2c6833b0-77e9-4a38-a9e6-8875b1bef33d diHITT - Notícias Sou Maluca Sim!: abril 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013 1 comentários

JANGO (documentário)

Excelente documentário "Jango". A pesar de longo nos permite ampliar nossos conhecimentos sobre o governo do Presidente João Goulart e todos os seus entraves até sua morte no exílio no Uruguai. 


              Mucamas do PCdoB
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OS OMBROS SUPORTAM O MUNDO




Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.


Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.


Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

(Carlos Drummond de Andrade)


              Mucamas do PCdoB
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domingo, 28 de abril de 2013 0 comentários

SONETO DE FIDELIDADE



De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento. 

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

(Vinícius de Moraes)




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sexta-feira, 26 de abril de 2013 0 comentários

Atenção: cenas de VIOLÊNCIA gratuita, SANGUE, PALAVÕES...

O SANGUE DO MEU POVO JORRA PELO CHÃO DAS PERIFERIAS. 
O SUBÚRBIO É ZONA DE MEDO ONDE PREVALECE A LEI. 
A LEI DA POLÍTICA SUJA QUE EXCLUI O PRETO, O NORDESTINO E SEUS DESCENDENTES

Todos os dias diversos jovens são marcados pela morte violenta e sua escolha preferencial são os pobres.
Aliélson Nogueira, 21 anos, trabalhava em um galpão de reciclagem na comunidade Jacarezinho no Rio de Janeiro; cidade que sediará a próxima Copa do Mundo e Olimpíadas. Além de trabalhar também estudava sonhando com um futuro melhor para ele e o filho que está para chegar ao mundo.
Esse rapaz que não tinha qualquer envolvimento com o crime, sem qualquer antecedente criminal ou qualquer outra ação que venha macular sua imagem foi morto covardemente com um tiro de fuzil pelas costas enquanto comia um cachorro quente com refrigerante.. Um tiro na nuca banalizou definitivamente sua existência.

A polícia apresentou para a imprensa diversas versões para justificar o caso injustificável.
A principio os policiais envolvidos nessa ocorrência estariam perseguindo homens suspeitos de trafico quando iniciou tiroteio e uma bala perdida teria atingido Aliélson Nogueira .
Os moradores do Jacarezinho desmentem essa versão. Dizem que o jovem baleado depois de um dia de trabalho comprava um refrigerante e cachorro quente quando foi abordado de forma truculenta por policiais da UPP e consciente dos seus direitos como cidadão (lembremos que o rapaz era um estudante) teria respondido mal a um dos policiais que ao ser contrariado acabou efetuando o disparo fatal.

A covardia desse ato revoltou os moradores que apesar do medo da repressão e de posteriores represarias não contiveram a indignação e foram á rua protestar e de alguma forma tentar proteger o corpo do Aliélson Nogueira. Infelizmente no Rio de janeiro é comum policiais forjarem autos de resistência.

Como não poderia deixar de ser, para a retirada dos moradores do local cena de guerra. A tropa de choque na rua, todos policiais muito bem armados contra a população local de gente que estava até descalça. Bombas foram atiradas contra o povo, isso mesmo, as bombas de efeito moral. Bombas que reprimem os pobres, os manifestantes, mas não trazem nenhuma ética para a nossa força policial que se coloca superior a própria justiça.

Ou já nos esquecemos que a Juíza Patrícia Aciole foi morta por policiais e olha que ela não era pobre e nem morava em local de pacificação. Foi outra pessoa morta por não obedecer as leis impostas pela polícia.

Tentaram acusar o jovem morto Aliélson Nogueira de ser bandido, mas ele não tinha antecedentes criminais e diante da indignação dos moradores tornou-se complicado sustentar essa história. Em outro momento poderiam dizer que o jovem morto era bandido e que os moradores estão fazendo baderna a mando de traficantes, mas em uma comunidade pacificada fica muito ruim para a representação da polícia fazer uma afirmação dessa, ainda que para justificar uma atrocidade envolvendo os policiais que aqui representam os braços da LEI, o poder público.

Na última versão o jovem trabalhador foi morto DEPOIS de uma confusão entre moradores da comunidade e os PMs da Unidade Pacificadora. (Em outras palavras quem matou Aliélson Nogueira foram os próprios moradores)
O comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Jacarezinho, major Cláudio Haliki, afirmou nesta sexta-feira que a população da comunidade deve se acostumar com as abordagens policiais. O major reiterou, a dificuldade deste momento inicial da pacificação e disse não ter informações sobre uma suposta truculência dos PMs. O patrulhamento foi reforçado no local, afirmou o comandante, em entrevista ao RJTV.

