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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013 0 comentários

O Mundo não se fez para pensarmos nele.





O Mundo não se fez para pensarmos nele.

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…

Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender …

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar …
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar.
(Fernando Pessoa)
terça-feira, 22 de janeiro de 2013 2 comentários

OS LOUCOS


Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.

(Jack Kerouac)
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013 0 comentários

BALADA DO SER ERRANTE


Depois de um tempo você descobre que sua vida não passa de uma farsa
Que tudo o que você fez ou faça
É tão somente para ser bem visto e bem quisto pelos outros

Descobre que sua necessidade de trabalhar 20h por dia
Nada mais é do que um pretexto para se esquivar da própria agonia
Da terrível e temível sensação
De não ser aceito
Não ser perfeito

Descobre que até as roupas que USA
São escolhidas por você como um passaporte
Um cartão de ouro
Capaz de abrir as portas do matadouro social

Descobre que alguns amigos estão a seu lado
Não por admiração ou carinho
Mas porque você se esforça para ser especial
E porque eles podem lucrar algo
Nem que seja um telefonema no natal
Um cartão postal de viagens invejadas

Descobre que as pessoas não o conhecem
E não tem a menor idéia de quem você seja
Mas que no fundo elas não têm culpa disso
Pois foi você quem sempre fingiu ser o que não era

Depois de um tempo
Você descobre que nada disso faz sentido
Mas como está distante de tudo o que realmente é importante
Já não consegue voltar atrás!
Vive seus dias como um ser errante
À espera de um “milagre”:
Casamento, parceiro, dinheiro, emprego, filhos, felicidade

E enquanto a cidade se agita
Sozinho, no ninho
Você grita
E sente as dores de um parto que jamais aconteceu:
O seu!!!
(Mônica Montone)
domingo, 20 de janeiro de 2013 2 comentários

VOCÊ É O QUE NINGUÉM VÊ


...Você é os brinquedos que brincou, é os nervos a flor da pele, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra...

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora...

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é a palavra dita para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda...

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima...

Você é aquilo que reivindica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia...

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê.
Você é o que ninguém vê...


(MARTHA MEDEIROS)
sábado, 19 de janeiro de 2013 1 comentários

PESADELO REAL


Conto para você um sonhe que tive  a muito tempo , mas não consigo esquecê-lo dada a impressão que deixou em mim.
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Chovia torrencialmente, eu estava na casa que pertenceu a minha mãe biológica (lugar de lembranças desagradáveis). Da varanda dessa casa eu percebia o nível da água subindo rapidamente a pesar da rua ser uma ladeira. A água passava com tanta violência que era possível sentir o chão vibrando.
A rua tinha se transformado em um rio lamacento, em meio a isso, avistei um bebê sendo carregado pelas águas. Desci apressadamente a varanda e sem pensar me atirei na água suja e perigosa devido a correnteza para ajudar aquela criança. Á margem do rio meu marido tentava se equilibrar e pedia em vão que eu não me lançasse.

Consegui pegar o bebê. O abracei com muito cuidado e carinho tentando aquecê-lo. Ele devia ter uns 7 ou 8 meses, branquinho e gordinho. Fiquei imediatamente apaixonada por aquela criança. Como era bonita e indefesa, impossível não se encantar. Mas por mais que fosse bela a forma da criança algo estava errado.
Os olhos daquela bebê de pele tão branca eram negros, completamente negros. E mais uma vez meu marido tentava me alertar sobre o aspecto estranho daquela criança, porém eu dizia:
É apenas uma criança e precisa de ajuda. Devo jogá-la novamente na água? Que mal pode fazer?

Daí o sonho tem um sobressalto e me vejo ainda no mesmo dia da enxurrada na parte mais baixa da rua acompanhada de meus 2 filhos e com o tal bebê mostrando uma aparência de 5 anos de idade, vestido com uma camiseta de malha na cor azul Royal. Tudo atrás de mim estava desmoronando como uma avalanche e nós corríamos. Eu de mãos dadas àquela estranha criança. E me perguntava como um bebê num curto espaço de tempo podia ter assumido a aparência de uma criança de 5 anos de idade.

Outro sobressalto e agora me vejo na vila da antiga casa da minha avó materna (lugar de ótimas recordações) e a criança branca de olhos completamente negros agora tem a aparência de um menino de 8 anos, vestido com a mesma camiseta azul Royal, encontrasse diante a mim.
Meus filhos estavam afastados mais para o fundo da vila querendo falar comigo, porém não se aproximavam, pareciam receosos. Fiz um sinal dizendo que já estava indo até eles. Porém o menino não gostou da minha ação e pude perceber um brilho estranho naqueles olhos completamente negros. Pela primeira vez tive medo sem saber exatamente a razão.

