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sexta-feira, 28 de setembro de 2012 0 comentários

Overdose em campanha


Acredito que a campanha política tenha sido uma pressão que ele não estava preparado para enfrentar. Certa vez me conto que conseguiu passar algum tempo sem usar drogas chegando até a engordar, mas se fica nervoso não tem jeito... a fissura é maior.

Fazer acordo com a milícia não é brincadeira!

Nesse dia um rapaz branco e baixinho foi o responsável pela cobrança. Os dois se trancaram no escritório do comitê por pouco tempo. Ao saírem o rapaz permaneceu com a mesma expressão calma de quando entrou, mas João estava nitidamente nervoso. Não se preocupou em esconder de mim o pequeno frasco parecido com um dedal e se dirigiu para o banheiro do fundo do corredor.
Ali dificilmente alguém o incomodaria, pois esse banheiro era praticamente de uso exclusivo do João.

Não é preciso dizer que as necessidades feitas pó ele no banheiro não foram as fisiológicas, mas sim a o incontrolável vício.
O pior é que estando sobre o efeito de drogas João tornasse insuportável.
Distribuiu meia dúzia de ordens e trancou-se novamente no banheiro.

O resultado dessa aventura foi uma overdose, mas se alguém perguntar diga que ele é cardíaco e não dê mais satisfações.






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quarta-feira, 26 de setembro de 2012 1 comentários

Prostituição de luxo no PCdoB



Essa é a forma utilizada pelo PCdoB para evitar que as mulheres denunciem a prostituição de luxo e o preconceito racial e de classe que ocorre nesse partido. 


terça-feira, 25 de setembro de 2012 1 comentários

Mucamas do PCdoB



"Uma elite enriquecida no suga-suga das verbas públicas, não se conforma com nenhuma ascensão do negro na sociedade. Quer seja em empregos de maiores salários, na política ou nas universidades."


Não há medida para o meu aborrecimento com o PCdoB. Sou uma mulher negra e como a maioria da minha cor, conheço e sofro na pele com o preconceito á Brasil. Uma moda de preconceito camuflado e por tanto consentido o qual dificulta sua identificação e ainda mais as possibilidades de ser combatido.
Mas apesar de viver essa realidade não aceito e nunca aceitarei ser denegrida, desvalorizada por ser negra. Minha cor não me faz inferior a absolutamente ninguém.

Saibam os desavisados que a escravidão negra no Brasil foi abolida desde 1888, então, por que minha palavra, honra, dignidade para o PCdoB vale menos do que a de um homem branco?
Como na música da Vanessa da Mata canto com o peito inflado de orgulho: eu sou neguinha!
Sim, eu sou uma mulher negra. Mas não estou aqui para servir os apetites sexuais dos dirigentes e lideranças do PCdoB.

Sou negra sim, porém não sou cativa de nenhum senhor de engenho. Por tanto diferente do que me passaram as senhoras Mara Marciel e Claudia Vitalino na falsa comissão de controle, que deveria chamar de “comissão de controle a Jaqueline”, não tenho a intenção e menos ainda obrigação de me deitar com nenhum dirigente em troca de cargo público.

Sou negra, mas não sou mucama. 
Sou uma mulher livre. Quem decide com quem faço amor sou eu e não um partido político.
Ao denunciar a prostituição de luxo a qual nós mulheres, sobre tudo as negras, estamos sendo expostas no PCdoB, ouvi entre outras coisas, em tom de ameaça que eu deveria calar a boca porque isso é política e sempre será assim... Desde de então estou sendo constantemente ameaçada de morte.

O que mais dizer? 

"A elite faz do racismo o seu entretenimento".






domingo, 23 de setembro de 2012 0 comentários

Oração a Santa Barbara


Ó Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei com que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura.
Ficai sempre a meu lado para que eu possa enfrentar, de fronte erguida e rosto sereno, todas as tempestades e batalhas de minha vida: para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora e render Graças à Deus, criador do céu, da Terra, da Natureza; este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras.
Amém. Santa Bárbara rogai por nós.
sábado, 22 de setembro de 2012 0 comentários

Mulher Madura!




Cuidado com a carência ela pode te fazer enxergar amor, onde não têm. 

Bem, mais um aspecto do “homem” que o PCdoB apóia em desfavorecimento de uma mulher negra, pobre e com dois filhos!