O delegado da 25ª DP (Engenho Novo), Antenor Lopes disse: “Ouvimos dois (obs: apenas 2 moradores) moradores e sete policiais. Uma abordagem gerou essa confusão. Os policiais alegam ser vítimas de disparo e vamos investigar”, contou. Segundo ele, Alielson não tinha passagens pela polícia.

ALGUÉM TEM ALGUMA DUVIDA DO PORQUE ESSE ESTUDANTE DE 21 ANOS FOI ASSASSINADO COM UM TIRO DE FUZIL PELAS COSTAS?

O lanche comprado com o suor do ardo trabalho ficou no chão junto a poça de sangue que jorrava livremente da cabeça de um jovem estudante, mas o que se esvaia era a dignidade HUMANA.

Bem, esse assunto todo me deu fome, vou comprar um cachorro quente e assistir “Tropa de Elite 2” No vídeo tudo é mais bonitinho e despreocupante. Afinal, eu sou do Rio de Janeiro cidade MARAVILHOSA.

Fonte: Jornal O Dia
Diário Oficial



quinta-feira, 25 de abril de 2013 2 comentários

ILHA DAS FLORES (curta)


QUE TAL FAZERMOS UMA PEQUENA REDAÇÃO?

1) Qual terá sido a intenção do diretor ao colocar essas freassem em destaque no inicio do filme?

"Aquelas pessoas estariam na miséria por alguma força superior que preestabeleceu o que seriam?

2)Ou as condições sociais teriam determinado que esses moradores vivessem em péssimas condições?

3) Mediante as possibilidades, teriam recursos  de reverterem esse quadro de miséria e desigualdade?

4) É possível que a condição material determine a consciência?




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GERAÇÃO COCA-COLA



Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês
Nos empurraram com os enlatados
Dos U.S.A., de nove as seis.

Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola

Depois de 20 anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser

Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola

Depois de 20 anos na escola
Não é dificil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser

Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola

(LEGIÃO URBANA)
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SE ME AMA, DEIXE-ME LIVRE!



“...O Bem Amado diz a Bem Amada: ‘Vá! Vá para você mesma!’ Amar alguém não é somente lhe dizer: ’Venha, torne-se como eu, seja como eu sou’, pois isto é a redução do outro ao seu igual. Mas o amor diz: ‘Vá, torne-se um outro, seja o que você é; e quando você se tornar o que é poderemos, em verdade, nos encontrar.”

Tirei esse trecho do livro de Jean-Yves Leloup, Uma Arte de Amar para os Nossos Tempos, para fazermos uma reflexão sobre o que é o amor.
Mês dos namorados, das festas juninas, do calor das fogueiras, dos abraços e dos beijos. Jean-Yves fala que beijar alguém é estar à escuta do sopro que lhe é comum sem perder minha identidade. E isso, é muito diferente de sermos a metade que faltava no outro. Não somos parte para precisarmos de uma metade. Somos inteiros. Se no relacionamento deixo de ser eu mesmo para estar com o outro, esqueço quem eu sou.

Percebo que muitas pessoas quando se relacionam deixam de lado o que gostam, abrem mão dos desejos e dos sonhos mais caros. Abrem mão de tantas coisas que acabam se perdendo no caminho. Perder nossos desejos é como abrir mão da nossa alma. No início pode até parecer que é isso que o outro quer, mas com o tempo o relacionamento perde o encanto. Relacionamento é uma dança de dois. Se um deixa de existir acaba a relação.

Amar é querer a liberdade do outro. A relação de um amor verdadeiro é o encontro de duas liberdades. Eu amo e sou amado se posso estar ao lado do outro sendo quem eu sou. Simplesmente porque essa é a única possibilidade: Ser quem eu sou. Jean-Yves coloca que: “Amar alguém é corá-lo, é conduzi-lo à sua completude, pois só entre dois seres completos e inteiros pode existir uma verdadeira aliança.”

Colocar uma aliança na mão do outro com o nosso nome não quer dizer que o outro, a partir daquele momento, se torna nosso, nossa propriedade. Muito pelo contrário, simboliza que essas duas vidas estão caminhando juntas com o compromisso de um ajudar ao outro a se desenvolver. Nós só crescemos e evoluímos no encontro. Certamente, isso não é uma tarefa fácil. É um aprendizado a ser conquistado a cada momento durante toda vida.

