2c6833b0-77e9-4a38-a9e6-8875b1bef33d diHITT - Notícias Sou Maluca Sim!
quarta-feira, 11 de setembro de 2013 2 comentários

APRENDI QUE DOAR...


"... Aprendi, outro dia que perdoar
é a junção de " per " com "doar". 

Doar é mais do que dar.
Doar é a entrega total do outro.
O prefixo "per" que tem várias acepções,
indica movimento no sentido "de"
ou em "direção" a ou "através"
ou "para" etimologicamente falando,
portanto, perdoar, quer dizer doar ao
outro a possibilidade de que ele possa amar,
possa doar-se.
Não apenas quem perdoa que se
"doa através do outro".
Perdoar implica abrir possibilidades de
amor para quem foi perdoado,
através da doação oferecida
por quem foi agravado.
Perdoar é a única forma de facilitar
ao outro a própria salvação. 

Doar é mais do que dar: é a entrega total ...

Perdoar é doar o amor,
é permitir que a pessoa objeto do perdão
possa também devolver um amor que,
até então, só negara ...

Artur da Távola
0 comentários

A VIDA...



















A vida é um longo e penoso processo de luta no qual o ser se aprimora pela dor ou mergulha na loucura da inciência ou do delírio maníaco. A força consiste na capacidade de enfrentar o que dói e aceitar viver, com a certeza de que toda dor é irrevogável embora passageira.

Arthur da Távola
terça-feira, 10 de setembro de 2013 7 comentários

NÓS É MULTIDÃO


Os casais costumam dividir o mundo em nós e eles. Basta uma semana de namoro para que esse forma perversa de cumplicidade comece a se manifestar. Nós somos inteligentes, bem informados, de bom gosto. Eles, ah meus deus, eles são um horror, mesmo quando são nossos amigos queridos.

Por razões que têm a ver com a política e a economia, a divisão do mundo entre nós e eles tornou-se muito mais profunda que a mera organização psicológica dos casais. Ela dominou a vida social. A maior parte de nós vive nos dias de hoje confinado ao universo do nós - eu e meus amigos, eu e minha garota, eu e minha família - e tem com o resto do mundo uma relação de ignorância ou hostilidade. São eles.

Aquilo que antigamente se chamava de vida privada tornou-se a única forma de existência. Vamos ao futebol ou aa balada, votamos a cada dois anos, mas vivemos a maior parte do tempo no interior da nossa bolha, onde experimentamos solitariamente as glórias e misérias do cotidiano. A vida pública, momento em que faríamos parte de algo maior do que nós mesmos, não existe. Ou quase.

Nesta semana, com as manifestações que tomaram as ruas das cidades brasileiras, houve uma espécie de renascimento. O coletivo e o geral atropelaram o particular. Milhares de pessoas deixaram seus problemas pessoais na gaveta e foram marchar por questões públicas, como cidadãos. Com esse pequeno gesto grandioso, revelaram ao país uma forma nobre e esquecida de felicidade, a de participar.

Quando nós viramos eles e eles viraram nós, foi possível perceber que não somos, afinal, tão diferentes. Com essa descoberta, o círculo de nossas relações se ampliou para incluir um número maior e mais heterogêneo de pessoas. Nosso universo se expandiu, nossa percepção enriqueceu, nos tornamos seres humanos mais interessaentes, e melhores. Além de mais poderosos. Ainda que momentaneamente.

Nos últimos anos - sejamos sinceros - andávamos obcecados por nossos problemas pessoais. Os amores. O trabalho. A família  Foi como se o resto não nos dissesse respeito. Ou estivesse fora do nosso alcance. Chegamos a duvidar que aquilo que acontece "lá fora", no mundo da política, fosse capaz de penetrar nossa redoma privada e nos afetar. Mas penetrou e afetou, não? A violência, a pobreza, a injustiça, a corrupção... Aquilo que impede a felicidade de todos de alguma forma atrapalha a felicidade de cada um de nós. Isso aprendemos.

Talvez possamos, então, recomeçar, agora de um jeito mais equilibrado.

