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segunda-feira, 10 de abril de 2017 0 comentários

POR QUE A CULPA AUMENTA O PRAZER?



Alguns estudos em psicologia descobriram que a sensação de culpa que temos quando saímos da dieta ou escolhemos uma vida mais descontrolada não nos ajuda a ter uma vida saudável. Em vez de nos desviar das tentações, a culpa frequentemente nos leva a desenvolver vícios. Essa ironia parece ter vários motivos. Uma teoria é de que formas culpáveis de prazer estão tão enraizadas em nossa psique que os sentimentos de remorso detonam pensamentos de desejo em nosso cérebro. Ou seja, nossos vícios são tentadores em parte porque sabemos que eles nos fazem mal.

Para demonstrar a forma como nosso subconsciente realmente funciona de maneira masoquista, Kelly Goldsmith, da Northwestern University, em Illinois, mostrou alguns jogos de palavras a um grupo de voluntários. Eles primeiro tinham que reordenar algumas frases, algumas com palavras como “pecado”, “culpa” e “remorso”, e outras com termos mais neutros.

Na segunda parte do experimento, eles recebiam duas letras e tinham que completar as palavras. Aqueles que antes ordenaram as frases com as palavras condenadoras apresentaram muito mais tendência a criar palavras associadas com desejo. Ou seja, em vez de desviar os pensamentos do pecado, o subconsciente culpado começou a pensar de maneira mais luxuriosa.

Goldsmith descobriu ainda que esses sentimentos se traduziam em experiências realmente sensoriais. Os voluntários que foram incitados com ideias de culpa admitiram mais compulsão por doces ou ter mais prazer em olhar as fotos de um site de encontros.


O efeito “foda-se”

Mas a ironia da culpa não para por aqui. Além de aumentar a atração pelas tentações, o sentimento também pode lançar o chamado efeito “foda-se”.

Esse fenômeno psicológico tão bem estudado é o motivo pelo qual você não consegue parar de comer quando se comprometeu a comer “só uma” fatia de bolo – ao acharmos que fracassamos em algo, logo concluímos que é melhor se entregar completamente.

Roeline Kuijer e Jessica Boyce, da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, recentemente estudaram os hábitos alimentares de um grupo de voluntários que tentava perder peso.

Elas perceberam que aqueles que logo associavam um bolo de chocolate a um sentimento de culpa acreditavam menos em seu autocontrole do que as pessoas que associavam o alimento com coisas mais positivas, como uma festa.

Nos meses que se seguiram, aquilo se tornou uma profecia auto-realizável: apesar das intenções serem as mesmas, as pessoas que se sentiam mais culpadas ao pensar em chocolate conseguiam perder menos peso em comparação àquelas que viam o chocolate com animação. O mesmo aconteceu com outro grupo que estava tentando manter um peso saudável. Em um período de 18 meses, aqueles que inocentemente desfrutavam de sua comida tinham menos tendência a engordar.


Utilidade pública

As descobertas podem evidenciar um problema que ocorre em algumas campanhas de saúde pública. “Quando você pega uma atividade que não era associada com a culpa e, de repente, a faz parecer imprópria, o prazer parece aumentar”, diz Goldsmith.

Sendo assim, um aviso de “É proibido fumar” pode aumentar a vontade dos fumantes. Kuijer e Boyce argumentam que não deve ser coincidência o fato de os Estados Unidos apresentarem uma maior taxa de obesidade que a França, apesar dos americanos se sentirem mais culpados do que os franceses em relação a sua alimentação.

Apesar de nenhuma campanha pública ter sido alterada para experimentar essas teorias, Goldsmith acredita que seria mais eficiente se concentrar nos aspectos positivos, por exemplo, enfatizando os benefícios de escolhas mais saudáveis. Outros estudos concluíram que a liberdade de sentir pequenos prazeres uma vez ou outra é essencial para manter a força de vontade em relação a objetivos de vida maiores.

“Quando usamos nosso auto-controle para resistir a uma tentação ou para continuar com uma tarefa pouco interessante, esgotamos a força desse ‘músculo'”, explica Leonard Reinecke, da Universidade de Mainz, na Alemanha. “Consequentemente, é mais difícil resistir a desejos em outras situações.”