Leloup comenta que demoramos um minuto para coroar alguém, mas toda uma vida para permitir-lhe florescer. Acho preciosa essa analogia. E assim, podermos juntos contemplar o florescimento do outro. Então quando oferecer flores à pessoa amada ofereça também florescimento, liberdade.
Acredito que estamos nessa vida para nos encontrar. E nesse mês dos namorados desejo à você, antes de tudo, um encontro com você mesmo. E certamente isso possibilitará um lindo encontro verdadeiro com o outro.
P/ Lydia Joffily - Psicóloga
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MORRER DE AMOR



                                                                George Valentin


O filme 'O Artista', que ganhou o Oscar, ainda está em cartaz nos cinemas. Conta a história de George Valentin, uma das maiores estrelas do cinema mudo na Hollywood dos anos 20, que cai no esquecimento após o surgimento do cinema falado.

O cinema foi uma invenção do final do século XIX e multiplicou as possibilidades do erotismo artístico, antes limitado à pintura e gravuras. A imagem em movimento trouxe um realismo impensável ao erotismo. Em 1910, o cinema invadiu a América e a Europa. O primeiro símbolo sexual masculino do cinema foi Rodolfo Valentino (1895 - 1926). O Sheik, misterioso personagem vivido por ele, era adorado por uma geração inteira de mulheres, que suspiravam quando o viam na tela.

Ele tinha um olhar sedutor que parecia dizer: "Te amo, te desejo". Muitos homens americanos se julgavam sheiks e beijavam a mão de suas namoradas, imitando o personagem. Mas Valentino acabou sendo visto também como uma ameaça ao homem americano. Os que se sentiam ameaçados evitavam levar suas mulheres ao cinema nos filmes dele, porque elas ignoravam seus maridos ali ao lado e ficavam extasiadas com o ídolo.

Os jornais acusaram o astro de ser bissexual e macular o bom nome de macho americano. Rodolfo Valentino morreu de úlcera aos 31 anos. E essas críticas quanto à sua orientação sexual, numa época muito preconceituosa, não impediram o suicídio de várias mulheres americanas e nem impediu que muitas outras, no mundo inteiro, derramassem lágrimas copiosas. Mais de 30 mil fãs acompanharam o funeral. Hollywood, aproveitando a publicidade, fez seu esquife percorrer todo o país, muitas vezes.

Mas o suicídio pelos ídolos não era novidade. O livro "Os sofrimentos do jovem Werther", do escritor alemão Goethe, foi lançado no século XVIII e causou furor. No final, o jovem Werther, ao saber que sua amada Lotte preferiu outro, se suicida por amor com um tiro na cabeça. Toda uma geração de jovens adultos alemães, franceses e ingleses caiu numa "febre de Werther". Menos inofensivo do que copiar os sentimentos de Werther alguns leitores acharam que tinham de seguir o infeliz herói até o final, suicidando-se após a leitura.

Para tentar evitar atitudes radicais como estas, as edições seguintes vieram com a advertência: "Seja homem e não me siga".

REGINA NAVARRO LINS
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Por que não há do Dia Internacional do Homem?

Dia 08 de março é o Dia Internacional da Mulher. E várias amigas me pediram: “Escreve, escreve sobre nós!...” E muitas me deram pistas , dicas do que dizer. Uma delas se disse “perua inteligente” e me escreveu: “Antes, as mulheres eram escravas passivas, hoje somos ativas, mas continuamos escravas. Mesmo sendo frígidas, temos de insinuar grandes desempenho sexuais. Temos de prometer “funcionamento”. Não é por acaso que eles nos chamam de “aviões. É só olhar as revistas masculinas. O que está acontecendo no Brasil é a libertação da “mulher-objeto”. A publicidade é toda em cima de sexo.”
É verdade, penso eu: a bunda é a esperança de milhões de cinderelas. O corpo tem de dar lucro.
As mulheres querem ser disputadas, consumidas, como um bom eletrodoméstico. Ficam em acrobáticas posições ginecológicas para raspar os pêlos pubianos nos salões de beleza e, depois, saem felizes com apenas um canteirinho de cabelos, uns bigodinhos verticais que lembram o Hitler ou bigodinhos nordestinos. A liberdade de mercado produziu o mercado da “liberdade”.
Sempre me espanto com o “Dia da Mulher". O psicanalista Lacan disse que “A Mulher” não


existe, pois não há alguma coisa que as unifique. Eu nunca conheci A Mulher. Eu já amei e odiei “mulheres”. Então, por que esse título genérico? Existe a mulher de burca, a stripteaser, existe a freira, a bondosa, a malvada, existem Eva e Virgem Maria, existe histérica, a obsessiva. “A Mulher” é invenção dos machos.
Sempre que chega esse Dia Internacional, nós, machistas, elogiamos o lado “abstrato” das fêmeas, sua delicadeza, sua capacidade de perdão(sic), sua coragem, em textos de hipocrisia paternalista, como se falássemos de pobres, de crianças ou de vítimas. Claro que na História as mulheres foram e são oprimidas, estupradas na alma e no corpo.

