie de surdez imediata.

Não ouviremos o resto do argumento ou então o ouviremos com o intuito de encontrar bons raciocínios para derrubá-lo.

Quando nos expressamos, é preciso ter extremo cuidado com as palavras, pois elas atingem positiva ou negativamente o interlocutor. No processo de comunicação, a recepção é tão importante quanto a emissão dos sinais. Temos que nos lembrar disso se quisermos agir de modo construtivo para nós e para os demais.

O descaso pelo “receptor” indica desrespeito moral e agressividade (voluntária ou não).

Há pessoas que só têm interesse em mostrar como são perspicazes e brilhantes. Querem ficar por cima. Querem ensinar e não aprender. Despertam raiva, não admiração, pois a arte de seduzir caminha exatamente na direção oposta.

Um homem (ou uma mulher) atraente faz o outro se sentir bonito, legal e inteligente. Prefere dar atenção a repetir o tempo todo “Como sou bárbaro e maravilhoso”.

Qual a pessoa que gosta de se aproximar de alguém cujo objetivo principal é a autopromoção constante? Quem atura discursos intermináveis baseados num narcisismo oco? Praticamente ninguém.

O descaso pelo interlocutor é, a meu ver, fruto de um individualismo acirrado e oculta o desejo inconsciente de se dar mal na vida.

 Flávio Gikovate
sexta-feira, 20 de outubro de 2017 0 comentários

RELIGIÃO X CIÊNCIA



Há muito poucas equações, gráficos e cálculos na Bíblia, no Corão, nos
Vedas ou nos clássicos confucionistas. Quando as mitologias e escrituras
tradicionais estabeleciam leis gerais, estas eram apresentadas em forma
narrativa, em vez de matemática. 


Desse modo, um princípio fundamental da religião maniqueísta afirmava que o mundo é um campo de batalha entre o bem e o mal. Uma força maligna criou a matéria, ao passo que uma força benigna criou o espírito. Os humanos estão presos entre essas duas forças e devem
escolher o bem em detrimento do mal. 


Contudo, o profeta Mani não fez qualquer
tentativa de oferecer uma fórmula matemática que pudesse ser usada para
prever escolhas humanas por meio da quantificação da força respectiva dessas
duas forças. 


Ele nunca calculou que “a força atuando sobre um homem é igual à
aceleração de seu espírito dividida pela massa de seu corpo”.
terça-feira, 17 de outubro de 2017 0 comentários

"O-" NEGATIVO DOAÇÃO DE SANGUE, URGENTE!

Gente por favor, vamos compartilhar no face, nos grupos, etc. Assim tem mais chance de encontrar doadores compatíveis.



terça-feira, 10 de outubro de 2017 0 comentários

DEFENDER TODAS AS CRIANÇAS...TODAS AS CRIANÇAS




Segue uma pequena sugestão de reflexão sobre o modo como estamos concebendo a infância nos últimos tempos.

Se você se incomodou e se indignou com a interação de uma criança com um homem nu naquela exposição em São Paulo, afirmando que aquilo era ""pedofilia"" e um ataque à dignidade daquela, ok, tudo bem, vamos lá.

Seria importante também orientar toda a indignação, se de fato houver uma preocupação com a dignidade das crianças em geral, com estas da Rocinha que foram obrigadas (provavelmente não pela primeira vez) a passar diante de dois corpos de pessoas assassinadas jogadas no chão quando iam (ou voltavam) da escola. Elas foram submetidas, forçadamente, a mais uma experiência de terror, que muito provavelmente marcará para sempre as suas vidas.

Estas crianças da Rocinha, em relação às quais há pouca ou nenhuma indignação, são jogadas, contra a vontade, no meio de uma guerra inventada, que não lhes diz respeito, mas que interfere enormemente em seu cotidiano. Uma guerra que limita seus horizontes de existência.

Se você se horrorizou mais no caso da interação artística e menos diante da exposição à morte cotidiana nas favelas, talvez seja porque você acredita que há crianças mais dignas de atenção e cuidado do que outras. Ou se defende todas ou... se defende todas!
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O BAIXIO DAS BESTAS CONTINUA


Os MORALISTAS de plantão não precisam se preocuparem: a cultura atual tem mostrado muito mais disposição para abraçar a ignorância do que qualquer cultura anterior.

É muita gente crendo e disseminando verdades absolutas enquanto o BAIXIO DAS BESTAS continua.


sexta-feira, 6 de outubro de 2017 0 comentários

SABEDORIA ...



Hércules levanta a pele do mar e Vênus pára um instante de despertar amor, 1963: ARTISTA: SALVADOR DALI.