O cientista descobriu que formas de entretenimento menos intelectuais são uma ótima maneira de dar um descanso ao que ele chama de “músculo da força de vontade” e de recarregar o auto-controle. Mas quem sucumbir a esse tipo de lazer não pode se sentir culpado por isso, senão não há benefícios. Até porque, não é para menos que boa parte das maiores empresas do mundo possuem um excelente local de recreação: o descanso é produtivo.

Pessoas cansadas, esgotadas e/ou entediadas produzem menos. Em outras palavras, perdoar-se por um pouco de diversão ou por se entregar a uma guloseima deve servir para recuperar uma atitude saudável mais rapidamente e, assim, direcionar a força de vontade a algo mais positivo no dia seguinte.

por Demasiado Humano
domingo, 9 de abril de 2017 0 comentários

AMIGO É CASA


A construção de um amigo exige saber e ofício.
É sacerdócio difícil.
Igual fazer-se uma casa.

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A LINHA DE PENSAMENTO DE STEPHEN HAWKING



As contribuições do físico e cosmólogo para a sociedade ultrapassam o campo da ciência.

Stephen Hawking é, sem dúvidas, uma das mentes mais brilhantes da história da ciência. Aos 73 anos, ele fez grandes contribuições à comunidade científica, com teorias como a do espaço-tempo e do funcionamento dos buracos negros, a partir das quais conseguiu aproximar o público de temas que poderiam parecer complexos para muitos.

Você pode conhecê-lo por meio do livro Uma Breve História do Tempo, da representação feita dele pelo ator Eddie Redmayne no recente A Teoria de Tudo ou pode ter ouvido falar do cientista por conta de ele sofrer da raríssima condição esclerose lateral amiotrófica. No entanto, a produção dele vai muito além.

Separamos oito reflexões a partir das quais é possível ter uma visão mais profunda da linha de pensamento — e das contribuições científicas do cosmólogo:

“Deus pode existir, mas a ciência consegue explicar o universo sem a necessidade de um criador.” Em múltiplas ocasiões, Hawking afirmou ser ateu. Neste caso, Deus seria uma espécie de limitação, ou seja, as pessoas só saberiam aquilo que Ele sabe. A diferença entre a religião e a ciência, de acordo com Hawking, é que a primeira é baseada em uma autoridade, enquanto a segunda funciona a partir da observação e da razão. “Eu acredito que o universo é regido pelas leis da ciência”, explica. “A ciência triunfará porque ela funciona.”

“Acredito que a vida se desenvolve de forma espontânea na Terra, então deve ser possível para ela se desenvolver em outros planetas.” Hawking acredita que formas inteligentes, não apenas microbianas, de vida existem em outros lugares do universo. Tanto que, em julho deste ano, ele lançou um programa de 100 milhões de dólares cujo objetivo é buscar uma civilização extraterrestre ao longo da próxima década. A segunda parte da missão consistirá em compilar uma mensagem para ser enviada para essas formas de vida. “Não há questão maior. Está na hora de nos comprometermos a achar a resposta, a procurar vida fora da Terra. Estamos vivos. Somos inteligentes. Precisamos saber”, disse o físico.

“O desenvolvimento da inteligência artificial pode ser o fim da raça humana.” Por sofrer de esclerose lateral amiotrófica, que compromete o funcionamento do sistema nervoso, o cosmólogo conta com a tecnologia para se comunicar. Especialistas da Intel e da Swiftkey criaram um sistema que, por meio do teclado de um aplicativo no smartphone, aprende como Hawking pensa e sugere palavras que ele queira usar em seguida. O desenvolvimento dessa tecnologia envolve inteligência artificial, o que impressiona e assusta o cientista ao mesmo tempo.

Para ele, é necessário ter cautela para não criar uma espécie de Skynet que ultrapassaria a inteligência humana e substituíria as pessoas. Essa preocupação se estende principalmente ao desenvolvimento de armas autônomas. Em carta aberta, Hawking e centenas de outros cientistas se posicionaram em relação às consequência desse tipo de tecnologia. “A tecnologia relacionada a inteligência artificial chegou a um ponto no qual a disposição desses sistemas é possível em questão de anos, não décadas, e as expectativas são altas: as armas autônomas foram descritas como a terceira revolução para as guerras, após a pólvora e as armas nucleares”, diz o documento.