A pergunta é: como alguém evidentemente tão incompetente possa assumir a direção do PCdoB e acumular descaradamente funções públicas?
A resposta é simples, aproveitando-se da carência de mulheres mais velhas.

João Carlos de Carvalho dirigente estadual do PCdoB, dirigente da CEPERJ, da ABEGÁS... Possui um vasto histórico de ser sustentado por mulheres. São essas senhoras que propiciam á este golpista conseguir destaque dentro do PCdoB e o acumulo de cargos que o geram muitos desvios de verbas públicas.

É triste a situação dessas mulheres, pois deveriam está se deleitando nos prazeres trazidos pela maturidade, já que possuem dinheiro, posição social, algo que muita gente almeja, porém elas não acreditam em si. Estão deixando de lado sua feminilidade, arma mais poderosa de uma mulher e entregando seus valores nas mãos de um escroque. E isso fica muito claro no fato delas se vêem obrigadas a sustentar esse gigolô.

Nada fácil dever ser sustentar malandro, principalmente sendo dependente químico, 
enquanto ele se deita com inúmeras outras mulheres e sem qualquer discrição. 

Definitivamente ele não mantém por essas damas o mínimo de respeito que deveria ter até mesmo por gratidão. João Carlos de Carvalho sai por ai dando uma de Don Juan chegando ao absurdo de cantar mulheres casadas descaradamente na presença de seus maridos.

Um paspalhão que em rodinha de bate-papo entre homens diz morrer de tesão pela enteada menor de idade, que viu nua diversas vezes.  E a mãe dessa jovem que está correndo perigo, consciente dessa situação o que fez ou faz em auxilio a filha? Nada porque tudo o que faz é em  nome do amor ao Joãozinho.

E daí o comentário geral: fulana é uma corna, “corno maxixe”.

Me enoja tudo isso!
Tenho muita pena dessas mulheres que se sujeitam a isso. Que carência é essa que acaba com o amor próprio?  







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sexta-feira, 21 de setembro de 2012 0 comentários

SENHOR COCAÍNA



 Senhor Cocaína da branca
Ai da negra que cruza o seu caminho
Senhor Cocaína
o tempo já lhe enruga a face
porém o moleque não amadurece.
Senhor Cocaína
inseguro com as mulheres
Dos filhos varridos para distante
Quem não paga as sua dividas, fantasma errante
Morte certa a espreitar.

Cara de caveira, olheira funda,
tremedeira do corpo
Durante o dia se repara.
Senhor Cocaína frustrado passa a noite teclando,
Senhor cocaína acordado a madrugada inteira.
Sem amor, sem dor, sem nada para ofertar
Senhor cocaína puxa mais uma carreira e
Molhado de urina acorda no sofá.

Senhor cocaína
se a mulher rica não o tivesse sustentado
Ou lhe aberto as portas,
O que seria? 
O seu futuro havendo o que será?
Talvez Senhor cocaína se visse obrigado a respeitar seus semelhantes
e não roubasse o pão da bocas dos pobres inocentes.
Mas Senhor Cocaína não conhece a moral que nasce da consciência de ser responsável por outro ser humano.

De bolso e barriga cheia
Senhor cocaína é apenas vazio.
Tudo faz sem nada temer.
Como uma barata se esconde sobre as asas de um partido que se diz vermelho
Inflado de membros da OAB.

Se o diabo profissão tivesse
Qual seria?
Todos sabem responder!
Tem muitos seguidores e favorecimentos,
posa de bom moço iluminado pelos holofotes.
O pai da mentira não é mero militante
 É dirigente adorável do PCdoB.




segunda-feira, 17 de setembro de 2012 0 comentários

MULHER DE 30 ANOS



A mulher é mais mulher aos 30 anos....

Uma mulher é muito mais mulher aos 30 anos. Eis o que quero dizer: tome a mesma moça aos 20 anos e aos 30. No segundo momento ela será talvez umas sete ou oito vezes mais interessante, mais sedutora, mais irresistível do que no primeiro.
Aos 30 anos, a mulher se conhece mais e é por isso muito mais autêntica, centrada, certeira - no trato consigo mesma e na relação com o seu homem. Aos 30, a mulher tem uma relação mais saudável com seu corpo. Aos 30, ela está muito mais interessada em absorver do mundo o que lhe parecer justo e útil, ignorar o que for feio e baixo astral e ser feliz o máximo que der. Se o seu homem não gostar dela do jeito que ela é, dane-se!! Uma mulher de 30 só quer quem a mereça.