Sabedoria é ouvir a verdade do outro. Temos nossas diferenças, é claro. Cada um de nós tem seu próprio sistema de valores e seus pontos de vista. Cada um de nós é um ser único. Somos in-divíduos. Respondemos a estímulos iguais de formas diferentes.

Lembre-se: Hércules estrangulou a serpente horrorosa ainda no berço, enquanto Íficles, seu irmão gêmeo, fugia horrorizado.

Então, antes que o meu barco singre os mares desta vida, encho-o de coragem e de remos, iço as velas, desfaço todos os planos, jogo longe a bússola da normalidade, rasgo esses mapas que me deram, crio meu próprio Destino — e me afundo no desejo de amar.

Quero de novo criar uma tempestade no teu coração!
quinta-feira, 5 de outubro de 2017 0 comentários

O HOMEM NEGRO SENTE DOR?


quarta-feira, 4 de outubro de 2017 0 comentários

PINTO PEQUENO!



O pinto pequeno sempre foi 'apesar de'
Por exemplo: nunca, jamais, em nenhuma situação, conheci uma mulher que dissesse: "eu gosto de pinto pequeno" ou "eu prefiro pinto pequeno" ou "o que mais me atrai nele é aquele pinto pequeno". Nunca. Se essas mulheres existem, eu não conheço. Ou conheço, mas nunca ouvi essa confissão. O pinto pequeno, na relação entre gêneros, sempre foi "apesar de".

Pinto pequeno não é uma paixão feminina. Talvez seja, aliás, a característica masculina com maior índice de rejeição. Desconheço, no entanto, que mulheres andem pedindo ao namorado, que coloque "uma prótese pra aumentar isso aí". Nunca ouvi uma mulher brincar que ia trocar um marido de 10 por dois de 20cm, pra ser mais feliz. Não é comum que a gente diga: "isso é que é homem e não aquela coisinha miúda que tenho em casa", diante de um bom volume na calça do transeunte. Nem mesmo quando é o caso. Em geral, os corpos dos homens vivem em perfeita paz.

Fora o bullying dos amigos, a vida não é tão ruim, pros homens menos dotados. Certamente, mas confortável do que as das moças que, "por infelicidade", estão "fora do padrão". A maioria das mulheres sabe como agir ao se deparar com um tamanho P.  É o corpo do outro, afinal, e sabemos respeitar. Fora que, outras qualidades compensam, a depender do rapaz. Em qualquer situação, a generosidade feminina salva a pátria. Uma especialidade nossa sempre servida, em doses cavalares, a homens em situação de vulnerabilidade. Inclusive sexual.

Mesmo com esse tratamento elegante, os rapazes de menores dotes carregam uma certa vergonha. Todos, ou a grande maioria. E eu fico imaginando o que seria desses seres tão frágeis se passassem pela metade da exposição, se sofressem apenas uma parte das avaliações a que nós, mulheres, somos submetidas, desde sempre. Dos nossos corpos, das nossas roupas, do nosso jeito de ser. Principalmente por eles, que, no mínimo, acham normal. Sobreviveriam? Não sei. 

Nós continuamos aqui.
Tive um namorado que disse:"você faz academia pra ficar bonita pra mim". Deu pena, não vou mentir. Sacudi a cabeça fingindo concordar e pensando que aquele raciocínio torto era o começo do fim. Um incentivo, ele achou, coitado. Romântico, até. E, nos olhos dele, a ingenuidade de quem não viu o tempo passar, de quem não percebe a própria fragilidade. 

Estávamos em diferentes tempos, em flagrante descompasso. Meses depois, desisti.
Não é mais isso, amor. Não, não é mais assim. E muita coisa virou piada. "Depois que nosso filho nasceu, minha mulher ficou descuidada", reclama o marido que sequer corta as próprias unhas com uma periodicidade aceitável. "Toda gorda é carente", decreta o halterocopista do alto da própria barriga de chope, se sentindo desejado. Todos, todos eles, patéticos e deslocados. 

Todos viúvos do discurso que diz: é aos homens que servem os corpos femininos. São eles que precisam aprovar. Sério? A gente aprendeu a rir.
Sim, ainda é muito por eles que movimentamos milhões, em cirurgias plásticas. Ainda não é passado. Ainda é pelos carecas, barrigudos e ejaculadores precoces que, por essas naturalidades humanas, não costumam ser incomodados. Aqueles que sequer cuidam do ronco, mas nos exigem juventude e frescor, vaginas "rejuvenescidas" e depilações totais. Por eles, que tem seus corpos preservados enquanto vivemos em exposição. Autoestima aos pedaços. Bulimia, anorexia, depressão. Já deu. É impossível ser feliz com a referência fora de nós. Ninguém merece essa dor. E não estamos no mesmo lugar.

