2c6833b0-77e9-4a38-a9e6-8875b1bef33d diHITT - Notícias Sou Maluca Sim!: SENHORAS E SENHORES: Beto Guedes
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

SENHORAS E SENHORES: Beto Guedes


Beto Guedes
De Montes Claros, Minas Gerais, para o Mundo
[1951]
 Beto Guedes. Aniversário de um ano
de vida.


"Quando entrar setembro/ e a boa nova andar nos campos/
quero ver brotar o perdão/ onde a gente plantou/ juntos outra vez.

Já choramos muito/ muitos se perderam no caminho/ a lição/ sabemos de cor/ só nos resta aprender".

(Beto Guedes e Ronaldo Bastos)


Beto Guedes não nasceu em setembro, nasceu em agosto, exatamente no dia 13, do ano 1951.

Tantas canções, tantos chorões herdados de seu pai, tantos e tantos compositores amigos, letristas, a falar aqui de Ronaldo Bastos e Fernando Brant, primeiro parceiro amigo na composição de Feira Moderna, música classificada para V Festival Internacional da Canção. Não venceu com sua música, mas , ela, a música, venceu os anos por vir, sendo executada até os dias de hoje nas rádios, na voz do próprio Beto Guedes, com o arranjo original e por vários músicos e cantores da atualidade. Sua vida musical, o grupo (posso dizer assim) Som Imaginário, que na verdade, era um grupo de músicos, que encontravam, compunham e tocavam pra valer, tendo também como integrante, o saudoso Zé Rodrigues, o som perfeito de Nivaldo Ornellas, Wagner Tiso, amigos que hoje fazem parte do Grupo de pop rock "Roupa Nova", mais quem ia vindo para se juntar ao Som Imaginário. Eram uma família de idéias e sonhos.
                                                A Página do Relâmpago  Elétrico
                                                             O primeiro LP.


"Abre a folha do livro/ que eu lhe dou para guardar/ e desato o nó dos cinco sentidos/ para se soltar"

Assim começa a letra da faixa 1, do LP "A Página do Relâmpago Elétrico". Título e letra completamente inusitadas para época de 70, em pleno regime militar, apesar de Beto Guedes nunca ter escrito uma música que falasse diretamente ao regime, à ditadura, mas, nas entrelinhas, estava a folha do livro aberta para pessoas, gente, habitantes brasileiros com um pouquinho de inteligência de percepção. Soltar os sentidos nada mais é que, liberte-se primeiro dentro de si, logo em seguida, junto de seus amigos pensantes (Fernando Brant, por exemplo), para depois cantar aos quatro ventos sem que a burrice comandada viesse calar-te.

Filho de pai "Chorão", criado entre as músicas de prazer sem fim, Beto Guedes não quis apenas ficar em sua terra natal. Necessitava de mais, clamava em seu íntimo por mais, sem deixar de lembrar sempre, em toda a sua carreira, o berço responsável para sair e casa e vir para a capital mineira, Belo Horizonte, longe ainda de seus ideais; o eixo Rio / São Paulo, onde tudo acontecia.
















Porém, fez morada em Belo Horizonte, nos apartamentos do Edifício Maleta, conjunto habitacional no centro da capital mineira, que, por sorte de muitos viajantes do tempo, havia ali, na época, e, ainda há, a famosa "Cantina do Lucas", no térreo do famoso edifício, onde, intelectuais, poetas, sociólogos, músicos, compositores, escritores, elite, instrumentistas, malucos beleza de todos os cantos, se encontravam para descobrir o novo e fazer do novo, uma atitude, um projeto-sonho, verdadeiro de vida para cada um, sem exceções. Ninguém estava ali , como também o crunner Milton Nascimento, Nivaklo Ornelas, Lô Borges, Noveli, Ronaldo Bastos, Toninho Horta, Zé Rodriguez, Fernando Brant, Márcio Borges, Vermelho, Flávio,  toda uma turma de malucos do bem, somente pelo fato de encontrar alguém, e , sim, encontrar o caminho, a poesia, a música de acordes mirabolantes com sentido melódico perfeito, que acabaria virando o famoso Clube da Esquina, de todos, porém, não na cantina do amável Lucas, mas nas esquinas de tantas ruas de Belo Horizonte, Montes Claros meu segredo, Minas Gerais, meu Amor de Índio.

                                         Diante das câmeras. Minas, Rio de Janeiro e São Paulo.
                                                                       A consagração

Há canções e há momentos. Beto Guedes soma os, e, as em um nota só para o mundo das canções de amor, das canções de repensar, das canções de outrora, numa casinha de palha, naquela feira moderna, nos contos da lua vaga e porque não no Sal da Terra.

O LP - Beto Guedes - Sol de Primavera, fez de Beto Guedes e de todos que ouviram todas as suas canções até então, uma coisa só: Eis aí, eis aqui, Beto Guedes, admirado, respeitado, criticado pela sua voz única (faço saber que ele canta o que ele compõe) de bebé chorão, como chegou a declarar uma revista de grande circulação no país, a Veja: "O Bebé chorão que deu certo" , já falando deste LP, o Sol de Primavera.
Poucos (na revista veja, por exemplo) esquecem quando o cantor e compositor, coloca em sua música, verdades em forma de belas melodias, como a Canção do Novo Mundo que diz, para o mundo ouvir, como pode um simples canalha mata o rei em menos de um segundo.  Outra faceta nas canções de Beto Guedes, posso citar sua tristeza de saber, de ver, que em "agora eu sou uma estrela", na voz de Elis Regina, partir tão cedo, escrevendo em sua canção No Céu com Diamantes a frase dedicada dói, de tanto medir a distância, saber que não vou te tocar, além da lembrança...Te conhecer, foi saber o melhor...virou a nossa estrela no céu...voz de tal firmamento.










Beto Guedes hoje.

O menino de Montes Claros, filho de Godofredo Guedes, músico e compositor "chorão e seresteiro", veio para ganhar o mundo. Gravou com Zizi Posse, Milton Nascimento, Boca Livre, 14 Bis, MPB4, Paula Toller, Kid Abelha, Zé Renato, Tavinho Moura, Roupa Nova, isso, para citar alguns, da mesma maneira que os mesmos citados, gravaram Beto Guedes.

Todos fizeram de Beto Guedes, um amor de índio, onde tudo que move é sagrado e remove as montanhas com todo cuidado, meu amor. A "massa" que faz o pão, faz a luz do teu suor. E todos soaram as canções de Beto Guedes.

FONTE:  Marcelo Ponteio-http://www.marceloponteio.com.br/
*Fotos: Google.




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