Somos indivíduos, com nossos sentimentos e nossos problemas, mas também somos parte da multidão. Algumas respostas que buscamos sozinhos talvez possam ser encontradas na companhia de outros. A fraternidade baseada em valores, e não apenas em cerveja, pode aquecer os nossos corações. Talvez ela seja um contraponto a certa afetividade triste que se multiplica por aí, na forma de amores sem esperança. O que não falta na rua é esperança: muita angústia se perde na confusão das passeatas e nunca mais é encontrada; muita dor de cotovelo desaparece. O mundo coletivo oferece novas emoções. Por que não abraçá-las?

Da minha parte, tenho me lembrado, diariamente, de um verso de Carlos Drummond de Andrade em Canção Amiga: "Minha vida, nossas vidas, formam um só diamante". É isso. Como podemos nos dividir em nós e eles se fazemos parte de um todo eterno e cintilante?

IVAN MARTINS
quarta-feira, 4 de setembro de 2013 0 comentários

POVOAR A SOLIDÃO


A sua é de que tamanho? Difícil encontrar alguém que tenha uma solidão pequena, ajustada, do tipo baby look. Geralmente, a solidão é larga, esgarçada, como uma camiseta que poderia vestir outros corpos além do nosso. E costuma ser com outros corpos que se tenta combatê-la, mas combatê-la por quê?

Se nossa solidão pudesse ser visualizada, ela seria um vasto campo abandonado, um estádio de futebol numa segunda-feira de manhã. Dói, mas tem poesia. Talvez seja por aí que devamos reavaliá-la: no reconhecimento do que há de belo na sua amplitude.

A solidão não precisa ser aniquilada, ela só precisa de um sentido. Eu não saberia dizer que outra coisa mais benéfica há para isso do que livros. Uma biblioteca com mil volumes é um exército que não combate a solidão, mas a ela se alia.

A solidão costuma ser tratada como algo deslocado da realidade, como um tumor que invade um órgão vital. Ah, se todos os tumores pudessem ser curados com amigos. Uma pessoa que não fez amigos não teve pela sua vida nenhum respeito. Nossa solidão é nossa casa e necessita abrir horários de visita, hospedar, convidar para o almoço, cozinhar com afeto, revelar-se uma solidão anfitriã, que gosta de ouvir as histórias das solidões dos outros, já que todos possuem seus descampados.

A solidão não precisa se valer apenas do monólogo. Pode aprender a dialogar e deve exercitar isso também através da arte. Há sempre uma conversa silenciosa entre o ator no palco e o sujeito no escuro da platéia, entre o pintor em seu ateliê e o visitante do museu, entre o escritor e o seu leitor desconhecido. Ah, os livros, de novo. De todos os que preenchem nossa solidão, são os livros os mais anárquicos, os mais instigantes. Leia, e seu silêncio ganhará voz.

Às vezes, tratamos nosso isolamento com certa afetação. Acendemos um cigarro na penumbra da sala, botamos um disco dilacerante e aguardamos pelas lágrimas. Já fizemos essa cena num final de domingo - tem dia mais solitário? É comum que a gente entre na fantasia de que nossa solidão daria um filme noir, mas sem esquecer que ela continuará conosco amanhã e depois de amanhã, deixando de ser charmosa e nos acompanhando até o supermercado. Suporte-a com bom humor ou com mau humor, mas não a despreze.

Permita que sua solidão seja bem aproveitada, que ela não seja inútil. Não a cultive como uma doença, e sim como uma circunstância. Em vez de tentar expulsá-la, habite-a com espiritualidade, estética, memória, inspiração, percepções. Não será menos solidão, apenas uma solidão mais povoada. Quem não sabe povoar sua solidão, também não saberá ficar sozinho em meio a uma multidão, escreveu Baudelaire.

Ah, os livros, outra vez.

MARTHA MEDEIROS
terça-feira, 3 de setembro de 2013 1 comentários

A INVEJA DOS OUTROS


Na cultura do Facebook, o valor social de cada um
se confunde com a inveja que ele suscita


Anos atrás, decidi que, salvo necessidade absoluta, em voo internacional, eu não viajaria mais de classe econômica. Quando não posso pagar pela executiva, é simples: não viajo.

A passagem de executiva dá direito ao uso de uma sala de espera confortável, que no Brasil é chamada de sala VIP (sigla de "very important person", pessoa muito importante). Há um quê de idiota na ideia de que alguém se torne importante por pagar uma passagem mais cara que os outros.

Mas o que me interessa agora é o fato de que os passageiros de classe executiva, confortavelmente instalados na sala VIP, poderiam esperar até o fim do embarque da classe econômica; aí eles iriam ao portão já esvaziado e subiriam no avião.