Percebendo o perigo disfarçadamente fiz sinal para que meus filhos se afastassem ainda mais e rápido. O menino claramente mostrava ter ciúme dos meus filhos e eu tinha de preservá-los de qualquer mal.
Nisso saiu das costas do menino sombras negras que cresciam ramificadas como raízes. Dispostas como patas de aranha e se direcionavam para mim e sugavam minhas energias enquanto eu só conseguia pensar se meus filhos ficariam bem. 
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013 0 comentários

CONCHAS,BÚZIOS E PEDRAS


Saudade das tardes de verão onde apanhava o ônibus com meu amigo Thiago só para ver o sol se por na praia. O mar na sua imensidão em tom vermelho e depois prata. Acompanhado do cheiro de maresia e o voo dos pássaros, água de coco e conversa despreocupada.
Algumas vezes tenho vontade de pegar a bicicleta e sair sem rumo sem hora para voltar, sem atender de 5 em 5 minutos ao celular.
Desejo novamente a minha frente o cenário que mais parece um quadro e que eu não canso de admirar sentada na marina escrevendo, sentindo o vento morno no meu rosto, ouvindo o ranger dos barcos.
Quanto tempo se passou das noites de luau ao som de violão cantando novos e antigos sucessos populares? Da volta somente após as 10:00 horas da manhã depois de pegar um bom bronzeado.
Nunca mais acampei. Nunca mais tive nas mãos uma estrela do mar.
Há tempos deixei de ser sereia.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 0 comentários

VELHO DIÁRIO


Na infância cataloguei minha vida em pequenos diários, na adolescência em agendas anuais, e por fim cheguei aos blogs. Adorei essa interação por meios eletrônicos porque possibilitou que pessoas as quais eu nunca tinha visto antes passassem a se comunicar comigo e trocar experiências. Desse modo, escrever me servia como válvula de escape. Ler e reler tudo o que escrevia ajudava a compreender, ou ao menos aceitar, o complexo mundo a minha volta.

Sei que a liberdade de escrever tudo como eu bem quisesse ou estendesse nunca foi real, mas sinto falta de poder escrever sem ressalvas. Escrever para desabafar, fazer confissões como quem fala a um velho amigo. Sem ter a impressão permanente de está sendo vigiada e analisada o tempo todo.
Mas agora nenhum lugar é seguro, Nem caderno, nem Email, nenhuma                                           rede social.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013 2 comentários

O QUE É IDEOLOGIA



A ideologia é um dos instrumentos da dominação de classe e uma das formas da luta de classes. A ideologia é um dos meios usados pelos dominantes para exercer a dominação, fazendo com que esta não seja percebida como tal pelos dominados.

(Marilena Chaui)


...A ideologia simplesmente
cristaliza em “verdades” a visão invertida do real. Seu papel é fazer com que no lugar dos
dominantes apareçam idéias “verdadeiras”. Seu papel também é o de fazer com que os homens
creiam que tais idéias representam efetivamente a realidade. E, enfim, também é seu papel fazer
com que os homens creiam que essas idéias são autônomas (não dependem de ninguém) e que
representam realidades autônomas (não foram feitas por ninguém).


(Marilena Chaui)
sábado, 12 de janeiro de 2013 0 comentários

Você só leu o primeiro parágrafo...

"É como se eu fosse um texto, em que você só leu o primeiro parágrafo, ou apenas o título, ou até mesmo simplesmente ignorou por não gostar da ortografia do escritor." (Desconhecido)
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CASAIS SENTEM CHEIRO DAS EMOÇÕES UM DO OUTRO


- “Benhê! Que cheiro é esse?”
- “Tô feliz, amor…”
É, os resultados de um estudo conduzido pela psicóloga Denise Chen na Rice University, em Houston (EUA), mostram que casais muito ligados conseguem sentir o cheiro de felicidade, medo e até excitação sexual no suor um do outro. Bacana, né? (!)
Para fazer o experimento, a doutora Chen e seus colegas escolheram 20 casais (todos heterossexuais) que viviam juntos por entre um e sete anos. Enquanto os voluntários assistiam a vídeos que induziam diferentes emoções (ou nenhuma emoção), almofadinhas estrategicamente colocadas embaixo de seus braços coletavam o suor que eles produziam.
Coletado todo o suor, os participantes tiveram que cheirar quatro recipientes. Na primeira fase, por exemplo, um deles continha o suor do parceiro no momento em que ele estava feliz; os outros três, suor de gente estranha do sexo oposto, em momento neutro.
Aí vinha a pergunta: “e aí, qual desses é o suor feliz?”. E assim foi também com as outras emoções.
Em 70% do tempo, os participantes identificaram o sentimento no suor dos parceiros de primeira. E os casais que viviam juntos há mais tempo foram os que se saíram melhor. Já na hora de identificar o sentimento no suor de estranhos, o sucesso caiu para menos de 50%.
O porém é que, apesar de identificarem o que o parceiro sentia pelo cheio do suor, ninguém soube apontar que aquele suor pertencia, de fato, à sua cara-metade. Ou seja: a gente até sabe, mas não sabe que sabe.
(Thiago Perin)
 
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