quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
brasileira,
Lobão,
mpb,
música,
nacional,
pop,
rádio,
rock
2
comentários
RÁDIO BLÁ - Lobão
Ela adora me fazer de otário
Para entre amigas ter o que falar
É a onda da paixão paranoica
Praticando sexo como jogo de azar
Uma noite ela me disse "quero me apaixonar"
Como quem pede desculpas a si mesmo
A paixão não tudo tem nada a ver com a vontade
Quando bate é o alarme de um louco desejo
Não dá para controlar, não dá
Não dá pra planejar
Eu ligo o rádio
E blá, blá, blá, blá, blá, blá
Eu te amo
Sua vida burguesa é um romance
Um roteiro de intrigas
Pra Fellini filmar
Cercada de drogas, de amigos inúteis
Ninguém pensaria que ela quer namorar
Reconheço que ela me deixa inseguro
Sou louco por ela e não sei o que falar
O que eu quero é que ela quebre a minha rotina
Que fique comigo e deseje me amar.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
amor,
anos 80,
Biquíni Cavadão,
música,
paixão,
relacionamento,
timidez
0
comentários
TIMIDEZ Biquíni Cavadão
TIMIDEZBiquíni Cavadão
Toda vez que te olhoCrio um romance
Te persigo, mudo
Todos instantes
Falo pouco, pois não sou
De dar indiretas
Me arrependo do que digo
Em frases incertas
Se eu tento ser direto
O medo me ataca
Sem poder nada fazer
Sei que tento me vencer e acabar com a mudez
Quando eu chego perto, tudo esqueço
E não tenho vez
Me consolo, foi errado o momento, talvez
Mas na verdade, nada esconde essa minha timidez
Eu carrego comigo a grande agonia
De pensar em você toda hora do dia
Eu carrego comigo a grande agonia
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Talvez escreva um poema
No qual grite o seu nome
Nem sei se vale a pena
Talvez só telefone
Eu me ensaio, mas nada sai
O seu rosto me distrai
E como um raio
Eu encubro, eu disfarço
Eu camuflo, eu desfaço
Eu respiro bem fundo
Hoje digo pro mundo
Mudei rosto e imagem
Mas você me sorriu
Lá se foi minha coragem
Você me inibiu
Sei que tento me vencer e acabar com a mudez
Quando eu chego perto, tudo esqueço
E não tenho vez
Me consolo, foi errado o momento, talvez
Mas na verdade, nada esconde essa minha timidez
Eu carrego comigo a grande agonia
De pensar em você toda hora do dia
Eu carrego comigo a grande agonia
Na verdade nada esconde essa minha timidez
Na verdade nada esconde essa minha timidez
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Brasil,
cabelo,
carnaval,
coloração,
folia,
Ivete,
loiro,
pivete,
tinta,
tintura
0
comentários
DICA DE BELEZA
Carnaval chegando e fica a dica de beleza para a rapaziada.
Depois do estontante loiro Ivete, temos também o LOIRO PIVETE fazendo sucesso por todo país. Cai na folia com muito estilo.Mais uma coloração da coleção LOIROS DO BRASIL.
NÃO PERCA A OPORTUNIDADE DE ADQUIRIR ESSE MARAVILHOSO PRODUTO.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
mulher,
perigo,
sedução,
sorriso
0
comentários
SORRISO DE MULHER
Nada é mais belo que uma bela mulher. E nada é mais fascinante, nada lava mais completamente a alma, que o sorriso de uma bela mulher. Quando a dona deste sorriso – que, claro, não tem coração – nos rouba o nosso, então, temos o apogeu de toda a beleza da Criação. É fácil, fácil demais, atribuir esta percepção do Belo à necessidade biológica de encontrar uma parceira para a reprodução. Há isso também, mas há muito mais: a mulher completa o homem em níveis muito mais profundos, muito mais verdadeiros, que o meramente biológico, que o meramente psicológico.
O sorriso da mulher amada é um vislumbre da glória prometida, é uma janela que se abre a um infinito apenas vislumbrado. Não apenas por ser feminino, mas por ser um acesso ao Feminino, àquilo que nos completa, nos torna capazes de ser plenamente humanos.
Biologicamente, também, há evidentemente um sentido, ainda que raso: se o sorriso da mulher nos agrada, temos um incentivo subconsciente para protegê-la, agradá-la; fica ainda mais fácil tornar em ato o cavalheirismo instintivo que move todo homem diante de uma bela mulher. Mas, ao mesmo tempo, é um sorriso que nos civiliza, que tira as arestas deste mesmo cavalheirismo, que de fábrica vem um pouco desordenado. É o mesmo impulso de arrancar da mulher um sorriso que leva o homem à aventura, a deixar a testosterona tomar conta e partir para a guerra, para o salto de paraquedas, para a pilotagem em alta velocidade. E é aí a reação feminina daquela bela face preocupada, ou mesmo triste, que nos impede de perder, por excesso de macheza, a admiração da mulher amada.