Mas, não é como vítimas que devemos lamentá-las ou louvá-las. Sua importância é afirmativa, pois elas estão muito mais próximas que nós da realidade deste mundo aberto, sem futuro ou significado. Elas não caminham em busca de um “sentido” único, de um poder brutal. Não é que sejam “incompreensíveis”elas são mais complexas, imprevisíveis como a natureza. O homem se crê acima do mistério, mas as mulheres estão dentro. São impalpáveis como a realidade que o homem 'pensa' que controla. A mulher pensa por metáforas. O homem por metonímias. Entenderam? Claro que não. Digo melhor, a mulher compõe quadros mentais que se montam em um conjunto simbólico, como a arte. O homem que princípio, meio e fim.
A mulher não é um enigma. Nós é que somos, disfarçados de sólidos. Os homens são os óbvios, fálicos. A mulher não acredita em nosso amor. Quando tem certeza dele, para de nos amar. O homem só vira homem quando é corneado. A mulher não vira nada nunca. Nem nunca é corneada, pois está sempre se sentindo assim. Como no homossexualismo a lésbica não é veado.

A mulher precisa do homem impalpável. As mulheres têm uma queda pelo canalha (cartas indignadas para a redação). O canalha é mais amado que o bonzinho. Ela sofre com o canalha, mas isso a legitima, pois ela quer que o homem a entenda, e o canalha lhe dá um sentido claro com sua viril antipatia. As mulheres não sabem o que querem; o homem acha que sabe. A mulher é metafísica, o homem, é engenharia. A mulher deseja o impossível; desejar o impossível é sua grande beleza.
Elas ventam, chovem, sangram, elas têm inverno, verão, TPMs, raiam com a luz da manhã ou brilham à noite, elas derrubam homem com terremotos, elas nos fazem apaixonados porque nelas também buscamos um sentido que não chega jamais. Elas querem ser decifradas por nós, mas nunca acertamos no alvo, pois não há alvo, nem mosca.

Daí o Pânico que sentimos diante dessas forças da natureza, com nossas gravatas da cultura, daí o ódio que os primitivos cultivam contra elas, daí os boçais assassinos do Islã apedrejando-as até a morte. As mulheres são sempre várias. Isso não as faz traidoras; nós é que nos achamos “unos”. Só os autoconfiantes são traídos. Esta é uma das razões do sucesso das putas. O que buscamos nelas? Os homens pagam para que elas não existam, para que sejam úteis, sem vida interior. Pagamos a prostituta para que nos dê uma trégua, para que não nos confunda, não nos traia. Nós nos deixamos enganar, e ela finge que não nos engana. Ela nos despreza, claro, mas muitos preferem essa humilhação consentida em vez de um amor puro e perigoso. A prostituta só ama o cafetão porque ele a esbofeteia e lhe dá o alívio de se sentir injustiçada.

O único grande mistério talvez seja a divisão entre sexos. Por mais que queiramos, nunca chegaremos lá. Lá, onde? Lá na diferença radical onde mora o “o outro”. Há alguns exploradores: os veados, sapatões, travestis que mergulham nesse mar e voltam de mãos vazias, pois nunca saberemos que é aquele ser com útero, seios, vagina, aquele amor maternal, bom, terrível quando contrariado no ponto G da alma. Por outro lado, elas nunca saberão o que é um pênis pendurado, um bigodão, a porrada num jogo do Flamengo, um puteiro visitado de porre, nunca saberão do desamparo do macho em sua frágil grossura. Elas jamais saberão como somos. O amor é a tentativa de pular esse abismo. Eu sou hoje o que as mulheres fizeram comigo ou o que eu aprendi com elas, no amor ou no sofrimento. Eu descobri defeitos e qualidades que me formaram, como acidentes que me foram desfigurando. O que aprendi com elas? Não tenho ideia, mas sei que me mudaram. Eram como quebra-cabeças: ao tentar armá-los, eu achava que sabia tudo, mas entrava em novos labirintos. Com ela, loucas, sóbrias, boas, más, descobri que não tenho forma nem lógica e que sempre me faltará uma peça na charada.

(ARNALDO JABOR)
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O AMOR E SEUS MISTÉRIOS...



O amor e seus mistérios, o medo do desconhecido...
Andei pensando a respeito de todo sofrimento e drama que envolve a questão do amor, da paixão.
Temos noção que o amor é brando e a paixão impulsiva. Mas não temos a consciência disso, pois se tivéssemos saberíamos distingui- los e lidar com tais sentimentos que nos deixam a beira da loucura.