Vejo alguma subversão. Saltos baixos no tapete vermelho. Unhas ao natural. Gordas em mini biquínis. Peitos caídos sem sutiãs. Se não gosta, pra que vestir, pra que fazer, pra que usar? Faz se quiser, pelamor! Nada disso é obrigação. Já brincamos com o discurso padrão, aquele que diz: "mulher tem que ser vaidosa" ou "mulher pra mim tem que ser assim". Uma ova! "Não gosto de cabelo grisalho". Ok, mocinho. Então vai lá e pinta o seu.

Ombro a ombro, meu irmão. Em tudo e também nisso aí. Nossos corpos não precisam de ajustes. A gente faz, se quiser. Não carecemos de "consertos" muito mais do que vocês. Se não gostar, tem quem goste e espelho não é gabarito do que se espera de mim. O meu, aprendeu a dizer:"sua referência sou eu, você precisa agradar a você". A gente é que decide e o assunto morre assim.

(O resto é sociologia, antropologia e política)

(O que é feio hoje, quem sabe é bonito amanhã? Referências estéticas nascem de comportamentos e parece que essa nova liberdade, esse foda-se pro padrão, molda corpos e atitudes de beleza original. Acho lindo, veja aí)
(Eu escolho o meu olhar)

*Flavia Azevedo
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DEPRESSÃO. A DOR DE EXISTIR!


Todos podemos ficar depressivos. Somos humanos sofremos perdas, decepções, insatisfações, etc. Mas a religião, o meio social e agora até uma tal de Psicologia Positiva diz que você tem que mostrar estar sempre Bem. Mas por dentro tudo desmorona. 
Somos um acumulado de entulho. 

 Pessoas depressivas são chatas. Nos colocam para baixo. Acabam com nosso passeio de fim de semana. "Têm energia ruim". Então cada um vai sobrevivendo como dá. Mas o suicida nos lembra que há sempre aqueles que não suportam tanta dor.

Jaqueline Ramiro
segunda-feira, 2 de outubro de 2017 0 comentários

TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA


Um artista nu permite que espectadores manipulem suas articulações. Uma criança, acompanhada da mãe, toca no seu pé.

Sugiro às pessoas que viram erotismo nessa cena que procurem tratamento psicológico. Amigo, você sofre de alguma doença grave: ou tem tesão em crianças, ou tem tesão em pés, ou tem tesão em crianças tocando em pés. Ou é pedófilo, ou podófilo, ou pedopodófilo.

A cena em questão é tão erótica quanto o teto da Capela Sistina (em que Adão, vale lembrar, estava pelado) ou aquela cena do "E.T." em que a criança toca no dedo do extraterrestre (em que Adão, vale lembrar, estava pelado, vestindo apenas um cachecol). Deve ter gente que vê erotismo nisso. 

E deve ter gente que vê, inclusive, na extremidade vermelha do dedo do E.T. um símbolo fálico. Mas o problema é delas, e não do E.T.. O tesão é de quem vê. O mesmo vale para quem se escandaliza com o seio de uma mãe que amamenta. Isso é coisa de gente muito tarada. Por acaso, o Brasil tá cheio delas.

José Wilker contava que tinha um parente que se relacionava sexualmente com uma cabra, e todo o mundo sabia disso. O tal parente, quando viu "Dona Flor e seus Dois Maridos", ficou tão chocado com a cena da nudez que cortou relações com o Wilker. Brasil, o país em que só a nudez choca. Todo o resto é perdoável.

Viva o país em que o topless é proibido, mas a ejaculação no ônibus é tolerada. Um país em que uma exposição dita profana é cancelada, mas o mandato do Aécio segue firme e forte. O país em que o professor não pode ter partido, mas pode ter igreja, e fazer propaganda da igreja, mesmo na escola pública.

Sabe o que é um crime contra a infância? Ensinar criacionismo nas escolas. Crime contra a infância é a música gospel da Aline Barros que ensina as crianças a pagarem o dízimo: "Jesus se agrada, Jesus se agrada / da ofertinha da criançada / Tirilim, tim, tim / oferta vai caindo dentro da caixinha".

Brasileiro tem orgulho de dizer que adora crianças. Não sei de quais crianças a gente tá falando. Seis milhões de crianças no Brasil vivem em situação de extrema pobreza -muitas delas na rua. Ninguém parece tão chocado quanto com a exposição do MAM. Talvez essas crianças precisassem assistir a uma nudez indevida, talvez precisassem tocar no pé de um artista nu. Aí, sim, o Brasil ia rodar a baiana. "Miséria, desnutrição, analfabetismo, vá lá. O importante é que essa criançada não veja um pinto!"

Gregório Duvivier
 
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