Aos 30, ela sabe se vestir. Domina a arte de valorizar as partes do corpo que lhes são pontos fortes e de tornar discretas aquelas que não interessa tanto mostrar. Melhora muito a qualidade da sua escolha de sapatos e acessórios, tecidos e decotes, cores e combinações, maquiagem e corte de cabelos. A mulher de 30 só vai na boa. Gasta mais, porque tem mais dinheiro, mas, sobretudo, gasta melhor. Tem gestos mais delicados, posturas mais elegantes, é mais graciosa e temperada. O senso de propriedade e a noção de limites de uma mulher de 30 não têm termo de comparação com outra de 20. Aos 30 ela carrega um olhar muito mais matador - quando interessa matar. E que finge indiferença com muito mais competência - quando interessa repelir.

Aos 30, a mulher não é mais bobinha. Não que fique menos inconstante. Mulher que é mulher se pudesse não vestia duas vezes a mesma roupa nem acordava dois dias seguidos com o mesmo humor. Mas aos 30 ela já sabe lidar melhor com esse aspecto peculiar da sua condição feminina. E poupa - exceto quando não lhe interessa poupar - o seu homem desses altos e baixos hormonais que aos 20 a transformavam.

Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 30, tem pintas. Encantadoras, perfumadas trilhas de pintas. Que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos. (Sim: aos 20 a mulher é escolhida. Aos 30, é ela quem escolhe. Aos 20, ela é comida por alguém. Aos 30, é ela que decide para quem dar. Etc.) Com 20 ela eventualmente veste calcinhas que não lhe favorecem. E as pendura no registro do chuveiro. Aos 30, usa lingeries escolhidas a dedo. Que, sempre surpreendentes e com altíssimo poder de fogo, o seu homem nunca sabe de onde saíram. Aos 30, a mulher aprende a se perfumar na quantidade certa. E com a fragrância exata para a sua pele, para a temperatura do dia, para os tons da roupa que está usando. A mulher de 30, muito mais do que a de 20, cheira bem, dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome.

Aos 30, ela é mais natural, mais elegante, mais sábia, mais serena. Menos ansiosa, menos estabanada. Desenvolve um toque macio e quente, que sabe ser a um só tempo firme e suave. Fica tudo mais uterino, mais helênico, mais glamouroso, mais sexualmente arguto.
Aos 30, a mulher não faz mais experiências esdrúxulas. Quando ousa, no que quer que seja, costuma acertar em cheio.


No jogo com os homens, já aprendeu a esgrimir no contra-ataque, construindo seus xeques-mates em silêncio. Quando dá o bote, é para liquidar a fatura. Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra sua força na hora certa, de modo sutil. Não para exibir poder - mas exatamente para resolver tudo a seu favor antes de chegar ao ponto de precisar exibi-lo. Garante para si o que quer sem confrontos inúteis. E brinca com a sua pretensa fragilidade como uma ferramenta lúdica de prazer - seu e do seu homem. Sabiamente, goza de todas as prerrogativas da condição feminina sem ter que engolir nenhum sapo supostamente decorrente do fato de ser mulher.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012 0 comentários

Ter ou não Ter namorado(a), eis a questão.


Quem não tem namorada(o) é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorada(o) é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado(a) de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorada(o) mesmo é muito difícil.
Namorado(a) não precisa ser o mais bonito(a), mas ser aquele(a) a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele(a) a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele(a) não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado(a) não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo(a); mesmo assim pode não ter nenhum namorado(a). Não tem namorado(a) quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado(a) quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.

Não tem namorado(a) quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado(a) quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado(a) quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado(a), fazer compra junto. Não tem namorado(a) quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele(a); abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado(a) quem não redescobre a criança e a do amado(a) e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado(a) quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado(a). Não tem namorado(a) quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado(a) quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado(a) de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado(a) quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado(a) que confunde solidão com ficar sozinho(a) e em paz. Não tem namorado(a) quem não fala sozinho(a), não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo(a).
Se você não tem namorado(a) é porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado(a) é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.