Se você pensa que esquecer um amor é difícil, eu já acho que amar é mais ainda. Porque é algo novo na nossa vida, que não conhecemos, temos medo da entrega, da receptividade, do que vai ser. Já no caso de esquecer, bom, você viveu sem aquela pessoa por muito tempo na sua vida e por causa dela tudo mudou, então chega a hora em que você tem que mudar, conhecer coisas novas, se dar uma chance. Vai ver aquilo não era tudo o que você queria, mas se acostumou, se apossou. O perigo é esse: o sentimento de posse.

Que faz você querer o que não quer mais.
Se o caso for de amor mesmo, reame, reapaixone, não dá pra amar sem se apaixonar. Mas saiba o que quer ou não saiba apenas viva o momento, mas que te faça bem, te deixe feliz, com vontade de quero mais.
Se entregue, não pense muito nos sentimentos porque eles surgem quando você menos espera, e quando vêm não tem hora certa pra acabar. Ame, ame muito, se apaixone, beije, cheire, ouça, brigue, mas se for de verdade fique, mesmo que o orgulho queira te levar, afinal o amor é só amar. Isso ninguém vai poder te ensinar, você tem que dar a cara a tapa e tentar senão nunca descobrirá.

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Autopsicografia




O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

(FERNANDO PESSOA)
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Se você ama duas pessoas ao mesmo tempo e tiver que escolher só uma delas escolha a segunda ...

"

Se você ama duas pessoas ao mesmo tempo e tiver que escolher só uma delas escolha a segunda , pois se realmente amasse a primeira não teria segunda opção!!!"
quarta-feira, 24 de abril de 2013 0 comentários

MUITO OBRIGADA!



Se eu tivesse aceitado as proposta absurdas do PCdoB  para que não levasse a frente minhas denúncias  eu agora estaria muito bem empregada e no minimo liderando alguma das inúmeras ONGs fantasma do partido. Porque no PCdoB se tira dinheiro de tudo, até de projeto de beneficiamento para presos. 
E no papel tudo funciona muito bem em sem qualquer licitação. não é atoa que o dirigente João Carlos de Carvalho( JCC) ironicamente chama essa forma de aquisição de dinheiro  fácil do governo de "conveniência e oportunidade" e protegido por seus coleguinhas de roubo diz;estou resguardado pela lei.

Está mesmo pela lei e pela tal de Beth que gosta de sustentar gigolô de quinta com o nosso dinheiro de cidadão. A mesma Beth da CREMERJ que declarou não só saber da prostituição a qual as mulheres sobre tudo as negras têm sido infligidas no PCdoB , como se declarou a favor. Não absurdo suficiente ainda afirmou: Minha queridinha isso é politica.

Bem, política para alguém sem qualquer escrúpulo como ela, não para mim.

Como essas declarações acabaram comprometendo o partido (PCdoB), que imediatamente acionou os advogados. foi exigido que a Senhora Beth retirasse os ABSURDOS postados tão expressivamente na minha página do Facebook, como muitos de vocês puderam acompanhar.

O que não impediu essa senhora Beth se vangloriando de ser rica dizer que eu poderia fazer quantas denúncias eu quisesse ao Ministério Público, pois João Carlos de Carvalho está muito bem blindado dentro do PCdoB.

Para derrubar o esquema o qual ele pertence seria necessário passar por cima dela, do Edison Silva, do Aldo Rabelo , dos Barretos e de alguns empresários do Rio de Janeiro e São Paulo... coisa que não era para gentinha como eu.

Não me intimidei e continuo denunciando o que realmente acontece dentro do PCdoB e curiosamente depois disso curiosamente as ameaças de morte a mim e a minha família se intensificaram. 

Obviamente tive e ainda tenho medo, por mim e por meus filhos e marido, mas a indignação por ter meu nome envolvido em tanta sujeira, o racismo e a desqualificação que eu e muitas outras mulheres temos sofrido até então caladas no PCdoB não me permitem calar.

Sei que se ainda estou viva devo e muito a meus amigos, a os repórteres,  blogueiros, e mesmos a alguns comunistas internacionais.Esses têm me oferecido todo o apoio possível, além de divulgarem e cobrarem providências quanto ao meu caso.

Com isso o escândalo político está estourando agora no colo do Aldo Rabelo (Ministro dos Esportes). E olha que muita gente soberba e prepotente como a senhora Beth falou que uma mulher pobre e negra como eu não conseguiria nada frente a os TUBARÕES do PCdoB.