“A pergunta chave para a humanidade hoje é se devemos dar início a uma corrida de armas feitas com inteligência artificial ou se devemos prevenir que ela sequer comece. É só uma questão de tempo até que elas apareçam no mercado negro ou nas mãos de terroristas e ditadores que querem controlar suas populações, ou déspotas que desejam fazer ‘uma limpeza’ étnica em seus territórios.”

“A ideia de viagem no tempo não é tão louca quanto parece.” Em artigo escrito para o Daily Mail em 2010, Hawking revelou que, por muito tempo, evitou falar sobre viagem no tempo por receio de ser rotulado de louco. Mas com o passar dos anos, deixou essa abordagem de lado. “Eu sou obcecado com o tempo. Se eu tivesse uma máquina do tempo, eu visitaria Marilyn Monroe em seus dias de glória ou iria atrás de Galileu enquanto ele construia seu telescópio. Talvez eu até viajasse para o fim do universo para descobrir como a nossa histórica cósmica termina”, escreve.


NOS ÚLTIMOS ANOS, AS VIAGENS NO TEMPO PASSARAM A SER UM TEMA RECORRENTE NA FALA E NO TRABALHO DE HAWKING.


O físico sugere a existência de uma quarta dimensão. Haveria, além da altura e do comprimento, um outro tipo de comprimento: o do tempo. “Tudo tem um comprimento no tempo, bem como no espaço”, explica. Logo, viajar no tempo seria viajar pela quarta dimensão, uma espécie de portal com o nome de “buraco de minhoca”. “Os buracos de minhoca estão por toda parte do nosso redor, mas eles são muito pequenos para que consigamos vê-los. Eles ocorrem em fendas e cantos do espaço e do tempo. Alguns cientistas acreditam que talvez seja possível aumentá-los o suficiente para que humanos ou naves espaciais possam utilizá-los.”

"As coisas podem escapar de um buraco negro, tanto para o lado de fora, como também possivelmente em um outro universo." Em 1974, Hawking argumentou que os buracos negros, supostamente campos gravitacionais impossíveis de se escapar, emitem um tipo de radiação térmica por conta de efeitos quânticos. Chamada de radiação Hawking, quando emitida em grande quantidade, teoricamente, pode fazer com que o buraco negro desapareça e que, com isso, a informação sobre o estado físico de um objeto que cai no buraco negro seja destruída.

Em 2004, o cientista mudou de ideia em relação aos buracos negros, afirmando que a informação poderia sobreviver ao ser sugada por eles

Isso aconteceria de acordo com a relatividade geral. Já sob o ponto de vista da mecânica quântica, essa mesma informação não poderia se perder. Esse paradoxo tem perdurado pelos últimos 40 anos.

Em 2004, o cientista mudou de ideia, afirmando que a informação poderia sobreviver. No fim de agosto de 2015, ao falar da radiação Hawking, o cosmólogo sugeriu uma nova abordagem que pode mudar para sempre a forma como buracos negros são vistos e discutidos. “Eu proponho que a informação não é armazenada no interior do buraco negro, como é de se esperar, mas sim em seu limite, o horizonte de eventos”, disse o cientista. Basicamente, ao ser sugada pelo buraco negro, a informação passaria por um processo de tradução, criando um holograma da informação que sobreveviria e escaparia pelo horizonte de eventos. “Os buracos negros não são tão negros como os fizemos parecer. Eles não são as prisões eternas que já foram considerados uma vez”, explicou Hawking.

“Você tem que ter uma atitude positiva e tirar o melhor da situação na qual se encontra.” O cosmólogo foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica quando tinha 21 anos. Na época, a previsão dos médicos era de que Hawking teria apenas mais três anos de vida — em janeiro de 2015, completou 73 anos. Ele lida com a doença se focando em atividades relacionadas com a física teórica, que não exigem seu esforço físico. “A ciência é uma área boa para pessoas deficientes porque ela precisa principalmente da mente”, afirma.

"Manter alguém vivo contra a sua vontade é uma grande indignidade." O suicídio assistido deve ser um direito dos pacientes de doenças terminais, de acordo com Hawking. O cientista afirmou, durante um programa da BBC, em junho de 2015, que consideraria dar um fim à própria vida se sentisse ser um fardo para outras pessoas e não tivesse mais contribuições a fazer. No entanto, ele admite que ainda tem muito a oferecer à sociedade. “Nem pensem que eu vou morrer antes de desvendar mais segredos do universo”, declara.