É o sorriso feminino que nos impede de ter uma barba até o joelho, que apavora os fabricantes de pochetes, que impõe limites àquela estranha forma de selvageria que assola o homem só. Sem este sorriso o ogro desperta, a barriga de cerveja cresce, o pelame toma formas estranhas e inusitadas.
Com ele, civilizam-se os aspectos e as aventuras; as motocicletas ganham garupas, os jardins ganham flores, e o ogro retira-se às negras entranhas do subconsciente, de onde só sairá para defender o mesmo sorriso que o aprisionou.
As invenções do homem – do fogo e da roda às bombas termonucleares e aviões – são, no fundo, o fruto desta influência civilizadora que só pode ter o sorriso da mulher amada. Sem ele, nada somos. Com ele, o mundo é nosso. Sem ele caímos àqueles 97% dos genes comuns aos outros primatas. Com ele, subimos muito além dos 3% restantes: subimos ao Céu, prefigurado na terra por aquela boca, aquele olhar.
Carlos Ramalhete
domingo, 23 de fevereiro de 2014
filhos,
Legião Urbana,
música,
pais,
poesia,
Renato Russo
0
comentários
PAIS E FILHOS
"DEDICO ESSA CANÇÃO QUE MUITAS VEZES EMBALEI SEU SONO A MEU AMADO FILHO AUGUSTO SANTIAGO.
Estátuas e cofres e paredes pintadas
Ninguém sabe o que aconteceu
Ela se jogou da janela do quinto andar
Nada é fácil de entender
Dorme agora
É só o vento lá fora
Quero colo! Vou fugir de casa
Posso dormir aqui com vocês?
Estou com medo, tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três
Meu filho vai ter nome de santo
Quero o nome mais bonito
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há
Me diz, por que que o céu é azul?
Explica a grande fúria do mundo
São meus filhos
Que tomam conta de mim
Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar
Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com os meus pais
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há
Sou uma gota d'água
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais não te entendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer
acústico MTV,
Charlie Brown Jr.,
música,
show,
vivo
0
comentários
CHARLIE BROWN JR. ACÚSTICO MTV COMPLETO
Charlie Brown Jr. em seu mais perfeito desempenho na produção do acústico traz seu carisma e a humildade completa esse cantor que fez por merecer com todo seu sucesso, confiram o DVD mais vendido da carreara de Charlie Brown Jr., com as músicas que fizeram o maior sucesso, atualmente faz e com certeza vai fazer mais e mais.
01. O QUE É DA CASA É DA CASA
02. PAPO RETO (PRAZER É SEXO, O RESTO É NEGÓCIO)
03. VÍCIOS E VIRTUDES
04. QUEBRA-MAR
05. TUDO MUDAR
06. TUDO PRO ALTO
07. HOJE PART. ESP.: MARCELO NOVA
08. ZÓIO DE LULA
09. SÓ POR UMA NOITE
10. O PREÇO
11. NÃO USO SAPATO
12. A BANCA (RATATÁ É BICHO SOLTO)
13. VINHETA BEAT BOX II
14. COMO TUDO DEVE SER
15. TUDO QUE ELA GOSTA DE ESCULTAR
16. NÃO É SÉRIO PART. ESP.: NEGRA LI
17. PROIBIDA PRA MIM (GRAZON)
18. SAMBA MAKOSSA PART. ESP.: MARCELO D2
19. O CORO VAI COMÊ
20. QUINTA-FEIRA
21 CHARLIE BROWN JR.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
atestado,
Gardenal,
Josh Billings,
loucura
1 comentários
ATESTADO DE LOUCURA
"Todo homem tem suas loucuras. E frequentemente elas são as coisas mais interessantes que ele tem." (Josh Billings)
Eu digo, sou maluca, ela diz: eu sou artista.
É conversa de doido, mas no final todo mundo se entende.
Noutro dia baixou hospital. Passou mal a coitada depois de ter andado o dia inteiro no sol escaldante do verão do Rio de Janeiro. Franzina e pálida como vela é claro que não iria aguentar. Assim pensamos, porém no dia seguinte inesperadamente adentrou a sala com um papel nas mãos. Era um atestado médico e o pedido de despensa por 2 dias.
- Se é prescrição médica volte para casa.
A resposta veio em voz rouca e fraca contradizendo o que dizia.
Nãaao, eu estou bem!
Foi inevitável as gargalhadas dos presentes, mas ela pareceu não se abalar.
Indiferente cumprimentou a todos , sentou-se calmamente, abriu a mochila puxando de dentro uma cartela de comprimidos.
