
“Dez passos da alimentação saudável “ para adolescentes

A DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
A combinação entre internet, boa vontade e senso de democratização cultural rendeu recentemente mais uma boa notícia para historiadores culturais e apaixonados por leitura.
dAlembert (1717 - 1783)

- A guerra é a arte de destruir e a política de enganar os homens.
- Mais afortunado é o mendigo são do que o rei doente.
- Nada é mais incontestável do que a existência das nossas sensações.
- As grandes coisas são produzidas pela liberdade de pensar e agir.
Jean Baptiste dAlembert acreditava que nossa razão não deve se separar dos acontecimentos. A ciência e a filosofia devem se ater aos fatos e às conclusões que deles podemos tirar, um argumento que não for deduzido dos eventos a que se relaciona não é um argumento válido.
Pensava ainda que existem dois tipos de conhecimento, os diretos e os reflexos. Os conhecimentos diretos são o resultado imediato das nossas sensações e os conhecimentos reflexos são o resultado do nosso processo de entendimento racional dos conhecimentos diretos. A nossa consciência, ao refletir sobre nossas experiências através de combinações e uniões cria as ideias, que são, portanto resultado direto da razão.
Nosso conhecimento tem origem nas ideias, que por sua vez se originam das sensações e isso é constatado pela nossa experiência de vida. Essas sensações fundamentam também as ciências, que na física chamamos de fenômeno, na geometria extensão, na mecânica ação e a reação. A filosofia deve também seguir os fatos e abandonar de vez as concepções abstratas, se a filosofia não tomar por base os fatos ela se torna uma mera ilusão. Uma filosofia que busca ainda fundamentar um sistema é uma filosofia obsoleta.
A filosofia tem que admirar nos filósofos antigos o mesmo que pode ser admirado nos filósofos modernos. Os filósofos que buscam argumentos em hipóteses metafísicas perdem seu tempo.
Sobre a religião dAlembert é deísta, ou seja, admite a existência de Deus mas nega a prerrogativa de que as igreja O representam. Foi Deus que criou o universo utilizando leis imutáveis e nós poderemos compreender melhor a existência divina utilizando a razão para entender suas leis.
A religião não é o fundamento da moral, pois a moral aparece no mundo quando são criadas as sociedades e não quando são concebidas as religiões. A moral surge quando percebemos que temos deveres com os nossos semelhantes e isso acontece quando passamos a viver em sociedade.
Vivemos em sociedade porque temos a necessidade de nos comunicar, temos a necessidade de demonstrar e difundir nossas ideias e essa necessidade surgiu quando criamos a linguagem. A moral é um resultado da vivência social que foi possibilitada pelo surgimento da linguagem, as religiões surgem depois.
Existem três modos de pensamento: A memória, que é onde guardamos os conhecimentos, a razão que é a reflexão sobre os conhecimentos e a imaginação que trabalha com a imitação e criação desses conhecimentos. A memória fundamenta a história, a razão fundamenta a filosofia e a imaginação é o fundamento da arte.
29 COISAS QUE OS HOMENS ADORARIAM QUE AS MULHERES SOUBESSEM

Ditadura Militar no Chile

Passados os conflitos da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o Chile viveu um período de expressivo desenvolvimento econômico calcado na exportação de minérios e o desenvolvimento do parque industrial. Em meio a esse processo de modernização econômica, diversas empresas estrangeiras aproveitaram do bom momento do país para lucrar com a exploração de suas riquezas. Entre outros interessados, destacamos o papel exercido pelos Estados Unidos no interior da economia daquele país.
Chegada a década de 1960, a vida política do Chile se agitava com a consolidação de partidos políticos que discutiam os projetos que resolveriam as mazelas sociais que atingiam boa parte da população. Em linhas gerais, os movimentos de mudança se dividiam entre aqueles que apoiavam uma revolução aos moldes da experiência cubana e aqueles que defendiam a utilização das vias democrático-partidárias e das reformas políticas como instrumento de transformação.
Nesse mesmo período, o governo de Eduardo Frei chegou à presidência do Chile com um frágil conjunto de reformas que não alcançou os objetivos esperados. Dessa maneira, comunistas e socialistas se mobilizaram em torno da Unidade Popular, partido que acabou elegendo o presidente Salvador Allende. Após décadas de luta e mobilização, os setores de esquerda conseguiram se organizar e eleger uma figura comprometida com as lutas populares da nação.
Entre suas primeiras medidas no poder, Allende preferiu seguir uma política independente em relação aos Estados Unidos e defendeu a nacionalização das empresas norte-americanas que se encontravam no país. Imediatamente, setores políticos conservadores e as próprias autoridades estadunidenses passaram a ver com receio as propostas do novo presidente. Além disso, o governo de Allende teve que enfrentar uma crise do cobre no mercado internacional, que, na época, representava uma boa parcela da economia chilena.
A diminuição dos preços do cobre acarretou em uma elevação no preço dos alimentos mediante a forte dependência da economia chilena em relação a seus recursos minerais. Aproveitando da situação desfavorável, os EUA e os conservadores chilenos instigaram a organização de manifestações contrárias ao governo Salvador Allende.