“Nós somos uma espécie avançada de macacos em um planeta menor de uma estrela mediana. Mas nós conseguimos entender o universo. E isso nos torna muito especiais.” O objetivo de Hawking é obter a compreensão total do universo, como os motivos de ele ser como é e a razão de ele existir. A dica do cientista para as pessoas é olhar para as estrelas e não para baixo, para os próprios pés. “Tente encontrar sentido no que você vê, e se pergunte sobre o que faz o universo existir”, diz. “Seja curioso.”

Isabela Moreira
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O CORAÇÃO É UM SÓ



Não pode ser autêntico um sentimento de união íntima com os outros seres da natureza se ao mesmo tempo não houver, no coração, ternura, compaixão e preocupação pelos seres humanos.

É evidente a incoerência de quem luta contra o tráfico de animais em risco de extinção, mas fica completamente indiferente perante o tráfico de pessoas, desinteressa-se dos pobres ou procura destruir outro ser humano de que não gosta.

Isto compromete o sentido da luta pelo meio ambiente. Não é por acaso que São Francisco, no cântico onde louva a Deus pelas criaturas, acrescenta o seguinte: «Louvado sejas, ó meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor.» Tudo está interligado. Por isso, exige-se uma preocupação pelo meio ambiente, unida ao amor sincero pelos seres humanos e a um compromisso constante com os problemas da sociedade.

Além disso, quando o coração está verdadeiramente aberto a uma comunhão universal, nada nem ninguém fica excluído desta fraternidade.

Portanto, é verdade também que a indiferença ou a crueldade com as outras criaturas deste mundo acabam sempre de alguma forma por se repercutir no tratamento que reservamos aos outros seres humanos. O coração é um só, e a própria miséria que leva a maltratar um animal não tarda a manifestar-se na relação com as outras pessoas. Todo o encarniçamento contra qualquer criatura «é contrário à dignidade humana».

Não nos podemos considerar grandes amantes da realidade se excluímos dos nossos interesses alguma parte dela: «Paz, justiça e conservação da criação são três questões absolutamente ligadas, que não se poderão separar, tratando-as individualmente sob pena de cair novamente no reducionismo.»

Tudo está relacionado, e todos nós, seres humanos, caminhamos juntos como irmãos e irmãs numa peregrinação maravilhosa, entrelaçados pelo amor que Deus tem a cada uma das suas criaturas e que nos une também, com terna afeição, ao irmão Sol, à irmã Lua, ao irmão Rio e à mãe Terra.

Papa Francisco
sexta-feira, 7 de abril de 2017 0 comentários

POR QUE PRECISAMOS CHORAR?



Longe de ser um sinônimo de fraqueza, chorar nos ajuda a canalizar e libertar as tensões do nosso corpo e tem um efeito semelhante ao dos analgésicos.

Choramos desde o nascimento. Às vezes de tristeza, às vezes de felicidade. Também é verdade que muitas vezes nós “seguramos” o desejo de chorar, porque pensamos que assim somos mais fortes, ou porque não é bem visto derramar lágrimas.

No entanto, este tipo de “descarga” é vital para nos expressarmos, ir em frente ou demonstrar o que nos acontece. No artigo a seguir, vamos dizer a você por que precisamos chorar de vez em quando.

Chorar profundamente nos liberta.
As lágrimas são uma ferramenta usada para todos os tipos de fins. Desde aliviar as dores até para chamar a atenção, para mostrar nossa tristeza ou decepção, memórias de algo que aconteceu no passado ou mesmo quando espirramos, temos alergias ou damos gargalhadas.

Chorar nos dá alívio, nos faz sentir mais relaxados e pode nos ajudar a estar ciente das coisas que não vemos (ou que estávamos relutantes em fazer).

É claro que você se lembra de mais de uma vez em que chorou “com todas suas forças” e, em seguida, ou dormiu ou deixou o seu canto para fazer qualquer atividade. Por quê? Porque as lágrimas servem para tirar uma grande carga dos seus ombros, como popularmente se diz.

Há pessoas que têm a capacidade de chorar, mas outras não podem fazê-lo facilmente. Quando somos pequenos nos repreendem por chorar porque nos dizem que isso é para os “fracos”, “mimados” ou “crianças más”.

