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sábado, 23 de maio de 2015 0 comentários

O PODER DO BLACK POWER



Deixo esse vídeo para todos que como eu tem os cabelos enroladinhos e para aqueles que não tem mas curtem um encaracolado. Mas em especial para meu filho SANTIAGO que nunca gostou de raspar a cabeça e sempre teve muito orgulho da nossa herança negra.

MUITO ORGULHO DE VOCÊ MEU FILHO, MUITO ORGULHO DA NOSSA JUBA.

terça-feira, 28 de abril de 2015 0 comentários

EPICURO - A filosofia e o seu Objetivo



Todo desejo incômodo e inquieto se dissolve no amor da verdade

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Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz.

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Deves servir à filosofia para que possas alcançar a verdadeira liberdade.

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Assim como realmente a medicina em nada beneficia, se não liberta dos males do corpo, assim também sucede com a filosofia, se não te liberta do sofrimento da alma.

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Não pode afastar o temor que importa para aquilo a que damos maior importância quem não saiba qual é a natureza do universo e tenha a preocupação das fábulas míticas. Por isso não se podem gozar prazeres puros sem a ciência da natureza.
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Antes de tudo, considerando a divindade incorruptível e bem-aventurada, não se lhe deve atribuir nada de incompatível com a imortalidade ou contrário à bem-aventurança.

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Realmente não concordam com a bem-aventurança preocupações, cuidados, iras e benevolências

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O ser bem-aventurado e imortal não tem incômodos nem os produz aos outros, nem é possuído de iras ou de benevolências, pois é no fraco que se encontra qualquer coisa de natureza semelhante.

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Habitua-te a pensar que a morte nada é para nós, visto que todo o mal e todo o bem se encontram na sensibilidade: e a morte é a privação da sensibilidade.

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É insensato aquele que diz temer a morte, não porque ela o aflija quando sobrevier, mas porque o aflige o prevê-la: o que não nos perturba quando está presente inutilmente nos perturba também enquanto o esperamos.

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O limite da magnitude dos prazeres é o afastamento de toda a dor. E onde há prazer, enquanto existe, não há dor de corpo ou de espírito, ou de ambos.

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A dor do corpo não é de duração contínua, mas a dor aguda dura pouco tempo, e aquilo que apenas supera o prazer da carne não permanece nela muitos dias. E as grandes enfermidades têm, para o corpo, mais abundante o prazer do que a dor.

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O essencial para a nossa felicidade é a nossa verdade íntima: e desta somos nós os amos.
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BOM DIA!!!



Que a cada manhã, você sinta em seu coração a certeza de que a vida lhe espera de braços abertos, para receber suas expectativas e realizá-las uma a uma.

terça-feira, 17 de março de 2015 0 comentários

Á QUEIMA- ROUPA



É inverno no Rio de Janeiro. A estação traz um ar civilizado à cidade, uma calma que não se encontra nos meses tórridos. O ano de 2014 nos brindou com um julho perfeito, de chuvas passageiras, atmosfera limpa e sol ameno.

Foi num dia assim que eu soube da morte de Tintim, a dona do Guimas, assassinada à queima-roupa com um tiro na cabeça. Vítima da saidinha de banco, Maria Cristina Mascarenhas morreu no bairro que ajudou a transformar, perto de uma banca de flores; cenário bucólico, como o tempo frio.

A violência não escolhe o dia.

Há cerca de um mês, numa tarde bonita dessas, eu voltava de São Conrado com os meus. Entardecia e o engarrafamento se estendia por toda a Lagoa-Barra. Lentamente, vencemos a boca do túnel. Logo após a entrada, uma moto emparelhou conosco do lado esquerdo.

Não estranhei até meu filho berrar para sairmos dali. Sentada no banco do carona, vi dois homens pela janela do motorista. Eles vestiam casaco de malha escuro com um capuz que só deixa a boca e o nariz de fora. Nervosos, exigiam os celulares. Na mão direita do garupa havia um objeto metálico apontado na nossa direção. Era um revólver.

Meu companheiro bateu no vidro com os dedos e forçou a leitura labial, evidenciando as sílabas para que entendessem. “É blindado”,  ele disse. A lembrança me deu coragem de encarar a pistola, uma automática prateada mirada para mim. Eu me ative ao buraco negro de onde partiria o tiro, o orifício escuro, a morte. Lembrei de uma amiga que sobrevivera a cinco disparos na cara, graças ao reforço extra do carro. Não tive pânico, só um leve temor de que o vidro não resistisse ao confronto.

Irritado, o motoqueiro chutou o retrovisor e me tirou do estado letárgico. Meti a mão na buzina. Forçamos a passagem pelo meio dos carros, acelerando sem olhar para trás. Os gatunos devem ter tomado o primeiro retorno pela galeria e escapado para a outra pista. Não os vimos mais.

