2c6833b0-77e9-4a38-a9e6-8875b1bef33d diHITT - Notícias Sou Maluca Sim!: Denis Diderot (1713 - 1784)
segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Denis Diderot (1713 - 1784)



Sentenças:


- Podem exigir que eu busque a verdade, mas não que a encontre.

- Nenhum homem recebeu da natureza o direito de comandar os outros.

- O perigo está nas palavras, por isso me calo.

- Poetas, profetas e lentes servem para ver moscas como se fossem elefantes.

- Alguns morrem na escuridão porque não tiveram um teatro onde se apresentar.

- A natureza é um colosso com pés de argila.

- Os bons vivem em sociedade, os maus sozinhos.

- O poder conquistado com violência é usurpação.

- Uma hipótese não é um fato.

- Do fanatismo à barbárie a distância é só um passo.

- O filósofo nunca matou um sacerdote, mas o sacerdote matou muitos filósofos.

- O primeiro passo para ser filósofo é ser incrédulo.

- O trabalho encurta os dia e prolonga a vida.

- Engolimos de uma vez a mentira que nos adula e gota a gota a verdade que nos critica.

- Os médicos trabalham para conservar a saúde e os cozinheiros para destruí-la.

- É idiotice acreditar que algo é melhor porque tem mais clientes.

- A paixão destrói mais preconceitos do que a filosofia.

- A sabedoria é a ciência da felicidade.

- Se não duvidarmos de algo não podemos prová-lo.

Como outros pensadores iluministas Diderot acredita na razão pois é ela que tem a capacidade de duvidar das verdades estabelecidas. A filosofia, utilizando-se da razão, deve analisar os fatos e deles tirar verdadeiros conhecimentos, mesmo as verdades racionais da matemática devem tentar entender os fatos reais e explicar as experiências humanas.

Denis compara o mundo a um grande animal e coloca Deus como sendo a alma deste animal, diz que Deus é como uma aranha e o mundo é a teia por ele fabricado, e que é através dessa teia que Deus sente os movimentos do mundo, mas com uma certa distância. Esse mundo nasce e morre a todo momento em um movimento que não tem fim, o mundo está portanto continuamente no começo e no fim de si mesmo. Segundo suas palavras: "...tudo que existe se relaciona através da ação e da reação, tudo se destrói de uma forma para se reconstruir depois de uma forma diferente".

Diderot conclui ainda que o mundo é feito de diversos elementos de natureza diferente e que existem inúmeros desses elementos e cada um deles se distingue do outro por possuir uma força e um movimento próprio que não pode ser destruído, não tem fim, não muda e é inerente ao elemento.

Ainda sobre a relação entre Deus e o mundo Diderot afirma que o mundo não pode mais ser visto como um Deus, mas como uma enorme maquina que funciona com rodas, cordas, roldanas, pesos e molas. Essa máquina foi criada por uma inteligência superior e livre de defeito, que é Deus.

Grande polêmica em sua época foi a crítica que fez às religiões dizendo que elas tentam extinguir as paixões. É loucura uma pessoa tentar destruir suas paixões através da fé, tentar acabar com os desejos, com o amor e com os outros sentimentos é deixar de ser humano e se transformar em um monstro. Um ser humano equilibrado moralmente é um ser humano que tem suas paixões em harmonia e não um homem que não tem paixões.

São as grandes paixões que fazem os homens fazerem grandes coisas, grandes paixões produzem grandes homens, paixões modestas produzem homens comuns e um homem sem paixões é um homem medíocre. Reprimir as paixões pode destruir um ser humano com grandes capacidades.

Em suas crítica às religiões diz ainda que o milagre é um absurdo contra a natureza, duvida dos milagres de Cristo e diz que não acredita que um homem possa ressuscitar. Não acredita na sacralidade da Bíblia nem na infalibilidade da igreja, pois quem estabelece a divindade das escrituras é a igreja e a igreja obtêm seus fundamentos nessa mesma escritura. Para Diderot pensar que Deus não existe causa muito menos terror do que pensar que existe um Deus punitivo que quer controlar as paixões humanas.

Em seus escritos sobre estética Diderot apresenta a ideia de que a beleza é uma necessidade natural do ser humano, o belo inicialmente aparece no homem através da simetria e da ordem e a partir delas se desenvolve para outros ramos e outros aspectos. Essa necessidade de beleza nasce das experiências que os homens têm em sua vida e mesmo que Deus não existisse ela existiria.

A beleza é determinada pela relação que temos com os objetos e conforme relacionamos os objetos entre si, é essa relação que vai definir a beleza na música, na literatura, na moral, na natureza e na arte.

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