Em pouco tempo, um grupo de militares golpistas se formou com o objetivo de dar fim ao domínio dos socialistas.
Em setembro de 1973, as Forças Armadas do Chile – com expressivo apoio dos Estados Unidos – organizaram um golpe que pretendiam depor o presidente Salvador Allende. Resistindo até o ultimo momento, o presidente preferiu atentar contra a própria vida quando o grupo de militares promoveu a invasão do Palácio La Moneda. Com a morte do presidente Allende, uma junta militar liderada por Augusto Pinochet estabeleceu uma rígida ditadura militar dentro do Chile.
Seu governo ficou marcado como um dos mais violentos regimes ditatoriais latino-americanos. Dados indicam que cerda de 60 mil pessoas foram mortas ou desapareceram, e 200 mil abandonaram o país durante o período em que Pinochet esteve no poder. Apenas no final da década de 1980, as pressões políticas internacionais e internas passaram a desestabilizar a ditadura chilena. Em 1988, um plebiscito previsto na Constituição negou a renovação do mandato de Pinochet.
No ano seguinte, novas eleições presidenciais colocaram Patrício Aylwin Azocar, da frente política oposicionista, popularmente conhecida como “Concentración”, no poder. A partir de então, o Chile viveu um processo de redemocratização marcado pela denúncia e punição dos militares envolvidos com crimes políticos. Entretanto, Pinochet continuava no poder como chefe do Exército, cargo deixado em 1998 quando o mesmo assumiu o posto de senador vitalício.
Naquele mesmo ano, em uma missão diplomática na Inglaterra, Augusto Pinochet teve sua prisão decretada pelo juiz espanhol Baltasar Garzón. O pedido foi acatado pelas autoridades britânicas, mas, quinze meses depois, a prisão do ex-ditador conseguiu ser burlada com um pedido de licença médica. Voltando ao Chile, um forte movimento se organizou em favor do julgamento dos crimes políticos atribuídos ao antigo representante da ditadura chilena.
No ano de 2002, as autoridades judiciais chilenas decidiram arquivar o processo contra Pinochet, alegando o avançado estado de suas debilidades físicas. Pouco tempo depois, o ex-general de 86 anos de idade renunciou a seu cargo saindo finalmente da vida pública. Em 2004, novas denúncias indicavam a existência de contas secretas multimilionárias onde o ex-ditador acumulava os recursos provenientes das nações que apoiaram o golpe e outras transações ilegais. No final de 2006, Pinochet faleceu sem nunca ser efetivamente condenado pelos crimes que cometeu.
Por Rainer Sousa