Longe do perigo, fui parabenizada por ter justificado o gasto com a blindagem, feito ao longo da vida. Agradeci a Deus pelo custoso seguro.

Nós continuamos abrindo caminho até avistar uma patrulha da guarda civil presa no trânsito do Zuzu Angel. Dado o aviso, a guarda teve uma atitude lógica: ligou a sirene e saiu batido. Era a única direção possível, mas a cena pareceu mais uma debandada. A guarda civil não tem porte de arma.

Sempre considerei absurdo, quase obsceno, passear por aí num blindado. Eu me rendi ao costume durante um período belicoso da Rocinha. Fui pegar meu filho na escola e dei com um caveirão atravessado no alto da Marquês de São Vicente.

Três soldados trocavam um pneu furado, enquanto dez homens tensos, de escopeta e colete, faziam a escolta. Eram mundos paralelos, o meu e o do pelotão, convivendo apertados na ladeira que leva ao morro. Mandei blindar.

Não me orgulho, mas não me arrependo. Hoje, talvez, eu não estivesse aqui para contar a história.

FERNANDA TORRES

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PAI DE FIM DE SEMANA



Quem disse que é fácil ser Pai de Fim de Semana?
Só, que às vezes, é o que resta...

Abro a porta, e o silêncio da casa me invade. Teus vestígios ainda estão por todos os lados. As almofadas reviradas na sala tem o seu jeitinho. A boneca e os papéis de chiclete no tapete, são pura arte. Arte de ser feliz. Entro na casa, e tua ausência me recebe em todos os cômodos. Dói.

A bagunça que nossa alegria deixou eu não vou arrumar, ela é marca da tua presença. Tua dança, ainda dança, num balé cheio de graça, alegria e, agora, saudade. Tua voz, teus gritinhos, tua inocência e teus risos ecoam como a mais doce música, e preenchem o silêncio do resto de domingo sem solução. No banheiro, a toalha e a marca dos teus pezinhos no chão ainda úmido. E, por toda a casa, as cores dos teus brinquedos e da tua voz. Teu perfume de anjo está por todos os cantos da casa e da minha alma. Tua presença é tão forte que ainda posso sentir teus bracinhos em volta do meu pescoço, apertando, e, essa sensação é que não me deixa sufocar de saudade. Dói.

Senti vontade de chorar, mas tomei água e passou, você não é tristeza, é alegria. Tua chupeta em cima do telefone. O copo em que bebeste água. A jujuba embaixo do sofá. O desenho na parede, os papéis picados. Nossas brincadeiras, tuas mãozinhas fazendo carinho na minha cabeça de uma forma única no universo, que só você sabe, e a batata frita no chão da cozinha.

Trocar tua roupinha, calçar teus sapatos, pentear teus cabelos, assoar teu nariz. Ouvir tua voz me chamando de papai. Teus olhinhos puxados, teu sorriso sapeca. Tuas perguntas me ensinando a aprender cada vez mais a beleza e a força da vida.

Não sou teu pai só no fim de semana, o sou a cada segundo de todos os minutos, de todos os dias de minha vida. Cada sorriso meu, traz a presença da tua alegria. Sou um poço sem fundo, que só será preenchido com a tua felicidade. Te quero livre, forte e segura. Quero ser teu porto seguro, teu amigo, teu pai. O que mais desejo é que sintas a mesma felicidade que me proporcionas. Sou feliz a cada sorriso teu. E teu sorriso é tão poderoso que irá me fazer feliz o resto da semana sem você.

No dia seguinte, a casa já estará toda arrumada, mas tua presença permanecerá intacta, eterna e inesquecível.

E esperaremos, eu e nossa casa, por toda a semana, ansiosos por tua bagunça, tuas cores e tua alegria.

Mais de vinte anos depois de ter escrito essas linhas, posso dizer com o maior orgulho que um pai pode ter: minha filha é, hoje, uma pessoa do bem, independente, uma profissional e artista altamente competente e, principalmente, minha melhor e grande amiga.

Edmir Silveira 
segunda-feira, 16 de março de 2015 0 comentários

CADA UM DE NÓS...

Cada um de nós é como um homem que vê as coisas em um sonho e acredita conhecê-las perfeitamente, e então desperta para descobrir que não sabe nada. 


(Platão, político)
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PARIDADE



As pessoas  tem medo de expor suas ideias, vontades e delírios. 
Mantenho profunda adimiração por aqueles que quebram essas barreiras,
os que ao menos tentam dizer verdadeiramente o que acreditam sentir. 

É bom ao conhecer alguém saber que o que sai de sua boca encontra paridade com o que nos diz seus olhos.Penas esses especiais tonarem- se cada dia mais raros. 
domingo, 15 de março de 2015 0 comentários

ODEIO DAR ENTREVISTAS


Detesto a sensação de ter uma câmera direcionada para a minha cara capitando continuamente todas as minhas expressões. É terrível está frente a um entrevistador que ergue intimidadoramente o microfone, enquanto faz perguntas estapafúrdia, da quais não deseja respostas sinceras e tão pouco respostas inteligentes. Pretende apena respostas redundantes e curtas, que confirmem uma outra opinião já emitida, e essa se repetirá imbecilmente quase como nos sãos transmitidos os ditos populares.


