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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Os sonhos e sacrificios de minha mãe se desfazem nas patas das hienas

















Para chegar ao valor necessário á compra foram feitos muitos sacrifícios: dobrou-se as horas de trabalho, todos os gastos passaram a ser milimetricamente controlados, restringindo até mesmo parte da alimentação.
Lembro que minha mãe gostava de comer um doce, um tipo de doce de leite, que chamavam de beijo da Xuxa sempre depois do almoço. Então, quase todas as tardes, lá ia eu para a birosca comprar o tal doce que ela tanto gostava. Bem, até esse pequeno luxo foi cortado pelo sacrifício de se conseguir dinheiro para a compra do terreno.
E como não era o suficiente, então, quando conseguiu o terreno que lhe agradou minha mãe teve a ousadia de vender até mesmo as maquinas de costura da sua pequena confecção de roupas. Vendeu as máquinas do seu ofício, as que lhe traziam o sustento e vendeu feliz dizendo que logo compraria outras e melhores.
Com isso, comprou um terreno enorme no bairro de Jacarepaguá, daria para fazer uma vila se assim desejasse.
De frente para a rua seria a garagem para 2 carros e a confecção, depois a piscina. No meio do terreno ficaria a casa com amplo salão na parte de cima e telhas coloniais, onde ela estenderia a rede para tirá um cochilo após o almoço. A parte de trás seria uma ária para churrasco e festas e quem sabe mais tarde a casa dos filhos, um espaço para os netos. Em ultimo caso poderia se construir outras casas, alugá-las e com isso garantir uma aposentadoria digna.
No sonho era perfeito, mas o terreno na sua maior parte era acidentado. Muito barro e mato alto era preciso trabalhar muito o lugar para transformar o sonho em realidade. Nunca vou me esquecer do capim navalha e dos calos feitos pela inchada em minhas mãos.
Não lembro o nome da proprietária anterior, mas era uma mulher gorda e feia, com direito a verrugas. Essa tinha sido cozinheira no bar do meu “padrasto” português.
Isso me faz lembrar algo que deixou minha mãe profundamente magoada na época e querendo arrancar a cabeça dessa mulher.
Meu irmão completou 18 anos e foi dada uma festa para comemorar, entre outras coisas minha mãe que estava em dificuldades financeiras comprou toda a cerveja para animar os beberrões , mas na hora meu irmão pediu para que ela não fosse a festa, pois era um evento apenas para jovens e ela não teria o que fazer ali.
Minha mãe me obrigou a ir a tal festa. Por sempre comprar a dores do outros eu não queria ir e deixá-la triste e sozinha em casa. Sem falar que meu irmão quando na presença dos amigos ficava se exibindo, tornavasse grosseiro, entre outras coisas desagradáveis que duvido ter mudado até hoje.
De fato a maioria dos presentes eram jovens, mas também tinham pessoas de idade e algumas superior a de minha mãe, a contar pelo próprio pai de meu irmão, que desfilava muito a vontade pelo salão.
Depois de algum tempo meu irmão me enxotou da festa, mesmo com alguns amigos dele pedindo para que me deixa-se ficar. Sem cerimônias fui embora.
A melhor coisa que fiz. Ainda no momento da minha presença a mulher que vendeu o terreno para minha mãe aproveitava para passar maliciosamente as mãos no meu irmão e em alguns outros jovens. Tudo no ritmo de brincadeira.
Segundo consta a lenda: no auge da festa essa mulher fez o desafio de que meu irmão tirasse a roupa e ela iria o pagando a medidas que as peças de roupa fossem sendo tiradas.
E como c* de bêbado não tem dono e sendo dinheiro linguagem peculiar ao meu irmão. Ele fez o strip, devidamente gravado e documentado.
Essa gracinha rendeu ao meu irmão a fama de michê entre os vizinhos. Passaram a dizer que por dinheiro ele encarava qualquer dragão. E as piadinhas ficaram cada vez mais pesadas, a ponto de falarem que ele estava envolvido com homens.
Então minha mãe exigiu ver a tal fita da festa. Conseguiu o vídeo da festa que ela sem condições pagou e não pode ir por veto do próprio filho. Percebeu a mentira, a falta de qualquer consideração e não o bastante, a mulher gorda se esfregando no filho e colocando dinheiro na cuequinha minúscula.
Minha família abafou a história o quanto pode.

Minha  mãe pagou o terreno a tal mulher do strip a vista.
Que malandramente pegou o dinheiro e sumiu, sem contar ou dá qualquer tipo de alerta a minha mãe sobre o fato de que os terrenos comprados naquela região, não poderiam ser vendidos sem a intervenção da “associação de moradores”, nesse momento representado pelo tráfico de drogas local.
CONTINUA...

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