A ditadura militar infelizmente está longe de ser um acontecimento exclusivo do Brasil, a partir da década de 60 o populismo e a ditadura militar passam a ser um fenômeno muito presente em toda América latina.
E é isso que nos mostra o filme MACHUCA, situando-se no momento do golpe militar chileno, sofrido pelo presidente socialista Salvador Allende.
Nesse filme fica muito claro o acirramento das lutas de classes.
De um lado ocorriam passeatas organizadas pela esquerda – com intensa participação de trabalhadores e estudantes. Do outro, passeatas contra o presidente eleito, lideradas pela direita nacionalista e anti-comunista.
O filme tem carater esquerdista e salienta uma falsa moralidade da classe média, porém não trata apenas de assuntos políticos. MACHUCA também nos delicia com um precoce romance entre seus personagens principais.
A grande magia de MACHUCA está em poder enxergar os acontecimentos políticos a partir da ótica de um menino.
Direção: Andrés Wood
Genero: Drama
Lançamento: 2004
Duração: 120 min
Sinopse:
Machuca é o sobrenome do menino Pedro (Ariel Mateluna), recém chegado a uma escola elitizada. O problema é que Pedro é pobre e vive numa favela de Santiago do Chile, o que lhe traz inúmeros problemas de relacionamento nessa escola particular. A rejeição e as gozações quanto a ele e seus colegas são freqüentes e isso provoca reações diversas que vão desde a indiferença até a agressão.
Nem tudo é, porém, adverso nesse novo mundo ao qual foi introduzido o garoto pobre das favelas chilenas. A entrada nessa escola faz com que ele conheça Gonzalo Infante (Matias Quer), membro de família abastada (abalada por relacionamentos em decomposição), alienado das questões políticas que fazem seu país ferver, mas fundamentalmente uma boa alma.
O encontro dos dois meninos representa muito mais do que simplesmente uma nova amizade que está se consolidando. Trata-se de um retrato do próprio Chile daquela época, cindido entre socialistas e capitalistas que querem fazer com que a nação se renda a seus ideais nem que seja nos brados emanados pelas turbas que fazem constantes marchas e passeatas pelas principais avenidas da capital do país.
Ao se conhecerem, Pedro e Gonzalo passam a perambular por universos que até aquele momento eram desconhecidos para eles. Machuca é levado a casa de seu novo amigo e percebe a comodidade e os prazeres de uma vida burguesa, apesar das restrições que o regime impõe aos membros da elite chilena. Gonzalo, por sua vez, vai com sua bicicleta aos bairros paupérrimos da periferia de Santiago e descobre a esperança ao lado de casas sem água encanada, eletricidade ou rede de esgotos.
Se não bastasse esse choque de realidades, os dois ainda acabam indo às ruas da capital para ajudar a jovem Silvana (Mariana Martelli), que os leva as passeatas políticas para vender bandeirinhas do país ou das facções ali representadas. Esses momentos de suas histórias de vida são essenciais para que todos esses adolescentes se percebam como membros de uma nação e de seus dilemas e que percebam quais são as possibilidades e alternativas que a sociedade lhes reserva.
Para tornar o filme ainda mais interessante surgem as paixões prematuras e toda a candura dos primeiros beijos. Interessante do princípio ao fim, “MACHUCA” é mais um dos grandes filmes latino-americanos que nos ensina a rever princípios, reavaliar a vida, pensar nas origens e analisar com seriedade a história de nossos povos.
Assistam!
Link indicado: Ditadura Militar no Chile
O trailer está em espanhol.
BRASIL MEMÓRIA DAS ARTES
Projeto da Fundação Nacional das Artes democratiza acesso a fotos, arquivos sonoros, textos e documentos que fazem parte de uma vasta coleção da memória cultura brasileira.
Sexo Sem Compromisso
Sexo sem compromisso

Cinema Americano/Thais Gulin
Tão homem tão bruto tão coca-cola nego tão rock n'roll
Tão bomba atômica tão amedrontado tão burro tão desesperado
Tão jeans tão centro tão cabeceira tão Deus
Tão raiva tão guerra tanto comando e adeus
Tão indústria tão nosso tão falso tão Papai Noel
Tão Oscar tão triste tão chato tão homem Nobel
Tão hot dog tão câncer social tão narciso
Tão quadrado tão fundamental
Tão bom tão lindo tão livre tão Nova York
Tão grana tão macho tão western tão Ibope
Racistas paternalistas acionistas
Prefiro os nossos sambistas
A ponte de safena Hollywood e o sucesso
O cinema a Casa Branca a frigideira e o sucesso
A Barra da Tijuca Hollywood e o sucesso
Prefiro os nossos sambistas
Prefiro o poeta pálido anti-homem que ri e que chora
Que lê Rimbaud, Verlaine, que é frágil e que te adora
Que entende o triunfo da poesia sobre o futebol
Mas que joga sua pelada todo domingo debaixo do sol
Prefere ao invés de Slayer ouvir Caetano ouvir Mano Chao
Não que Slayer não seja legal e visceral
A expressão do desespero do macho americano é normal
Esse medo da face fêmea dita por Cristo é natural
É preciso mais que um soco pra se fazer um som um homem um filme
É preciso seu amor seu feminino seu suíngue
Pra ser bom de cama é preciso muito mais do que um pau grande
É preciso ser macho ser fêmea ser elegante
Prefiro os nossos sambistas