- Gente, eu tenho Gardenal aqui.
Óh, alguém quer, foi de graça.
(Esse texto é dedicado a artista plástica Áurea Romão)
Por: Jaqueline Ramiro
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
James Dean,
juventude,
Marlon Brando,
música,
Ney Matogrosso,
raça,
transviada,
vira lata
0
comentários
VIRA-LATA DE RAÇA
Eu sou só um bicho carente de carinho
Uma criança problema no meio de um dilema
Ou choro sozinho num canto na hora do espanto
Ou banco o palhaço e faço estardalhaço
No fundo, no fundo, no fundo sou um vagabundo
Um vira-lata de raça, raposa no dia de caça
Eu quebro o protocolo, me atiro no seu colo
Eu salvo sua vida quando você se suicida
Minha dor não dói, sou marginal, sou herói
Eu sou Marlon Brando, vivo numa ilha
Não faço papel de santo nem pra minha família
Não posso ser outra coisa se não James Dean
Eu sempre fui mais bonzinho quando sou ruim
Minha dor não dói, sou marginal, sou herói!
Ney Matogrosso
chaves,
flamengo,
Leila,
Madruga,
manifestações,
Rio de Janeiro,
Venezuela,
vereadora,
violência
0
comentários
VEREADORA DO RIO, LEILA DO FLAMENGO, CHAMA NICOLÁS MADURO DE MADRUGA

Na abertura dos trabalhos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a vereadora Leila do Flamengo (PMDB) "tentou" criticar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mas acabou citando um ídolo do humor de várias gerações ao ressaltar que votou contra a homenagem ao herdeiro político de Hugo Chávez proposta por um colega. A medida, aprovada em maio do ano passado por 21 votos a seis, é de autoria do vereador Leonel Brizola Neto (PDT).
O vídeo e a transcrição do discurso estão publicados na íntegra no site da Câmara de Vereadores. "Eu quero encerrar dizendo que não pedirei um minuto de silêncio para Santiago (Andrade) hoje, porque ele merece que seja amanhã (terça-feira, 18), com esta Casa cheia. É uma vítima, um trabalhador que cumpria seu dever. Como é que a imprensa vai ter liberdade? Nós não estamos na Venezuela. É por isso que votei contra a homenagem ao ditador criminoso que é o MADRUGA. Absurdo! Mas eu tive a coragem, a hombridade de votar contra", bradou a vereadora.
PQP. NINGUÉM MERECE KKKKKKKKKKKKK
Pior que isso somente a vanuza cantando o hino nacional
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
dito,
escrever,
FERREIRA GULLAR,
literatura,
poesia
0
comentários
FICA O DITO PELO NÃO DITO
o poema
antes de escrito
não é em mim
mais que um aflito
silêncio
ante a página em branco
ou melhor
um rumor
branco
ou um grito
que estanco
já que
o poeta
que grita
erra
e como se sabe
bom poeta(ou cabrito)
não berra
o poema
antes de escrito
antes de ser
é a possibilidade
do que não foi dito
do que está
por dizer
e que
por não ter sido dito
não tem ser
não é
senão
possibilidade de dizer
mas
dizer o quê?
dizer
olor de fruta
cheiro de jasmim?
mas
como dizê-lo
embora o diga de algum modo
pois não calo
por isso que
embora sem dizê-lo
falo:
falo do cheiro
da fruta
do cheiro
do cabelo
do andar
do galo
no quintal
e os digo
sem dizê-los
bem ou mal
se a fruta
não cheira
no poema
nem do galo
nele
o cantar se ouve
pode o leitor
ouvir
( e ouve)
outro galo cantar
noutro quintal
que houve.
(e que
se eu não dissesse
não ouviria
já que o poeta diz
o que o leitor
– se delirasse -
diria)
mas é que
antes de dizê-lo
não se sabe
uma vez que o que é dito
não existia
e o que diz
pode ser que não diria
e
se dito já não fosse
jamais se saberia
por isso
é correto dizer
que o poeta
não revela
o oculto:
inventa
cria
o que é dito
( o poema
que por um triz
não nasceria)
mas
porque o que ele disse
não existia
antes de dizê-lo
não o sabia
então ele disse
o que disse
sem saber o que dizia?
então ele sabia sem sabê-lo?
então só soube ao dizê-lo?
ou porque se já o soubesse
não o diria?
é que só o que não se sabe é poesia
assim
o poeta inventa
o que dizer
e que só
ao dizê-lo
vai saber
o que
precisava dizer
ou poderia
pelo que o acaso dite
e a vida
provisoriamente
permite.
Ferreira Gullar, Em alguma parte alguma,p.p. 21,22,23,24,25, editora José Olympio
Assinar:
Postagens (Atom)