Não é o que acontece. Convidados a embarcar antes dos outros, eles entram no avião sob o olhar dos passageiros de classe econômica e ocupam seus assentos espaçosos, situados na parte da frente da aeronave, de forma que os passageiros de econômica, a caminho de suas poltronas-suplício, são obrigados a contemplar o privilégio dos que já estão instalados na executiva.

Por que essa irracionalidade? É que o passageiro de executiva não compra apenas um tratamento mais humano e um espaço compatível com as formas médias de um corpo: ele compra também a experiência (desejável, aparentemente) de ser objeto da inveja dos outros.

Numa recente viagem à Europa, eu já estava instalado na executiva, tomando suco e lendo um livro quando uma senhora chinesa, a caminho de seu lugar na econômica, passou do meu lado e espirrou molhada e barulhentamente em cima da minha cabeça. Por sorte, não era época de gripe aviária. Mas é isto: a inveja é uma mistura de idealização, amor e ódio.

Circulando de madrugada, passo pela entrada de uma balada. Há uma longa fila de espera, há seguranças imponentes e há uma "hostess" que escolhe quem pode entrar. Em Nova York, entram até desconhecidos, se forem bizarros, interessantes e decorativos. Em São Paulo, parece que a lista de clientes VIPs é soberana. Os outros esperam noite adentro, tentando ganhar a simpatia da "hostess". Vale a pena? O que acontecerá se eles forem admitidos? Pois é, será uma noite sensacional: eles tirarão fotos que postarão no Facebook e no Instagram.

Em geral, com as fotos, eles esperam receber a mesma inveja que eles destinam aos VIPs: por isso, exibirão poses parecidas com o que eles imaginam que os VIPs (os que entraram na balada há tempos) fazem quando se divertem (loucamente).

E o que fazem os VIPs? Pois é, essa é a parte mais estranha: os VIPs imitam as poses dos que os invejam e imitam, pois, eles constatam, essas são as poses que mais suscitam inveja.

De fato, na balada, muitos, VIPs e mortais comuns, apenas esperam a ressaca de amanhã. Mas, no círculo vicioso da inveja, a experiência efetiva é irrelevante; não é com tal ou tal outra vida e história concretas que se sonha: sonha-se ser o que os outros sonham.

A inveja é, por assim dizer, uma emoção abstrata: o privilégio não precisa dar acesso a uma fruição especial da vida (sensual ou espiritual, tanto faz), ele só precisa suscitar inveja. Ou seja, privilégio não é o que faço ou o que acontece de extraordinário em minha vida, mas o olhar invejoso dos outros.

Nesse mundo, em que a inveja é um regulador social, as aparências são decisivas porque elas comandam a inveja dos outros. Por exemplo, o que conta não é "ser feliz", mas parecer invejavelmente feliz.

Nesse mundo, o ter é mais importante do que o ser apenas porque, à diferença do ser, o ter pode ser mostrado facilmente. É simples mostrar o brilho de roupas e bugiganga aos olhos dos invejosos. Complicado seria lhes mostrar vestígios de vida interior e pedir que nos invejem por isso.

O Facebook é o instrumento perfeito para um mundo em que a inveja é um regulador social. Nele, quase todos mentem, mas circula uma verdade de nossa cultura: o valor social de cada um se confunde com a inveja que ele consegue suscitar.

Comecei a escrever essa coluna depois de assistir a "Bling Ring: A Gangue de Hollywood", de Sofia Coppola (uma tradução por "Bling Ring" seria "A Turma do Deslumbre"). A não ser que outro tema se imponha com força, voltarei a falar sobre o filme. Mas digo já: saí do cinema muito feliz por não ter levado nenhum adolescente comigo (respeitando a indicação para acima de 16 anos).

CONTARDO CALLIGARIS
0 comentários

NEGROS


Negros que escravizam
e vendem negros na África
não são meus irmãos.
Negros senhores na América
a serviço do capital
não são meus irmãos.
Negros opressores,
em qualquer parte do mundo,
não são meus irmãos.
Só os negros oprimidos,
escravizados,
em luta por liberdade,
são meus irmãos.
Para estes, tenho um poema
grande como o Nilo.

(Solano Trindade)
0 comentários

OS TRÊS RATOS SONHO


Diversos sonhos, diversos alertas e eu sobrevivendo tentando fingir que o mundo é azul. 