A resposta que ele precisa não é a resposta eu desejo dar, no entanto, se não respondo com meu espirito, então não sou eu. Mas se respondo, os olhos questionadores da câmera podem ser milhares - aterrorizante. Qual jugo farão de mim? 
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014 2 comentários

TALVEZ




Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos…
E por amor
Serei… Serás… Seremos…

PABLO NERUDA
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GUERREAR É PRECISO?



A TV mostra quarteirões transformados em ruínas por bombas e foguetes. 
Que sentido tem isso?

Diante das guerras que se travam hoje no mundo, sou obrigado a me perguntar por que, depois de séculos de massacres, o homem continua, como nos primórdios da civilização, a se armar e guerrear. Aliás, não apenas continua, torna-se mais capaz de matar, valendo-se de armas cada vez mais sofisticadas.

Logo me vem à mente a bomba atômica, que só não foi usada na escala que os belicistas pretendiam, porque, neste caso, quase ninguém sobreviveria. E os estadistas querem a guerra desde que ela não os atinja pessoalmente. Eles decidem por fazê-la, mas quem morre são os soldados e o povo em geral. Os chefões, quase nunca.

Costumo dizer que frequentemente me surpreendo com o óbvio, e isso acontece agora, quando a televisão me bombardeia diariamente com o número de mortos pelas bombas e foguetes na faixa de Gaza, na Síria, na Líbia, no Iraque, na Ucrânia.

Surpreendo-me com a quantidade de dinheiro que os países gastam com armamentos. E não só com armamentos, mas também com as forças armadas. Todos os países têm permanentemente centenas de milhares de soldados que constituem os efetivos militares. Eles fazem parte do Estado, como elemento fundamental dele, e constituem carreiras a que milhares e milhares de pessoas dedicam suas vidas.

Com isso, gastam-se fortunas, com a finalidade de fazer guerra. Claro, se for preciso. Mas a verdade é que essas forças são formadas e mantidas com essa finalidade: a defesa da pátria pelas armas, se for o caso. E por que isso? Porque a guerra é uma possibilidade permanente para os Estados, todos, sem exceção.

Mas por quê? Que os povos selvagens vivessem se matando, dá para entender. Por exemplo, os índios do Brasil neolítico, que eram nômades, viviam do que colhiam na natureza, eram obrigados a se deslocar para outras regiões em busca de alimentos. Se houvesse outra tribo ali, a guerra entre as duas era inevitável. Mas e hoje, por que a guerra?

As razões são as mais diversas. Ou é um louco como Hitler, que sonhava dominar o mundo, ou é concepção religiosa que leva líderes a atacar seus vizinhos, ou disputa de mercado. Mas, depois de tanta guerra que já houve, por essas e outras razões, resultando na morte de milhões de pessoas, parece que muito pouco o homem aprendeu com isso.

É certo que uma boa parte dos países --particularmente aqueles que sofreram na carne as consequências das últimas guerras-- evita lançar mãos das armas para impor seus interesses, mas mesmo estes continuam a produzir armamentos, cada vez mais sofisticados e mais mortais. A cada dia surgem notícias de aviões de guerra invisíveis aos radares, foguetes com velocidade e alcance inimagináveis, armas essas que anulam qualquer possibilidade de defesa.

Que significa isso, senão que a guerra é possível a qualquer momento, embora não se saiba entre que países e por que razão? Para que aquelas armas sejam concebidas e produzidas, os governos investem em pesquisa tecnológica e na formação de cientistas que dedicarão sua inteligência, seus conhecimentos e sua vida a produzir instrumentos de destruição. Mas não só os governos, há também empresas privadas que investem em armamentos, que vendem para diferentes países e com isso ganham fortunas. Muitos desses países mal têm recursos para atender as necessidades básicas de seu povo mas, ainda assim, compram armas e mantêm exércitos prontos para a guerra.

Desse modo, a guerra, quer ocorra ou não, é fator importante da economia mundial. Mesmo o Brasil, que não se caracteriza como um país belicoso, produz e vende armas para outros países. Deve-se concluir, portanto que a hipotética eliminação da guerra, por tornar a produção de armas desnecessária, não conviria a esses países, mesmo porque conduziria a uma grave crise na economia em escala planetária.

Isso, portanto, está fora de cogitação. E a televisão, a cada momento, dia após dia, nos mostra populações em pânico, mulheres desesperadas tentando escapar com seus filhos, das bombas que explodem à sua volta. E mostra também quarteirões inteiros de cidades transformados em amontoados de ruínas por bombas e foguetes. Que sentido tem isso?

FERREIRA GULLAR 
 
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