Isso fica gravado em nossas mentes e, por isso, não nos permitimos chorar quando precisamos. Controlar demais as emoções, negá-las ou dissimulá-las com um sorriso falso é prejudicial à saúde.

Acumular muitos sentimentos negativos não apenas causa depressão, tensão ou estresse, mas também pode alterar o caráter ou personalidade. Mais irritabilidade, mau humor e nervosismo são apenas alguns dos sinais.

Não se esqueça de que o corpo deve expulsar tudo o que lhe dói ou lhe faz adoecer. Um dia ele não poderá suportar mais “guardar” lágrimas e tristeza, e explodirá em um grande choro ou ataque de raiva.

Quanto ao sofrimento físico causado por não chorar podemos destacar a dor de cabeça ou no pescoço, dores de estômago e tonturas. A imunidade diminui e nos tornamos mais propensos a doenças de todos os tipos.

Conter as emoções também bloqueia o fluxo de energia e isso também influencia a saúde negativamente. O choro profundo é uma excelente maneira natural de aliviar o nosso pesar e entender quais são as nossas dores e tristezas. Isso não significa que nós temos que esperar todo o mal se acumular, mas saber de que maneira ir liberando lentamente o que nos fere.

Atualmente, estamos ocupados demais para entender o que acontece conosco. Nós não tiramos um tempo para analisar as emoções cotidianas e é muito difícil tomar decisões profundas.

Se você fica o dia todo de cá pra lá, nunca poderá chorar o que precisa e desprender-se do que lhe faz mal.

Talvez você possa aproveitar o momento do banho ou quando for dormir. Isso não vai transformá-lo em um deprimido crônico, mas em uma pessoa que sabe canalizar suas ansiedades de uma forma positiva. Você vai se sentir realmente revigorado, liberado e energizado para seguir em frente.

Se pra você é difícil chorar, não precisa se preocupar. Isso acontece com muitos outros. Você precisa sensibilizar-se um pouco e dar-se um tempo. Pode tocar uma música, ler alguma coisa ou assistir a um daqueles filmes que exigem um pacote de lenço bem grande.

Você não está chorando pelo protagonista ou pela história em si, mas esse é um interessante mecanismo para desprender o que acumulou em seu interior. Sabia que existe um ponto na altura da garganta, que quando é pressionado ativa o choro? Você também pode respirar profundamente. Para muitos esta técnica funciona quando querem chorar.

O choro é um calmante natural.
Já falamos do aspecto “espiritual” do ato de chorar e algumas de suas consequências. Também é bom saber que muitos estudos foram realizados para analisar por que quanto mais lágrimas derramadas mais tranquilo fica o “chorão”.

Se o choro vale à pena é por que o líquido salino conhecido como lágrima tem a capacidade de limpar os olhos e hidratar os globos oculares naturalmente. E isso pra que serve? Para liberar hormônios de bem-estar.

Quando ficamos estressados estamos mais propensos a chorar. Isto tem uma razão científica muito convincente: ao expulsarmos as lágrimas liberamos oxitocina, noradrenalina e adrenalina. Estes elementos têm sobre o corpo o mesmo efeito de um analgésico.

Os hormônios fixam a atenção sobre o que nós sentimos. Então, depois de chorar nos sentimos melhor. Como se isso não fosse suficiente, os especialistas dizem que o choro reduz a ansiedade e promove o relaxamento.

Chorar e rir… Igualmente benéficos 
O riso e o choro são dois dos fenômenos que estão mais presentes em nossas vidas diárias. Se analisarmos fisiologicamente, ambos são semelhantes. Por quê? Porque alteram a respiração e a pressão arterial.

Se nós rirmos uma hora por dia emagreceremos 14 gramas de gordura. Talvez possa parecer pouco para alguns, mas se você somar isso, em um ano terá reduzido em 5 kg. E esse não é a única vantagem, porque o riso aumenta a autoestima, retarda o envelhecimento e elimina o estresse e a tensão.

O choro também consegue este último benefício! A medicina hipocrática o considerava “um expurgo para os estados de humor”. Ao longo da história o choro foi interpretado como um sinal de pouca integridade ou fraqueza, mas isso não é verdade. Que o riso e as lágrimas encham sua vida!