Em um dos últimos sonhos eu estava caminhado com minha mãe na rua, ela esta me levando para algum lugar. Chegamos diante de um paredão branco e ela apontado dizia: olha Jaqueline.

Eu só via parede e mais uma vez ela apontou. 
Olhei para o chão e vi três ratazanas emboladas uma nas outras. Elas pareciam querer se esconder da luz. 

- está vendo minha filha? são três ratazanas. 

Pois bem, por coincidência ou não estou tendo problemas com três familiares para fazer valer os meus direitos de herdeira. Entre eles a minha avó que eu pensei que nem fosse interferir nisso, mas...

Meu irmão e o ultimo ex marido da minha mãe se intitularam donos de todos os pertences da minha mãe. Colocaram uma das casas do terreno( a mais cara) para vender sem me comunicar ou tentar qualquer acordo enquanto afirmam que as outras casa minha mãe passou em vida para terceiros e por isso eu não tenho direito a nada, mas sem apresentarem qualquer documentação.

Pertences como móveis, aparelhos eletrônicos, roupas eles alegam ter dado tudo para a caridade. 
E foi para a caridade mesmo... televisão na sala de um, geladeira na cozinha de outro e por ai vai. 
Conta bancária tudo mexido

sem me comunicar e para eles está tudo bem. 

Misteriosamente meu irmão passou a ser um homem bem sucedido. Com apartamento próprio, terreno em Angra dos Reis, carro novo tração 4x4 e por ai vai...







NOS SONHOS MINHA MÃE ME APONTA RATOS ENQUANTO AQUI MINHA FAMÍLIA ME COLOCA EM RATOEIRA.
0 comentários

O RATO O SONHO

Talvez seja apenas projeção do meu subconsciente, mas para mim sonho é algo inesplicável, quando sonhado por mim ainda mais. No entanto tenho ficado impresionada como os sonhos com a minha mãe tem de alguma forma encontrado sentido no meu dia a dia. 

Fofoquinhas e entrigas famíliares são coisas que se perpertuam sem solução plausíve. Por isso não gosto de perder meu tempo me aborrecendo com a família e ao menor sinal de fumaça me afasto. E foi o que fiz depois do sonho da cobra refastelada no sofá até que minha mãe voltou a aparecer com insistencia nos meus sonhos. 

Dessa vez estavamos e um um pequeno comodo de telhado baixo amultuado de cortes de tecido para serem costurados e eu tentando ajuda-la a organizar os recortes em sacos pláticos. Um pequeno muro de tijolos cru separava o comodo de um corredor. Obcervei que algo se mechia ali. Cheguei mais perto para vê. Era uma ratazana preta tentando se esconder entre os tijolos quebrados. 

Eu alertei a minha mãe sobre a presença do rato, mas ela não se incomodou. Disse que ali o que mais tinha era ratos. 

Preferi não atribuir importância a esse sonho, mas não adiantou pois continuei sonhando com a minha mãe. 
segunda-feira, 2 de setembro de 2013 0 comentários

COBRA AMARELA / SONHO

Estava tudo muito errado, mas eu não estava disposta a me aborrecer ainda mais e eu ainda mantenho o conceito de não responder a minha avó e esse tipo de coisa e do jeito que ela falou comigo eu ia acabar falando algumas coisas que vem sendo guardadas a anos em um bau empoeirado.

Mas depois de algum tempo tive um outro sonho que me deixou impressionada mesmo não tendo a presença da minha mãe.

Sonhei que estava na antiga casa da minha avó e que eu queria passar da varanda para a cozinha, mas no chão tinha uma cobra amarela no caminho. Como eu nunca tive medo de cobra no sonho eu me agachava para apanhar a cobra pela cabeça e tira-la do caminho. A pesar de ter agarrado a danada pela caça eu senti uma fisgada muito forte na parte de cima da minha mão e o sangue escorrendo. E eu olhava para a cobra e me perguntava como ela tinha conseguido me morder se eu a segurava pela cabeça. Para piorar a situação quando eu olhava de novo para a cobra ela era de plástico. Não era real.
De qualquer forma, apanhei a bicha e coloquei no quintal de onde ela sumiu rapidamente da minha vista e sem deixar rastro.