A todos que tem me ajudado nessa batalha muito obrigada!




              Mucamas do PCdoB

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QUANDO A BOCA CALA...O CORPO GRITA!!!



QUANDO A BOCA CALA...O CORPO GRITA!!! 

Este alerta está colocado na porta de um... espaço terapêutico
A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma.
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.

O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.

As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a “criança interna” tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.
O câncer mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver.
E as dores caladas? Como falam em nosso corpo?
A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.
O caminho para a felicidade não é reto, existem curvas chamadas EQUÍVOCOS, existem semáforos chamados 


Amigos, luzes de precaução chamadas FAMÍLIA, e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada DECISÃO, um potente motor chamado AMOR, um bom seguro chamado FÉ, abundante combustível chamado PACIÊNCIA.
Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado DEUS, ou como O queiram chamar.

(Desconheço o Autor)





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terça-feira, 23 de abril de 2013 1 comentários

A TRISTEZA DOS ORIXÁS


“Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência uma verdadeira reflexão. Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás.

Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso. Yemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração: - Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? - ralhou Yemanjá, com aquele tom típico de contrariedade.

 - Desculpe, sabe, ando meio ocupado - Respondeu um triste Ogum. - Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste. - É, vim até aqui para “desabafar” com você “mãezinha”. Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a “espada da Lei” que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das “supostas” demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles… Estou cansado…

Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria vida por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não vinham em sua lança, à direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna. Não! Infelizmente ele era entendido como o “Orixá da Guerra”, um homem impiedoso que se utiliza de sua espada para resolver qualquer situação.

 E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer os trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram “quebras e cortes” de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muita das vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso se torna uma guerra de vaidade, um show “pirotécnico” de forças ocultas. Muita “espada”, muito “tridente”, muitas “armas”, pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava. Continuou Ogum: - Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade?

A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberba, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando–a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição. Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Iemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado…

Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulú apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não aguentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra ela. Magoava-se por sua falange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam ser tão temida e mal compreendida pelos homens. Ele também deixou sua Falange aos pés de Iemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo se via o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem-se disso.

Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir-se de suas vestimentas sagradas, além de as deixarem ao pé de Yemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito a Ogum e Omulú, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxóssi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Egunitá apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém se lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro. Um a um, todos foram despindo-se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás.

Yemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exú. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado pela Pomba-gira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam-se. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor! E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Yemanjá. Despiram–se de tudo. Exu e Pomba-gira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando-o a figura do Diabo: - Há, há, há, lamentável essa situação, há, há, há, lamentável! - Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá.

Yemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer: - Espere! - pensou Yemanjá - Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação. E logo Yemanjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou–se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também se despiu de sua roupa sagrada, pra igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:

- Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse, às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de “apenas” prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras “bases de luz” na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade
verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e nos buscam dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos.

Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir… Quando Oxalá calou-se os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos eram os que os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros se juntariam nesse ideal. E aquilo os alegrou tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade.

Em Aruanda, os caboclos, preto-velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás. Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem-aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram suas armas. Apenas sorriam e se abraçavam. O alto os abençoava…

Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pomba-giras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz. Miríades de espíritos foram retiradas do baixo-astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador.

E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou-se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as agrégaras de paz e luz deram-se as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás.

Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como “armas” para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem-se disso. E quanto a todos aqueles que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem-se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem-se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Os honrem. Sejam luz, assim como Eles! Axé ê o babá.”


Autoria Espiritual: Vovó Maria Conga
Transcritor: Humilde e desconhecido
Local: Algum terreiro da Bahia





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OGUM -EQUILÍBRIO (cultura afro)



Ogum é o Orixá guardião do ponto de força que mantêm o equilíbrio entre a Luz e as Trevas, entre o Positivo e o Negativo, a Paz e as Discórdias, por isso é chamado “O Senhor das Demandas” e é conhecido como Orixá da guerra.

"Ogum meu pai, que minhas palavras e pensamentos cheguem a Vós em forma de prece.
Que esta prece corra o mundo e chegue aos necessitados em forma de conforto a suas dores.
Que corra os quatro cantos da terra e chegue aos meus inimigos em forma de brado de advertência, pois sei que sendo seu filho e nada tenho a temer.

Ogum, Padroeiro dos Agricultores, fazei com que minhas ações sejam sempre férteis, como o trigo que cresce e alimenta a humanidade.
Ogum, Senhor das Estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, que eu seja sempre um fiel caminheiro seguidor de seu exército e que em minhas caminhadas só haja vitórias. Que, mesmo quando aparentemente derrotado, eu seja vitorioso, sendo Vosso filho conheço as batalhas, e sei que ao Seu lado a minha vitória será certa. 