Fonte: Sciency of Us
quarta-feira, 5 de abril de 2017 0 comentários

CANÇÃO DO EXÍLIO DO RIO DE JANEIRO

Por Vanderson Teófilo F. da Silva e Marcos Vinícius M. Lopes
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TU FALAS E EU NÃO ENTENDO



A maioria das pessoas não sabem interpretar texto, também não sabem interpretar ações e muito menos outras pessoas. 


Por 13 anos fiz parte de um partido comunista e sempre fui uma voz desentoante, pois nunca encarei o marxismo como religião,  sempre falei que eramos comunistas que bebiam coca-cola e que uma revolução no Brasil só ocorreria se chegássemos ao mais profundo caos. Coisa pouco provável de acontecer, já que, o brasileiro sempre dá um jeitinho. 

No dia de votação municipal encontrei um velho amigo na rua e ele me disse: - mas não era você que queria o tempo todo FAZER A REVOLUÇÃO? 

Aff, como assim eu empentelhavà-o querendo fazer a dita revolução?  Nunca  sequer o convidei para uma reunião de partido e quando fui candidata à deputada estadual ele só ficou sabendo 2 anos depois  Então se algo assim saiu de minha boca foi por alguma zombaria. 
O fato é que por maores que sejam meus argumentos jamais irei persuadir meu amigo que isso jamais ocorreu; ele deve ter estado com algum comunista do tipo muito idiota, pior do que um crente fanático e no pensamento dele me associou como sendo da mesma forma. 

Digo e faço uma determinada coisa, mas algumas pessoas tendem a ter ideias pré-concebidas já fixadas, logo o seu ponto de vista ainda que errado, sempre permanecerá. Por isso tento dentro do possível não contrariar ninguém mesmo me irritando por ser mal interpretada. 

O que relatei é apenas um exemplo, mas tenho deparado com a falta de entendimento constantemente, mesmo em coisas muito simples. Me parece que todos queremos falar alguma coisa e sermos compreendidos, porém quase ninguém está disposto a ouvir  o outro. Então acabamos em uma caverna solitária ouvindo os ecos de nós mesmo. 

Eu acreditava ser boa em me comunicar com as pessoas, hoje percebo que não, pois ser entendida não depende apenas do quão bem me expresse, mas muito mais da capacidade de interpretação do outro. E é nessa hora que a coisa fica feia. 

"Só me dirijo às pessoas capazes de me entender, e essas poderão ler-me sem perigo".

Marquês de Sade

terça-feira, 4 de abril de 2017 0 comentários

TU TE TORNAS ETERNAMENTE RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE CATIVAS!



"Eu não preciso de ti, tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares e se eu te cativar ambos precisaremos um do outro. A gente só conhece bem as coisas que cativou. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!"

Antoine de Saint-Exupèry
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A IMORALIDADE DA MORAL



 A discórdia é sermos obrigados a estar em harmonia com os outros. A nossa própria vida é o que há de mais importante.

Agora, se quisermos ser pedantes ou puritanos, podemos tecer as nossas considerações morais sobre a vida dos outros, mas estas não nos dizem respeito.

Para além disso, o individualismo é realmente o mais elevado dos ideais. A moralidade moderna consiste na aceitação dos modelos da nossa época. Julgo que aceitar o modelo da nossa época será, para qualquer homem culto, a mais crassa das imorallidades.

Oscar Wilde in "O Retrato de Dorian Gray"
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O CINISMO DOS VALORES



 Cada vez mais desesperado. Olho, olho, e só vejo negrura à minha volta.

Fé? Evidentemente... Enquanto há vida, há esperança — lá diz o outro.

Mas, francamente: fé em quê? Num mundo que almoça valores, janta valores, ceia valores, e os degrada cinicamente, sem qualquer estremecimento da consciência?

Peçam-me tudo, menos que tape os olhos.

Bem basta quando a terra nos cobrir! — Ah! mas a humanidade acaba por encontrar o seu verdadeiro caminho — dizem-me duas células ingênuas do entendimento. E eu respondo-lhes assim: Não, o homem não tem caminhos ideais e caminhos de ocasião.

O homem tem os caminhos que andam. Ora este senhor, aqui há tempos, passou três séculos a correr atrás dum mito que se resumia em queimar, expulsar e perseguir outros homens, cujo pecado era este: saber filosofia, medicina, física, astronomia, religião, comércio — coisas que já nessa época eram dignas e respeitáveis. 

Miguel Torga

 
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