Minha avo estava com um avental branco embaixo da goiabeira e me perguntava raivosa:
- Jaqueline onde está a cobra?
- Não sei vó, ela me mordeu.Eu a coloquei aqui no quintal, mas não sei onde está.

E minha avó queria que eu desse conta da cobra de qualquer jeito como se fosse eu quem tivesse feito algum mal.

quando entrei na casa a cobra estava refastelada comodamente encima do sofá e minha vó diante da minha surpresa disse:
- foi eu que coloquei ela ai.

Três dias depois passei por situação bem parecida. Meu irmão sentindo-se seguro por ter conseguido um bom dinheiro por meio de acordo com ex marido da minha mãe não tinha mais a necessidade me me tratar bem. Praticamente do nada me colocou a baixo de cachorro. Disse que eu era uma passa fome, que meus filhos eram um piolhentos, favelados, que eu não ia receber nada porque a herança era dele.
Quando falei que iria entrar na justiça ele me ameaçou dizendo que ia encher a minha cara de tiros.
Como meu irmão é DESIPE e só anda armado o negócio foi engolir o sapo e ainda ouvir minha avó dizendo na minha cara que eu não presto, pois meu irmão é um menino muito bom. E que deus iria me castigar por não dá valor.
Quando eu tentava argumentar o que ele tinha feito (o indefensável) ela disse, mas isso ´coisa de irmão.
Se eu por alguma razão contrariar as ordens da minha avó deu vai me castigar, mas se meu irmão diz que vai encher minha cara de tiro por causa de dinheiro de herança ai é coisa de irmão.
Eu sempre amei tato minha avó e meu irmão e isso é muita decepção, mas não é o inesperado.
0 comentários

REGADOR O SONHO


Quando viva eu quase não sonhava com a minha mãe, mas depois da morte ela tem sido presença contante em meus sonhos e sempre com algum alerta o que me causa muita estranheza, já que nunca foi minha amiga. 

sonhei que estava muito cansada subindo com meu marido a estrada do lugar onde ela morava quando era viva.No meio do caminho eu a encontrei vestida com uma camisa de malha rosa e uma bota branca igual a dos açougueiros. Eu ia passar direto para não ter qualquer pertubação nem para ela, nem para mim, mas ela parou de regar as plantas e me chamou como um grito.

Então disse: 
- minha filha eu deixei uma coisa para você e as crianças lá na casa da sua vò você buscou? 

- Não, não busquei nada. Não estou sabendo de nada. 

_ Como não buscou Jaqueline? Eu deixei na casa da sua avó. Era para você ter apanhado ontem, agora quando você chegar não vai ter mais nada. Sua avó e seu irmão já devem ter acabado com tudo. Corre minha filha o que você está esperando vai lá buscar enquanto ainda te sobra alguma coisa.  

Fiquei pensando sobrar o que? No meu sonho continuei andando pela estrada com o meu marido e logo acordei.


Eu sei que minha mãe deixou herança, mas essas coisas são muito complicadas. Eu não queria saber disso, mas na noite seguinte tive outro sonho similar com ela brigando comigo  e dizendo que eu tinha pegar alguma coisa com a minha avó. 

Pois bem, liguei para a minha avó que me contou mil ladainhas e quando perguntei sobre as casas da minha mãe ela respondeu que minha mãe doou todo o restante do terreno sobrando apenas a casa de frente para a rua a qual meu irmão colocou para a  venda. 

Perguntei:
Mas vó, meu irmão colocou a casa a venda sem falar comigo antes? E a minha parte? Pela lei eu também sou herdeira. 

- Minha filha disso eu não sei, mas seu irmão é um homem muito bom e assim que a casa for vendida vai escolher uma quantia que vai ser depositada em uma conta para  os meninos(meus filhos).

Mas vó eu acho que não é assim. Se eu sou a herdeira o dinheiro tem que vir para a minha conta e não uma conta para duas crianças e não é o meu irmão que tem de determinar a quantia, não é assim. Sinceramente acho que ele nem pode por a venda algo que não é só dele. 

Minha avó ficou enfurecida. 

- Saiba que seu irmão é um ótimo menino, tem o coração muito bom...

QUER DIZER É ISSO QUE MINHA MÃE QUERIA QUE EU VISSE? ERA ESSA A
VONTADE DELA? Eu estou igual ao Caqui do desenho do Fudencio: Só me F... nessa merda. 
 
;