Ogum, meu grande pai e protetor, fazei que meu dia de amanhã seja tão bom quanto o de ontem e hoje; que minhas estradas sejam sempre abertas; que eu trabalhe para que em meu jardim só hajam flores; que meus pensamentos sejam sempre bons e aquele que me procurar consiga sempre o remédio para seus males. Senhor dê luz aos meus inimigos, pois me perseguem porque vivem nas trevas. Pai livre-me das pragas, das doenças, da inveja, da mentira e da vaidade, que só me levam a destruição. 

Ogum Iê! Sarava Ogum!"

Toda proteção aos meus amigos.




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segunda-feira, 22 de abril de 2013 3 comentários

A EXISTÊNCIA PRECEDE A ESSÊNCIA




Quando pensamos num Deus criador, identificamo-no quase sempre como superior; e qualquer que seja a doutrina que consideremos, admitimos sempre que Deus sabe perfeitamente o que cria.

Assim, o conceito do homem, no espírito de Deus, é assimilável ao conceito de um corta-papel no espírito do industrial; e Deus produz o homem segundo técnicas e uma concepção, exatamente como o artífice fabrica um corta-papel segundo uma definição e uma técnica. Assim, o homem individual realiza um certo conceito que está na inteligência divina.

No século XVIII, para o ateísmo dos filósofos, suprime-se a noção de Deus, mas não a ideia de que a essência precede a existência. O homem possui uma natureza humana; esta natureza, que é o conceito humano, encontra-se em todos os homens, o que significa que cada homem é um exemplo particular de um conceito universal – o homem; para Kant resulta de universalidade que o homem da selva, o homem primitivo, como o burguês, estão adstritos à mesma definição e possuem as mesmas qualidades de base. Assim, pois, ainda aí, a essência do homem precede essa existência histórica que encontramos na natureza. (…)

O existencialismo ateu, que eu represento, é mais coerente. Declara ele que, se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana.

Que significará aqui o dizer-se que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para concebê-la.

O homem é, não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz. Tal é o primeiro princípio do existencialismo. É também a isso que se chama a subjetividade, e o que nos censuram sob este mesmo nome. Mas que queremos dizer nós com isso, senão que o homem tem uma dignidade maior do que uma pedra ou uma mesa? Porque o que nós queremos dizer é que o homem primeiro existe, ou seja, que o homem, antes de mais nada, é o que se lança para um futuro, e o que é consciente de se projetar no futuro. (…)

Mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é. Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de pôr todo homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade da sua existência. E, quando dizemos que o homem é responsável por si próprio, não queremos dizer que o homem é responsável pela sua restrita individualidade, mas que é responsável por todos os homens.

(JEAN PAUL SARTRE)



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sexta-feira, 19 de abril de 2013 0 comentários

A SOLIDÃO CRÔNICA


A solidão crônica interfere na qualidade do sono, 
causa fadiga e reduz a sensação de prazer


O ISOLAMENTO social aumenta o risco de morte tanto quanto o cigarro, e mais do que o sedentarismo ou a obesidade.
A relação entre vida solitária, doenças cardiovasculares, depressão e incidência de infecções foi demonstrada em mais de cem estudos epidemiológicos publicados a partir dos anos 1980. Esses estudos, no entanto, não explicam os mecanismos através dos quais o isolamento aumenta a mortalidade.

Nos últimos dez anos, os efeitos biológicos da solidão se tornaram mais conhecidos graças ao trabalho inovador de um grupo da Universidade de Chicago, dirigido por John Cacciopo.
Por meio de questionários para avaliar o grau de isolamento social dos participantes de testes psicológicos e de exames laboratoriais, o grupo de Chicago concluiu que embora episódios passageiros de solidão sejam inevitáveis e desprovidos de repercussões orgânicas relevantes, quando o isolamento persiste de forma crônica, suas consequências se tornam especialmente nocivas.

Algumas pessoas que vivem isoladas não se sentem solitárias, enquanto outras têm a sensação de estar sozinhas apesar da vida social intensa. A percepção subjetiva da solidão é mais importante para o bem-estar individual do que qualquer medida objetiva do número de interações sociais.
Numa escala criada para avaliar o grau de isolamento pessoal, aqueles com escore mais alto apresentam alterações bioquímicas sugestivas de que seus dias são conturbados. Neles, por exemplo, estão elevadas as concentrações urinárias de cortisol e epinefrina, moléculas associadas aos níveis de estresse.
Esse dado ajuda a explicar porque os solitários crônicos ficam estressados diante de situações que outros enfrentam com naturalidade, como falar em público ou conversar com desconhecidos.