(Arthur da Távola)
quinta-feira, 13 de setembro de 2012 0 comentários

POESIA AMOR FILOSOFIA



Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

(Fernando Pessoa)
quarta-feira, 12 de setembro de 2012 0 comentários

Leila não faria

Por: Fernanda Torres

Quando comecei, uma das motivações que levavam uma atriz a posar nua, além do cachê, era dar provas de ser uma mulher desejada, com coragem o suficiente para estar à frente de seu tempo. Heranças de Leila Diniz.

Os nus de hoje chocariam o mais avançado apreciador de então. Há 20 anos, close de rego e lábios, só nas impressões "hard-core". Leila não faria.

A mudança reduziu a presença das divas da ribalta nas páginas das revistas masculinas. Mais pudicas do que as profissionais do ramo, com raras e louváveis exceções, costumam produzir ensaios mornos, café com leite.

Com a explosão da indústria do sexo explícito, algo parecido ocorreu nas telas. A abertura de mercado para o novo gênero livrou o cinema da obrigação de causar ereções. A distância criada entre a arte e o varejo simplificou o dilema do ser ou não ser Leila Diniz.

Sempre achei que havia uma linha definida entre a mecânica pura do nheco-nheco e a riqueza pseudointelectual do "soft" pornô "made in Brazil". Mas, em um fim de domingo besta, zapeando na TV, encontrei, é claro, no Canal Brasil, um tesouro da arqueologia. O elo perdido entre a pornografia e a pornochanchada.

Mulheres desnudas riam endiabradas entre a folhagem de um jardim tropical; algumas bem à vontade, outras nem tanto. Lascivas, abandonavam a mata e atacavam um homem de cabelos fartos e barriga descomunal, também pelado, sentado à beira de uma fonte. Em uma bacanal angustiante, as possessas empurravam o mastodonte para a água, afogando-o entre guinchos e gargalhadas. Era um pesadelo de Carlos Imperial.

Ele, o gigante da fonte, viúvo devasso deflorador de virgens, se arrastava entre a perdição do sexo e a culpa pela esposa defunta. As diabas do além, enviadas pela morta, vinham arrastá-lo para o lado de lá.

Em meio à desesperada tormenta, o herói seguia seu destino de pecador, dissuadindo a velha tia a permanecer no andar de baixo, enquanto subia ao quarto para se deleitar com a sobrinha virgem.

Defendido pela pança bíblica, Imperial metia as fuças em uma xoxota peluda, comum na década de 70, mas pré-histórica para os padrões atuais. A cabeleira púbica, único obstáculo a proteger a mucosa íntima da indiscreta panorâmica, se confundia com as madeixas de Imperial. Sentada sobre a fronte do colega, a suposta donzela fingia gostar, mal escondendo a vontade de se ver livre da cena o mais depressa possível.

Foi chocante. O Imperial era um personagem da minha infância, eu não sabia que ele havia chegado a tanto. Na cavalgada final, a mal dublada falecida gritava sobre a montanha de banha: "Vem, Augusto, goza comigo!". Augusto obedecia e morria de amor.

Como peguei no meio, não entendi se o final era feliz ou triste. Se a fantasma arrastava o canalha para as chamas do inferno, ou se o filme era um elogio culpado ao amor conjugal. Não importa: o que impressionava era o arrojo sexual. A obra do Imperial é a fronteira final, o estertor da mistura da Boca do Lixo com o cinema cabeça. A quase pornografia.

Leila não faria.

Ganhei um livro do Roland Barthes chamado "Mitologias". Barthes abre os trabalhos com um capítulo sobre o tele-catch, que ele não chama de luta, mas de pantomima sobre a moral e a justiça. O filme do Imperial não deixa de ter a mesma ambição.

A barriga mole, a raiva leonina, a cafajestice brutal, o exagero: Carlos Imperial teria uma carreira brilhante como bufão dos ringues. A encarnação de escrotidão humana. Grande, assustador e despido sobre o colchão, debaixo da luz chapada, o tarado personifica a vitória da vilania da carne sobre o espírito.

Dali para a frente, só a fornicação assumida.

O julgamento do mensalão é um divisor de águas semelhante.

Diante das acusações de venda de voto, o caixa dois se apresenta como prova de idoneidade e inocência. O custoso marketing eleitoral empurrou a política para tamanha encruzilhada.

O Supremo enfrenta a mesma questão da comediante, a de conseguir separar o que é arte do que é exploração; no caso, o que é política do que é falta de decoro, ou crime. É preciso estar atento para o que Leila não faria.
 
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