Na evolução de nossa espécie, a ansiedade provocada pela solidão funcionou como sinal de alerta para que o indivíduo procurasse a proteção do grupo. Num mundo povoado por predadores, que chance de sobrevivência teria um animal fraco como nós perambulando sozinho?
Nesse sentido, o sofrimento que a solidão traz é faca de dois gumes: de um lado, colabora para a adaptação ao meio porque favorece o agrupamento; de outro, prejudica o organismo quando se torna crônico.
O grupo de Chicago investigou as repercussões imunológicas do isolamento prolongado. Nos solitários estão mais ativos os genes que promovem inflamação, enquanto aqueles envolvidos na resposta imune contra os vírus exibem atividade diminuída. Por essa razão, eles apresentam maior susceptibilidade às infecções virais (da gripe ao HIV) e à doença cardiovascular, enfermidade associada aos processos inflamatórios.

A solidão crônica interfere com a qualidade do sono, é causa de fadiga e reduz a sensação de prazer associada a atividades recreativas. Para agravar o isolamento, os já solitários tendem a reagir negativamente aos estímulos e a desenvolver impressões depreciativas a respeito das pessoas com as quais interagem.
A avaliação das funções cerebrais por meio de ressonância magnética funcional, mostra que a solidão crônica afeta o córtex pré-frontal, área localizada na parte da frente do cérebro, crucial para a tomada de decisões racionais, como as de planejar o melhor caminho para o trabalho ou a hora de ir ao banco.

O comprometimento do córtex pré-frontal ajuda a entender por que as pessoas que se sentem isoladas correm mais risco de comer mal, fumar, abusar do álcool, ganhar peso e levar vida sedentária.
Estudos com irmãos gêmeos revelam que a solidão crônica não depende exclusivamente das características do meio, mas apresenta aspectos hereditários. É como se existisse um "termostato genético" para a capacidade de lidar com a solidão, ajustado em níveis diferentes em cada um de nós.
Isso não quer dizer que nossos genes nos condenariam à vida solitária, mas que estão por trás da intensidade da dor sentida quando estamos sós.

Com o celular e a internet criamos possibilidades ilimitadas de interações sociais, num único dia podemos entrar em contato com um número de pessoas que nossos antepassados levariam anos para conhecer. Contraditoriamente, o contingente dos que se queixam da falta de alguém com quem compartilhar sentimentos íntimos aumenta em todos os países.

DRÁUZIO VARELLA





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APELIDOS




Minha tese é a seguinte: o que falta para qualquer relacionamento dar certo é o apelido. O homem e a mulher – ou o homem e o homem e a mulher e a mulher, ninguém aqui tem preconceito – devem providenciar apelidos um para o outro assim que o relacionamento der sinais de que vai ser sério. Não valem apelidos já existentes, de infância. Os dois devem se dar apelidos novos, só deles. Pichuchinha. Gongonzongo. Não importa que sejam
ridículos.

O apelido é uma forma de você tomar posse de outra pessoa. Dos dois anularem suas identidades anteriores e assumirem outras, só deles. Por isso a troca de apelidos entre namorados deveria ter a solenidade de um batizado, sem padre nem testemunhas. Deveria ser um sacramento secreto, um ritual particular de apropriação mútua, para toda a vida. Uma união só é indissolúvel com apelidos. O único amor verdadeiro é o amor com apelido.

– Sei não. Romeu e Julieta...

– Não tiveram tempo de ser “Ro” e “Juju”.

– O Duque e a Duquesa de Windsor?

– “Bobsky” e “Bubsky”. Li em algum lugar.

O importante é não esperar para se darem apelidos. Achar que com o tempo os apelidos virão. É um erro pensar que uma união feliz produz apelidos carinhosos. É o contrário: apelidos carinhosos produzem uniões felizes.

Claro, há sempre o perigo de um apelido entre casais ser usado para chantagem. Um homem chamado de

“Tiquinho” em segredo pela mulher jamais se separará dela com medo que ela espalhe o apelido e explique sua origem.

E há casos pungentes.

– Bem, posso lhe pedir um favor?

– Qual é?

– Em vez de “Chururuca”...

– Sim?

– Pode ser “Morenão”?

– “Morenão”?!

– Ninguém vai ficar sabendo.

– Mas você nem moreno é!

– Eu sei. Mas eu prefiro “Morenão”.

– Tá bem.

Ela passaria a chamá-lo de “Morenão” quando estivessem sozinhos. Mas com uma ressalva:

– Sem efeito retroativo.

LUIS FERNANDO VERISSIMO




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